Fala de Mantega impulsiona imobiliárias na Bolsa e MMX afunda 6%; veja destaques

Além delas, vale monitorar as ações de estatais que podem reagir a definição do candidato do PSB

Leonardo Silva

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SÃO PAULO – As ações das empresas do setor elétrico seguem como destaque de alta na Bovespa, juntamente com os papéis da Natura (NATU3, R$ 41,07, +2,44%), que já acumulam ganhos de 17,29% neste mês. No lado negativo, a MMX Mineração (MMXM3, R$ 0,99, -6,60%) despenca novamente, ainda repercutindo os rumores de que pode entrar em pedido de recuperação judicial.

Os papéis do setor imobiliário também ganharam destaque, após discurso do ministro da Fazenda Guido Mantega apresentar medidas que, segundo ele, deixarão mais fácil a compra de m imóvel financiado. O ministro ainda anunciou o lançamento de um novo título, o “Letras Imobiliárias Garantidas, que serão isentas de IR (Imposto de Renda) e são mais garantidas que outros títulos, explica o ministro.

Após a fala de Mantega em Brasília, as imobiliárias chegaram a bater sua máxima do dia, mas amenizaram os ganhos após a ata do Fomc esfriar os ânimos do mercado como um todo. As cotações das principais imobiliárias neste momento é: Rossi (RSID3, R$ 1,27, +4,96%), Cyrela (CYRE3, R$ 13,45, +0,37%), Gafisa (GFSA3, R$ 3,31, +1,27%) e PDG (PDGR3, R$ 1,39, +0,72%).

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À espera pelo anúncio da candidatura de Marina Silva na chapa do PSB hoje às 15h00, as estatais – Petrobras (PETR3, R$ 19,91, +1,12%; PETR4, R$ 21,20, +1,39%), Eletrobras (ELET3, R$ 7,01, +1,89%; ELET6, R$ 11,29, +1,53%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 29,84, +0,06%) -, reagem com alta. Vale mencionar que as companhias estatais e bancos foram as que mais “sofreram” com o “rali eleitoral”.

Confira os principais destaques da Bolsa: 

Elétricas
Entre as maiores altas do Ibovespa, as ações das empresas do setor elétrico seguem com forte alta nesta sessão. Nesta quarta-feira, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou o aumento médio de 37,78% nas contas de luz de clientes da Elektro.

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Apesar do reajuste anunciado ser exclusivamente para os clientes desta distribuidora, a Aneel já autorizou outros altos reajustes para outras empresas do setor, devido ao aumento no preço de energia do país. Além disso, segundo o analista Elad Revi, da Spinelli, estes reajustes ajudam as companhias elétricas a cobrir os rombos que elas possuem nos caixas.

Nesta sessão, destaque para as ações da CPFL Energia (CPFE3, R$ 21,75, +3,28%), Copel (CPLE6, R$ 37,72, +3,85%) e Eletropaulo (ELPL4, R$ 10,55, +2,03%). 

Natura (NATU3, R$ 41,55, +3,64%)
As ações da Natura voltam a subir e lideram os ganhos do Ibovespa nesta quarta-feira (20). Ontem, a empresa informou que o presidente do seu conselho de administração, Alessandro Carlucci, será sucedido por Roberto Lima, que já esteve no conselho de administração da empresa.

Com a alta de hoje, as ações da Natura acumulam alta de 17,29% no mês.

Brasil Pharma (BPHA3, R$ 4,20, +8,74%)
As ações da Brasil Pharma voltam a ter forte alta neste pregão e sobem pela 4º sessão nos últimos 5 dias. Vale mencionar que entre maio e junho, a empresa demitiu 1,6 mil funcionários, tendo a maior redução no quadro pessoal já feito na história da companhia. Para o analista Elad Revi, da Spinelli, estes cortes e despesas podem significar uma maximização das margens operacionais da Brasil Pharma. Em dois dias as ações da Brazil Pharma acumulam ganhos de cerca de 20%. 

JBS (JBSS3, R$ 9,59, +0,52%) e Minerva (BEEF3, R$ 12,17, -0,16%)
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou nesta quarta-feira, com condições, a operação entre a Minerva Foods e a BRF, por meio da qual a Minerva assume duas unidades de abate de bovinos da BRF em Mato Grosso em troca da transferência de 15,2% de suas ações para a BRF.

Representantes do Cade não detalharam imediatamente as condições acertadas com as duas empresas.

Sabesp (SBSP3, R$ 20,91, +0,29%)
As ações da Sabesp sobem pelo 5º pregão consecutivo e acumulam ganhos de 7% neste período, distanciando-se do seu menor patamar em Bolsa desde março deste ano. Os papéis da companhia de saneamento de São Paulo têm mostrado recuperação mesmo com as perspectivas negativas acerca do nível de seus reservatórios – e seus impactos na geração de caixa da empresa – e também com o pessimismo dos analistas de mercado com o desempenho dela na Bovespa.

Nesta quarta-feira, a Brain Capital cortou a recomendação dos papéis de neutra para venda e projeta um preço-alvo de R$ 15 para os próximos 12 meses – o que garante um potencial de desvalorização de 26,5% em relação ao último fechamento. (ID: 3528662) 

B2W (BTOW3, R$ 36,01, -0,72%)
Os papéis reagem ao aumento de capital realizado pela empresa no final de janeiro. Antes de realizar o aumento, a base de ações da companhia era de 159 milhões de papéis. Com o aumento, houve a emissão de 95,2 milhões de ações a R$ 25,00, um aumento de 60% da base acionária da empresa.

A homologação do aumento de capital foi feita em 13 de agosto e as ações devem ser creditadas até 4 dias úteis – ou seja, hoje. Considerando o ganho para quem aproveitou a subscrição é de 45% – aumento com papéis a R$ 25 e preço atual de R$ 36 -, a tendência dessa sessão poderia ser de que esses investidores queiram embolsar os lucros com a ação, explicam os gestores Antonio Bueno e Diego Arruda, da Ujay Capital. Ao preço de hoje, caso o acionista do free float resolva restabelecer a exposição financeira ao papel que tinha antes do aumento de capital, poderia vender 60% de sua participação em número de ações, comentam. 

MMX (MMXM3, R$ 1,04, -5,66%)
A companhia informou nesta manhã que sua controladora, MMX Sudeste, unidade de produção de minério de ferro localizada na região da Serra Azul, concederá férias coletivas a seus colaboradores pelo período de 30 dias, em decorrência da prolongada e acentuada retração dos preços do minério de ferro no mercado internacional, bem como em função de restrições operacionais do órgão ambiental do Estado de Minas Gerais, impostas até que se definam as áreas de proteção de determinadas cavidades existentes em alguns setores de lavra. 

Vale ressaltar que a MMX esclarece que não há qualquer deliberação em curso acerca dessa matéria junto à companhia. 

Vale mencionar que ontem rumores apontavam que a companhia poderia entrar com pedido de recuperação judicial, segundo informou a coluna Radar, da Veja. Mais tarde, uma fonte falou à Bloomberg que a companhia buscava a venda de ativos para evitar esse desfecho, além de falar que a recuperação não estava nos planos imediatos da empresa, embora fosse uma opção.