As 22 ações para monitorar na abertura da Bovespa nesta segunda-feira

Cenário político deve movimentar mercado após Datafolha divulgado na sexta-feira; noticiário corporativo segue agitado

Leonardo Silva

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SÃO PAULO – Em meio a uma segunda-feira agitada pelo noticiário corporativo e que deve repercutir o Datafolha, divulgado na sexta-feira, 22 ações devem chamar atenção na abertura do pregão desta segunda-feira (1). 

A pesquisa eleitoral mostrou que Marina Silva (PSB) ganhou 13 pontos percentuais desde a última pesquisa do instituto, realizada em 18 de agosto, e agora tem 34% das intenções de voto, empatada com o mesmo percentual de Dilma Rousseff (PT). Enquanto isso, o candidato do PSDB, Aécio Neves, apresentou forte queda, indo dos 20% do dia 18 para atuais 15%.

Em um possível segundo turno, Marina Silva seria eleita presidente com 50% dos votos, contra 40% de Dilma Rousseff, uma ampla vantagem de 10 pontos percentuais. Caso a disputa seja entre Dilma e Aécio Neves, a candidata petista venceria por 48% contra 40%.

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Na Bolsa, as ações das estatais – Petrobras (PETR3; PETR4), Eletrobras (ELET6) e Banco do Brasil (BBAS3) – e bancos privados – Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), devem reagir ao cenário político, lembrando que esses papéis têm mostrado forte sensibilidade às pesquisas eleitorais.

“Efeito Marina”
Unindo-se às estatais e aos bancos, as ações do setor sucroalcooleiro aparecem como novas protagonistas do rali eleitoral: Cosan (CSAN3), São Martinho (SMTO3) e Tereos (TERI3).

As empresas reagem à disparada de Marina Silva nas pesquisas eleitorais, com o discurso de sustentabilidade da ex-senadora. A gestora de recursos da Coinvalores Corretora, Tatiane Cruz, esclarece que a alta dos papéis se deu por uma reação tardia do mercado ao “rali eleitoral”, já que os candidatos à presidência estão se aproximando cada vez mais do agronegócio. 

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Para acompanhar o desempenho do “portfólio Marina”, clique aqui.

TIM
As ações da TIM (TIMP3) podem ganhar força hoje com o discurso da Telecom Italia, sua controladora, de que vai considerar todas as opções para reforçar a companhia, depois de ter perdido uma batalha para comprar o negócio de banda larga da GVT, disse o presidente da Telecom Italia, Giuseppe Recchi, segundo o jornal italiano “Corriere della Sera”. 

A empresa também pode olhar para um acordo comercial com a Mediaset, como forma de compartilhar conteúdo e tecnologia com a emissora italiana, que é controlada pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, disse Recchi ao jornal no domingo. Banqueiros e investidores disseram na sexta-feira que a Telecom Italia precisava de um plano B após o grupo francês Vivendi ter preferido oferta do grupo espanhol Telefonica pela GVT.

Recomendações
O BTG revisou sua recomendação para algumas ações brasileiras. O banco de investimentos retirou BB Seguridade (BBSE3) e Vale (VALE3; VALE5) do seu portfólio sugerido para Brasil, enquanto incluiu as ações da Mills (MILS3) e Suzano (SUZB5). Além disso, o BTG disse que o papel ordinário da Petrobras (PETR3) poderia chegar a R$ 30 em caso de vitória de Marina Silva à presidência. Na última sexta-feira, as ações ONs da estatal fecharam a R$ 22,14. (Para ver mais informações sobre a recomendação, clique aqui).

Vale
Além da recomendação do BTG Pactual, segue no radar da Vale (VALE3; VALE5) os dados econômicos da China, principal destino das exportações da empresa, e a queda no preço do minério de ferro. O PMI industrial oficial da China caiu para 51,1 em agosto, ficando ligeiramente acima da mediana da previsão, enquanto o PMI industrial da China, medido pelo HSBC, caiu para 50,2 em agosto, de 51,7 em julho, segundo números finais. V
ale mencionar que que o preço do minério caiu para US$ 87,1 por tonelada e renova a mínima em 2 anos.

Além disso, a primeira turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou, por unanimidade, recurso impetrado pela União e manteve decisão que libera a mineradora Vale de pagar impostos sobre lucro auferido por controladas no exterior para evitar a bitributação, disse a empresa à Reuters na sexta-feira.

Braskem
A Petrobras e a Braskem (BRKM5) não conseguiram chegar a um acordo sobre o reajuste do preço da nafta. Segundo a equipe de análise da XP Investimentos, os termos do acordo formalizado representam uma derrota dupla para a Braskem. “A petroquímica tenta, desde o ano passado, formalizar um novo contrato de longo prazo, a partir do qual poderia estruturar seu plano de expansão com foco nos próximos anos. Além disso, a cláusula de retroatividade de preços representa um risco adicional à petroquímica dependendo das condições acertadas futuramente”, completou a corretora.

Sem chegar a um acordo, as companhias prorrogaram as condições do contrato atual por mais seis meses. Dessa maneira, a disputa que opõe as duas companhias só será realizada passada a eleição presidencial. A petroleira pleitea um reajuste de 5% a 10% no preço.

Cesp
A Cesp (CESP6) pode voltar a operar a usina de Ilha Solteira após o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) suspender a liminar que obrigava a Cesp e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a reduzir a geração de energia elétrica.

Na semana passada, a Justiça Federal de Jales (SP) concedeu liminar favorável a associações de criadores de peixes, que cobravam a recuperação do nível mínimo do reservatório de Ilha Solteira. O descumprimento da decisão, imposta à Cesp e ao ONS, gerava uma multa diária de R$ 100 mil.

Inepar
Fora do Ibovespa, uma empresa de baixa liquidez na Bolsa pode dar o que falar hoje. A Inepar Indústria e Construções (INEP4) e empresas do grupo de infraestrutura entraram com pedido de recuperação judicial na Comarca de Araraquara do Estado de São Paulo na última sexta-feira, informou o grupo em comunicado durante o fim de semana. 

As empresas que entraram com o pedido são Inepar Indústria e Construções, Inepar Equipamentos e Montagens, Inepar Telecomunicações, Inepar Administração e Participações, IESA Projetos, IESA Óleo e Gás, IESA Transportes, Sadefem Equipamentos e Montagens e TT Brasil Estruturas Metálicas.

(Com Reuters)