Renúncia do presidente da MMX e rebaixamento do rating da Oi agitam a noite desta 5ª

Mineradora de Eike Batista anuncia saída de presidente e diretor de RI e Moody's coloca perspectiva negativa para rating da Oi após rebaixar a empresa para Ba1

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Após um pregão já muito agitado, a noite desta quinta-feira (29) começa bastante intensa com dois importantes comunicados. O primeiro envolve a mineradora MMX (MMXM3), que anunciou a saída de seu presidente e diretor de Relação com Investidores. Enquanto isso, a agência de risco Moody’s comunicou que rebaixou a nota da Oi (OIBR4) para ‘Ba1’, com perspectiva negativa.

Em comunicado, a MMX informou que Carlos Roberto de Castro Gonzalez renunciou aos cargos de Diretor Presidente e de Relações com Investidores e que o pedido foi aprovado pelo Conselho de Administração da companhia. Com isso, Ricardo Furquim Werneck Guimarães passa a exercer esses dois cargos, acumulando as atribuições do cargo de Diretor sem designação específica, responsável pelos Departamentos Financeiro e Comercial da empresa.

Além disso, a mineradora disse que seu conselho elegeu, hoje, Vladimir Senra Moreira para o cargo de Diretor sem designação especifica responsável pelo Departamento Jurídico da companhia. Para completar as mudanças, o comunicado diz que Renato Gonzaga passa a ocupar o cargo de Gerente de Relações com Investidores da MMX em substituição de Adriana Teixeira Marques, que ocupou a posição desde Junho 2012 até a presente data.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Moody’s rebaixa a Oi
Em comunicado, a agência de rating Moody’s rebaixou a nota da companhia de telecomunicação para Ba1 em nível global – grau já considerado especulativo -, “com base na flexibilidade financeira reduzida e indicadores de crédito fracos da empresa, o que a Moody’s acredita que resultará em um enfraquecimento da posição concorrencial da Oi”, disse a nota.

A agência destaca que a companhia articulou planos para reduzir o gasto de capital e pode não participar integralmente do leilão do espectro 4G no Brasil. “Em adição, a Oi poderia enfrentar desafios operacionais, concorrenciais ou financeiros relativos ao ambiente competitivo em rápida evolução, o que inclui uma oportunidade para consolidação por meio de fusões e aquisições”, disse a Moody’s.

A nota ainda mostra que a agência acredita que a base de negócios da Oi no Brasil enfrenta pressão de margem, devido a uma mudança desfavorável na combinação de produtos em direção à TV paga e banda larga, além da pressão de preço inerente ao seu segmento de valor no mercado-alvo. Sobre os negócios em Portugal, a Moody’s diz que espera a continuidade do enfraquecimento da receita e pressão de margens, em face da concorrência e da mesma mudança desfavorável na combinação de produtos.

Continua depois da publicidade

“A Oi detalhou seus planos operacionais para compensar sua pressão de margem por meio de iniciativas de controle de custos, o que a Moody’s estima que deverá resultar em uma melhora modesta nos indicadores de crédito. No entanto, a Moody’s estima que a alavancagem irá permanecer acima de 4,5 vezes e a empresa deverá continuar consumindo caixa até pelo menos 2016”, completa a agência.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.