12 ações para monitorar na abertura da Bovespa nesta sexta-feira

Como as estatais têm se mostrado mais sensíveis na Bolsa às pesquisas eleitorais, os papéis da Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil podem oscilar mais forte hoje

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em meio à temporada de balanços corporativos, cenário político bastante incerto e proximidade do vencimento de opções sobre ações da Bovespa, 12 ações devem agitar a abertura da Bovespa nesta sexta-feira (15). No último retrato eleitoral antes da morte de Eduardo Campos, o presidenciável do PSB registrou ganho de dois pontos percentuais frente ao levantamento anterior, apontou levantamento ISTOÉ/Sensus, reportado na noite de ontem.

Como as estatais têm se mostrado mais sensíveis na Bolsa às pesquisas eleitorais, os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4), Eletrobras (ELET3; ELET6) e Banco do Brasil (BBAS3) podem oscilar mais forte hoje – lembrando que o BB viu suas ações subirem 3,6% ontem após divulgação do resultado do segundo trimestre.

Ainda sobre o BB, pode trazer volatilidade a notícia de que o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) decidiu que todos os correntistas do BB que tinham saldo na caderneta de poupança com aniversário na primeira quinzena de janeiro de 1989, período do Plano Verão, têm direito a cobrar a correção monetária. Entretanto, segundo a XP Investimentos, ainda não existem fatores racionais para acreditar em uma desvalorização significativa do banco em função da decisão.

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O Supremo vai definir se os bancos têm de pagar a diferença das perdas no rendimento de cadernetas de poupança causadas pelos planos Cruzado (1986), Bresser (1988), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991). A principal ação em julgamento é a da Confederação Nacional do Sistema Financeiro, que pede confirmação da constitucionalidade dos planos econômicos. Os ministros do STF vão analisar também as ações do Banco do Brasil, do Itaú (ITUB4) e do Santander (SANB11).

Rossi 
Já entre a temporada de resultados, a Rossi (RSID3) divulgou lucro líquido de R$ 287 mil no segundo trimestre, queda de 99,4% ante o resultado de igual período do ano anterior. A companhia teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado de R$ 71,5 milhões, recuo de 47,3% na base de comparação anual.

MRV
Outra construtora a reportar seu balanço ontem foi a MRV Engenharia (MRVE3). A companhia informou lucro líquido de R$ 134 milhões no segundo trimestre, ante R$ 117 milhões um ano antes. Segundo a XP, o resultado foi em linha com o esperado, embora destaque como ponto negativo o elevado número de distratos, que atingiu 27,1% das vendas, maior nível em 5 trimestres, o que gera motivos de preocupação. 

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JBS
O lucro líquido da JBS (JBSS3) no segundo trimestre caiu 25% ante o resultado obtido um ano antes, para R$ 254,3 milhões, impactado pelo resultado financeiro negativo, informou a maior processadora de carnes do mundo nesta quinta-feira. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre, ante R$ 660 milhões no mesmo período do ano passado.

Suzano
A Suzano Papel e Celulose (SUZB3) teve lucro líquido de R$ 97,2 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo um ano antes, com uma melhora do resultado financeiro e crescimento das vendas no périodo. Analistas estimavam, em média, lucro líquido de R$ 250 milhões de reais, segundo consenso das estimativas. Na mesma etapa do ano passado, a Suzano havia tido prejuízo de R$ 248 milhões.

Cesp
A Cesp (CESP6) teve lucro de R$ 489,4 milhões, pouco abaixo da média prevista por analistas consultados pela Reuters, de R$ 518 milhões. Entretanto, para a XP, o resultado reportado pela companhia foi positivo, citando que a empresa foi beneficiada de sua contratação, por conta dos elevados preços de energia no mercado à vista de energia. 
No período, o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 1,092 bilhão, crescimento de 48,7% sobre o segundo trimestre de 2013. A previsão do mercado era de Ebitda de R$ 973,7 milhões.

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Sabesp
A companhia de saneamento básico de São Paulo, Sabesp (SBSP3), divulgou seu balanço para o segundo trimestre de 2014, demonstrando queda de 16,4% no lucro líquido da companhia na comparação com o segundo trimestre de 2013. No mesmo período do ano passado, o lucro líquido era de R$ 361,7 milhões e, neste semestre, o número caiu para R$ 302, 4 milhões.

Ex-OGX
Fora do Ibovespa, destaque para o resultado da Óleo e Gás Participações (OGXP3), ex-OGX. A companhia, em recuperação judicial, teve lucro líquido contábil de R$ 303,4 milhões no segundo trimestre, um avanço frente ao mesmo trimestre de 2013, quando registrou prejuízo líquido de R$ 4,722 bilhões. O ganho no trimestre foi beneficiado pela variação cambial no período que foi positiva em R$ 340,3 milhões, ante negativa em R$ 464,1 milhões um ano antes. A receita líquida de vendas foi de R$ 292,99 milhões entre abril e maio, alta de 94% frente ao mesmo período de 2013, quando registrou receita de R$ 150,87 milhões.