Caso dos imóveis doados de Graça Foster, da Petrobras, volta à tona; veja mais destaques

No radar, Itaú BBA vê preço do minério de ferro, principal produto da Vale, voltando para a casa dos US$ 95 a US$ 100 a tonelada; disputa entre credores e minoritários da ex-OGX ganha novo capítulo

Paula Barra

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SÃO PAULO – A terça-feira inicia agitada no mercado brasileiro em meio a uma série de notícias corporativas. A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da Petrobras (PETR3; PETR4) se reúne hoje às 14h30 (horário de Brasília) para votar pedido de informações sobre imóveis da presidente da estatal, Maria das Graças Foster. A CPMI pode pedir para averiguar nos cartórios do estado do Rio de Janeiro sobre a situação de imóveis da presidente e do ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró. 

Segundo o jornal O Globo, eles teriam doado imóveis a parentes um dia após estourar o escândalo de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O TCU (Tribunal de Contas da União) ainda não decidiu se vai bloquear os bens de Graça Foster. No último dia 27, a maioria dos ministros votou pelo não bloqueio dos bens, mas o julgamento foi interrompido. Já os bens de Cerveró foram bloqueados no dia 23 de julho, sendo que dez dias antes ele doou três apartamentos a parentes – ambos no Rio de Janeiro.

Vale
Para o Itaú BBA, o preço do minério de ferro – principal produto da Vale – deve voltar para a casa dos US$ 95 a US$ 100 a tonelada. A mineradora vem sendo fortemente penalizada pela queda da commodity, que ontem caiu 0,9%, indo para US$ 87,10 a tonelada. As ações da Vale (VALE3, R$ 28,95, -0,58%; VALE5, R$ 25,75, -0,84%) também fecharam o pregão no negativo, acumulando seu oitavo pregão de queda. 

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Ex-OGX
A disputa entre credores minoritários e a Óleo e Gás Participações (OGXP3), antiga OGX, ganhou novo capítulo nos últimos dias. Desta vez, a discussão gira em torno da participação de um grupo no financiamento tipo DIP (debtor in posession, na sigla em inglês) à companhia – que resultará posteriormente em participação acionária. Ao todo, serão injetados US$ 215 milhões na petroleira de Eike Batista que está em recuperação judicial. 

Uma fonte próxima às negociações disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a companhia quer barrar credores que foram contra a homologação do plano, após aprovação em assembleia, por considerar “incoerente” a participação deles na segunda fase do financiamento. A etapa totaliza US$ 90 milhões e está dividida em “segunda série” e “terceira série”, sendo esta última aberta a todos credores. 

O grupo de minoritários, por sua vez, considera que a empresa está descumprindo o plano ao deixá-los de fora da terceira série, que foi oferecida a todos os credores interessados em participar. A primeira parte do aporte, de US$ 125 milhões, foi concluída com a participação só de credores majoritários. O empréstimo é parte chave da reestruturação da companhia.

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OSX
A OSX (OSXB3), empresa de construção naval do empresário Eike Batista, está na reta final da negociação com credores para aprovar o novo plano de recuperação judicial da companhia. Isso deveria ter acontecido em meados de agosto, mas a Justiça adiou a assembleia em que o plano seria votado depois de uma série de ações movidas por credores. 

Nas últimas duas semanas, a empresa elaborou um documento que, agora, está sendo apresentado a bancos e fornecedores com dívidas a receber da OSX. “Estamos muito confiantes porque temos o apoio dos credores”, diz Flávio Galdino, advogado que responde pela recuperação judicial da companhia. Ao todo, a empresa tem uma dívida de R$ 5 bilhões, com cerca de 200 credores. A expectativa é de que o novo plano seja protocolado ainda neste mês.

Cyrela
A Cyrela (CYRE3) informou que a Tarpon Gestora de Recursos reduziu sua participação acionária na empresa para menos de 5% do capital. Segundo a gestora, os recursos detidos têm o objetivo apenas de investimento e não destinam a alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da empresa. 

Qualicorp
A Qualicorp (QUAL3) comunicou que celebrou contrato para a aquisição de 15% do capital social da Aliança Administradora de Benefícios de Saúde e GA Consultoria, sociedades indiretamente controladas pela companhia. O valor da operação é de R$ 155 milhões, a serem pagos em 30 dias contados a partir de ontem.

Segundo o Bradesco BBI, o anúncio parece ligeiramente negativo diante do preço aparentemente alongado, além de ainda estar pouco claro como a companhia pretende financiar a aquisição ou se terá impacto em provisões.

Tempo
A Tempo Participações (TEMP3) informou que concluiu a alienação de sua divisão de planos odontológicos Tempo Dental para uma afiliada da Caixa Seguros Holding. Em razão do fechamento, ocorreu a alienação da totalidade do capital social na Odonto Empresas Convênios Dentários para a Caixa e o recebimento de parte principal do preço. A companhia estima um recebimento adicional de aproximadamente R$ 13 milhões. 

(Com Agência Estado)