Lucro da Rossi tem queda de 99%, Sabesp cai 16% e JBS, 25%; veja mais destaques

Além delas, mais 23 empresas divulgaram os dados referentes ao segundo trimestre de 2014

Leonardo Silva

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SÃO PAULO – Com a temporada de resultados chegando ao fim e sem nenhuma decisão no cenário político após a trágica morte de Eduardo Campos, os balanços do segundo trimestre devem figurar como destaque na sessão desta sexta-feira.

Na noite da última quinta-feira, mais 25 empresas soltaram seus números de abril a junho. Dentre elas, destaque entre as empresas do Ibovespa para os dados de Rossi (RSID3), que mostrou uma diminuição de 99% no lucro líquido, e fora do índice para a OGPar (OGXP3), ex-OGX.

Sabesp
A companhia de saneamento básico de São Paulo, Sabesp (SBSP3), divulgou seu balanço para o segundo trimestre de 2014, demonstrando queda de 16,4% no lucro líquido da companhia na comparação com o segundo trimestre de 2013. No mesmo período do ano passado, o lucro líquido era de R$ 361,7 milhões e, neste semestre, o número caiu para R$ 302, 4 milhões.

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Já o Ebitda da companhia teve queda de 27,4% na mesma base de comparação, indo de R$ 911,4 milhões, para atuais R$ 661,7 milhões. Ainda ficou em destaque para a companhia a receita líquida, que também teve queda, porém mais modesta, ficando no patamar de 1,5%, indo de R$ 2,79 bilhões, para R$ 2,75 bilhões neste bimestre, além de ter reportado também uma de uma alta de 11,2% no custo de despesas administrativas e de construção.

JBS
O lucro líquido da JBS (JBSS3) no segundo trimestre caiu 25% ante o resultado obtido um ano antes, para R$ 254,3 milhões, impactado pelo resultado financeiro negativo, informou a maior processadora de carnes do mundo nesta quinta-feira.

O resultado financeiro ficou negativo em 1,1 bilhão de reais no segundo trimestre, ante 660 milhões de reais no mesmo período do ano passado.

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A geração de caixa operacional, medida pelo lucro antes do juro, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), saltou 46 por cento ante o segundo trimestre de 2013, para 2,43 bilhões de reais.

A receita consolidada da companhia no trimestre subiu 32,1 por cento, para 29 bilhões de reais.

Brookfield
A Brookfield Incorporações (BISA3) teve prejuízo líquido de R$ 173,2 milhões no segundo trimestre, com aumento dos distratos e recuo das vendas e lançamentos no período. A construtora informou nesta quinta-feira que seus lançamentos caíram 13,5% no período, a R$ 336 milhões.

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Já as vendas contratadas foram de R$ 402,3 milhões, recuo de 38,6% na mesma base de comparação. Deste total,  R$ 119,5 milhões foram de lançamentos e R$ 283 milhões, de estoques.

Assim, a receita líquida foi de R$ 545,5 milhões, recuo de 21,4%.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 78,2 milhões, frente a um resultado negativo em R$ 107,1 milhões um ano antes.

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Rossi 
A Rossi (RSID3) teve lucro líquido de R$ 287 mil no segundo trimestre, queda de 99,4% ante o resultado de igual período do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 71,5 milhões, recuo de 47,3% na base de comparação anual. A expectativa média de analistas era de Ebitda ajustado de R$ 77,1 milhões. A margem Ebitda ajustada caiu de 26,8 para 14,7%.

A empresa teve queda de 4% na receita líquida, a R$ 486,3 milhões, enquanto o custo dos imóveis e serviços subiu 2%, a R$ 390,79 milhões. As despesas operacionais avançaram 36,4%, a R$ 61 milhões, enquanto o resultado financeiro seguiu negativo em cerca R$ 16,4 milhões.

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MRV
O lucro líquido da MRV (MRVE3) foi de R$ 134 milhões, ante R$ 117 milhões um ano antes, informou a companhia nesta quinta-feira. A média das estimativas de analistas obtidas apontava lucro nessa base de R$ 98,7 milhões no período. O lucro líquido no trimestre foi de R$ 401 milhões, beneficiado pela revisão para cima do valor atribuído à subsidiária Log.

A receita líquida da MRV entre abril e junho foi de R$ 983 milhões, um leve avanço anual de 0,5%, enquanto a geração de caixa ajustada medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) teve leve recuo de 0,8% na mesma base de comparação, para R$ 161 milhões de abril a junho, em linha com as estimativas de analistas.

Suzano
A Suzano Papel e Celulose (SUZB3) teve lucro líquido de R$ 97,2 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo um ano antes, com uma melhora do resultado financeiro e crescimento das vendas no périodo. Analistas estimavam, em média, lucro líquido de R$ 250 milhões de reais, segundo consenso das estimativas. Na mesma etapa do ano passado, a Suzano havia tido prejuízo de R$ 248 milhões.

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O resultado financeiro da Suzano ficou negativo em R$ 69 milhões, ante negativo em R$ 663 milhões no segundo trimestre de 2013. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 520,9 milhões no período, frente a R$ 515 milhões um ano antes.

Para o Ebitda, analistas esperavam alta de 5,68% contra o segundo trimestre de 2013, a R$ 544 milhões.

Óleo e Gás
A Óleo e Gás Participações (OGXP3), em recuperação judicial, teve lucro líquido contábil de R$ 303,4 milhões no segundo trimestre, um avanço frente ao mesmo trimestre de 2013, quando registrou prejuízo líquido de R$ 4,722 bilhões, informou a petroleira de Eike Batista nesta quinta-feira. 

O ganho no trimestre foi beneficiado pela variação cambial no período que foi positiva em R$ 340,3 milhões, ante negativa em R$ 464,1 milhões um ano antes. A receita líquida de vendas foi de R$ 292,99 milhões entre abril e maio, alta de 94% frente ao mesmo período de 2013, quando registrou receita de R$ 150,87 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da operação da Óleo e Gás no segundo trimestre foi de R$ 49,258 milhões, avanço frente ao registrado no mesmo período de 2013, que foi negativo em 26,634 milhões.

A petroleira de Eike Batista entrou em outubro de 2013 com o maior pedido de recuperação judicial da América Latina, que foi aprovado pelos credores e homologado pela Justiça em junho.

CPFL Energia
A CPFL Energia (CPFE3), teve lucro líquido de 145 milhões de reais no período, ante prejuízo de 134 milhões no mesmo período de 2013.

A receita operacional líquida atingiu 3,68 bilhões de reais, crescimento de 10,1 por cento na comparação anual. As vendas na área de concessão subiram 0,9 por cento, com aumento de 4,1 por cento do segmento residencial, de 4,5 por cento do segmento comercial e queda de 3,5 por cento do segmento industrial.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 772 milhões de reais, alta de 49,7 por cento ano a ano.

Cesp
A Cesp (CESP6) teve lucro de 489,4 milhões de reais, pouco abaixo da média prevista por analistas consultados pela Reuters, de 518 milhões de reais.

No período, o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou 1,092 bilhão de reais, crescimento de 48,7 por cento sobre o segundo trimestre de 2013. A previsão era de Ebitda de 973,7 milhões de reais.

As receitas com venda de energia aumentaram 34,7 por cento, a 1,4 bilhão de reais, com destaque para o mercado de curto prazo, com alta de 77,5 por cento.

O preço de liquidação de diferenças (PLD), que referencia o mercado de curto prazo, foi em média de 722,22 reais no trimestre, ante 245,76 no mesmo período do ano passado.

Por fim, as despesas financeiras de 43,2 milhões foram 33,3 por cento menores na comparação anual, devido à queda da dívida da companhia. A dívida líquida tombou 68 por cento, a 690 milhões de reais.

Qualicorp
A administradora de planos de saúde Qualicorp (QUAL3) teve lucro líquido ajustado de 39,1 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 6,9 por cento na comparação anual, informou a companhia nesta quinta-feira.

A carteira de beneficiários da empresa atingiu 4,6 milhões de vidas, avanço de 0,9 por cento ano a ano. No período, a receita líquida da Qualicorp subiu 23 por cento e atingiu 344 milhões de reais, enquanto as despesas avançaram 21,9 por cento, a 283 milhões de reais.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de 126,5 milhões de reais no período, avanço anual de 28,6 por cento.

Triunfo
A concessionária de infraestrutura Triunfo Participações (TPIS3) teve prejuízo de 44 milhões de reais no segundo trimestre, frente a perdas de 22,5 milhões de reais no mesmo período do ano passado, com aumento do custo operacional.

A receita líquida ajustada foi de 262,8 milhões de reais, alta de 21,9 por cento. Houve aumento de 83,6 por cento da receita de venda de energia elétrica e crescimento de 9,8 por cento nas receitas de arrecadação de pedágio.

Os custos operacionais, por outro lado, subiram 71,6 por cento, para 368,9 milhões de reais no segundo trimestre. As despesas gerais e administrativas subiram 50,2 por cento.

O tráfego consolidado das rodovias administradas cresceu 4,4 por cento no período, atingindo 20,8 milhões de veículos equivalentes. Na unidade de energia, foram vendidos 216,7 GWh de energia assegurada, alta de 46,4 por cento. Já o aeroporto de Viracopos, também administrado pela empresa, movimentou 2,3 milhões de passageiros, crescimento de 1,5 por cento.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 138 milhões de reais no período de abril a junho, crescimento de 32,7 por cento na comparação anual.

Biosev
A Biosev (BSEV3), que no trimestre encerrado em 30 de junho, um prejuízo líquido de R$ 148,3 milhões, ante resultado negativo de R$ 325,8 milhões um ano antes. A receita líquida da companhia caiu 14,5% no trimestre, a R$ 911,098 milhões, enquanto o volume vendido de açúcar caiu 19,3%, a 376 mil toneladas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado ao valor justo dos ativos biológicos (canaviais) recuou 0,5%, a R$ 219,2 milhões. A margem Ebitda ajustada subiu 3,4 pontos percentuais, a 24,1%. A dívida líquida em 30 de junho havia crescido 16,8%, a R$ 4,056 bilhões na comparação com a posição de 30 de março deste ano.