7 eventos prometem agitar a Bolsa na primeira semana de setembro

Em meio ao agitado noticiário eleitoral, PMI na China, novo debate, Copom e IPCA devem chamar atenção dos investidores nos próximos dias

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Em uma semana recheada de notícias políticas, com destaque para 3 pesquisas eleitorais e o 1º debate entre os candidatos à presidência, o mês de setembro começa com os investidores cada vez mais atentos à corrida eleitoral, enquanto a agenda fica bastante agitada, com pelo menos 7 eventos de grande importância.

Apesar de uma agência recheada, o mercado não deve deixar de ficar de olho para o noticiário mais “imprevisível”, como possíveis notícias relacionadas aos candidatos à presidência ou análises avaliando o desempenho deles, principalmente agora que Marina Silva está despontando com força para vencer as eleições. Vale ainda ficar de olho ao site do TSE, onde poderão ser registradas novas pesquisas eleitorais.

No exterior, importante ficar atento ao desenrolar da crise na Ucrânia, onde nos últimos dias o presidente russo Vladimir Putin indicou um tom mais ameno, buscando uma solução para a região. Por outro lado, os ucranianos acusaram ontem a Rússia de invadir o país novamente, aumentando as tensões novamente. Veja os destaques da semana:

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1) PMI da indústria
A Bolsa abre a semana com o mercado atento ao PMI industrial da China. Se o indicador já tem sido importante para acompanhar o ritmo do mercado chinês, ele deve chamar ainda mais atenção dado o momento de fragilidade da Vale, que caiu 7 dias seguidos por conta do preço do minério de ferro, e das companhias siderúrgicas. Um resultado melhor que o esperado pode até trazer um respiro para as ações na abertura do pregão, assim como um valor pior pode afundar ainda mais os papéis.

2) Feriado nos EUA
No primeiro pregão da semana, a bolsa brasileira ficará com uma referência a menos enquanto o mercado nos EUA ficará fechado devido ao feriado de Dia do Trabalho. Apesar da grande importância que o mercado norte-americano tem no mundo todo, é interessante destacar que analistas já ressaltaram que a Bovespa não tem “se interessado” tanto pelos eventos internacionais, com as eleições sendo o grande destaque das últimas semanas.

3) Debate no SBT
Ainda na segunda-feira, mas após o fechamento do pregão, não só o mercado, mas os eleitores em geral, ficam de olho no segundo debate entre os presidenciáveis. O desempenho dos principais candidatos deve acabar sendo o principal driver dos investidores para a abertura do pregão de terça-feira. Vale destacar que até o momento a única candidata que não confirmou presença foi Marina Silva, do PSB. O InfoMoney estará presente no debate e fará o acompanhamento ao vivo pelo site.

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4) Reunião do Copom
Na quarta-feira o destaque fica para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Apesar da expectativa do mercado de manutenção da taxa básica de juros, os investidores devem ficar de olho ao comunicado do Banco Central, que pode trazer alguma sinalização sobre seus próximos movimentos em relação à Selic. Já fazem duas reuniões que o Copom decidiu manter os juros em 11%.

5) Livro Bege
Nos EUA, a quarta-feira terá a divulgação do Livro Bege, onde o Federal Reserve mostra sua visão para o atual cenário econômico no país, enquanto traça algumas projeções sobe o futuro da economia. Apesar dos últimos relatórios não trazerem tanto impacto, o mercado internacional está atento para qualquer indicação dos EUA sobre quando terá início a alta de juros por lá.

6) IPCA
O último dia da próxima semana começará com o mercado recebendo os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial de inflação do País. Além do resultado em si, que mostrou certo alívio no último mês, é importante destacar a importância política que esse tipo de indicador começa a ter. Segundo explica o economista Alex Agostini, da Austin Rating, esse tipo de dado, caso venha pior ou melhor que o esperado poderá ser utilizado pelos candidatos para exaltarem suas campanhas ou para criticar o atual governo.

7) Relatório de Emprego
Encerrando a agitada semana, nos EUA será apresentado o Relatório de Emprego, um dos indicadores mais importantes no atual cenário de proximidade da alta de juros. Alguns líderes do Federal Reserve, incluindo a presidente Janet Yellen, já destacaram que o mercado de trabalho é o principal setor para as decisões a serem tomadas sobre o estímulo no país. Uma maior sinalização por parte da autoridade monetária pode impactar principalmente o mercado cambial.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.