Marisa dispara com novo rumor de venda e Petrobras “realiza”; veja destaques

Após 4 dias de alta, estatal chega a cair 2% nesta quinta, mas fecha com queda mais tímida; na pauta de balanços, dona dos postos Ipiranga sobe mais de 2% após forte lucro no 2º trimestre

Marina Neves

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SÃO PAULO – A quinta-feira (7) foi de perdas para o Ibovespa, com as ações das blue chips Petrobras, Vale, Bradesco e Itaú – que respondem por cerca de 30% da composição do índice – fechando com quedas entre 0,5% e 1,0%.

Além da expectativa sobre a pesquisa Ibope que será divulgada hoje à noite no Jornal Nacional, os investidores também digeriram mais uma rodada de balanços corporativos referentes ao 2º trimestre. No lado positivo do índice, as ações da Ultrapar subiram mais de 2% após os bons números do trimestre, enquanto na ponta de baixo os papéis da BM&FBovespa caíram mais de 2% na expectativa do resultado que sairá hoje após o pregão.

Fora do Ibovespa, destaque para a nova disparada das ações da Marisa, em meio ao novo rumor envolvendo a venda da varejista. Outro destaque fora do índice fica com a Positivo, que vê seus papéis subirem mais de 8% após os resultados do 2º trimestre.

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Veja os principais destaques deste pregão:

Petrobras (PETR3, R$ 18,80, -1,26%PETR4, R$ 20,15, -0,79%)
Após 4 dias de alta, as ações da Petrobras realizaram ganhos ensta quinta-feira, tendo chegado a subir 2% e cair 2% no intraday de hoje. No radar dos investidores, está a espera pela pesquisa Ibope e o aumento das expectativas sobre reajuste no preço de combustíveis.

Segundo reportagem do Valor, o núcleo do governo e da campanha para reeleição da presidente Dilma Rousseff discute iniciativas que poderiam ser antecipadas pela candidata como informar que haverá reajuste do preço da gasolina, que deve ficar provavelmente para depois do segundo turno da eleição, e que o governo, portanto, não pretende “quebrar” a Petrobras.

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Ultrapar (UGPA3, R$ 52,65, +2,41%)
A Ultrapar teve uma receita líquida no segundo trimestre de 2014 de R$ 16,67 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 10% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido ficou em R$ 301,4 milhões no segundo trimestre – alta de 6%. Após o bom desempenho nos dados do segundo trimestre, o BTG Pactual aumentou o preço-alvo das ações da Ultrapar para R$ 58,50, ante R$ 55,00, mas manteve recomendação neutra.

Além disso, o banco aumentou sua projeção em 10% para o lucro sobre ação da empresa até 2016 e disse que a projeção de crescimento para o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Ultrapar, atualmente em 9%, está abaixo do guidance da companhia, de 15%, o que pode propiciar um potencial de valorização.

Lojas Marisa (AMAR3, R$ 16,90, +4,45%)
As ações da Lojas Marisa voltam a disparar hoje em meio à notícia de que a empresa está sendo cobiçada por outra empresa. Segundo O Estado de S. Paulo, o grupo BTG Pactual (BBTG11, R$ 36,13, -0,28%), de André Esteves, estaria interessado em se juntar a Leader, um de seus maiores investimentos de private equity, com a rede da família Goldfarb.

Na última segunda-feira, as ações chegaram a subir 16% em meio aos rumores de que a varejista Lojas Renner estaria em conversas com a Marisa. Contudo, ambas companhias negaram os rumores no mesmo pregão.

Cielo (CIEL3, R$ 41,72,+1,76%)
Após ficar entre as maiores quedas da sessão de ontem, hoje os papéis CIEL3 subiram. O plenário do Senado aprovou ontem projeto que libera aos comerciantes a venda a preços diferentes para o mesmo produto no caso de pagamento a ser feito à vista ou no cartão de crédito. A questão ainda será analisada pela Câmara dos Deputados.

“Mesmo com decisão desfavorável para as instituições adquirentes, continuamos convictos a respeito da qualidade e perspectivas do segmento (de cartões)”, comentou nesta quinta-feira a XP Investimentos. Os analistas reiteraram preferência para obter ganhos no curto/médio e longo prazo via exposição nas ações da Cielo.   

Positivo (POSI3, R$ 2,05, +5,13%)
Aa ações da Positivo fecharam com forte alta, após a fabricante de computadores apresentar um lucro líquido de R$ 3,3 milhões no segundo trimestre de 2014, revertendo o prejuízo de R$ 8,1 milhões no mesmo período do ano anterior. Em contrapartida, a empresa de tecnologia viu uma diminuição de 3,4% em sua receita líquida, em comparação ao segundo trimestre de 2013. De abril a junho deste ano, a companhia reportou uma receita de R$ 579,2 milhões, ante R$ 631,9 milhões. 

Já o Ebitda da Positivo foi de R$ 35,2 milhões, um aumento de 86,7% em comparação ao segundo trimestre de 2013, enquanto a Margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) da companhia foi de 3%, o que resulta em um incremento de 3,1 pontos percentuais, ante mesmo período.

Braskem (BRKM5, R$ 14,42, -1,17%)
A empresa, que divulgou os resultados do 2º trimestre antes do pregão, ainda informou a suspensão temporária da produção no polo petroquímico na Região do ABC, em São Paulo, se o preço da nafta fornecida pela Petrobras for reajustado a partir do próximo mês, segundo informações do jornal Valor Econômico.

O impasse nas negociações se refere ao aumento de 5% a 7% nos valores do contrato de fornecimento de nafta com a estatal. Em nota, a Braskem informou que “está empenhada em encontrar uma solução com a Petrobras relativa ao contrato de fornecimento de nafta petroquímica e continua trabalhando para que as negociações sigam na direção de um resultado positivo que garanta a competitividade da indústria petroquímica brasileira”.

Além disso, a empresa divulgou o resultado do segundo trimestre nesta quinta-feira, no qual apresentou um lucro líquido de R$ 124 milhões no segundo trimestre de 2014, revertendo o prejuízo de R$ 125 milhões visto no mesmo período do ano anterior, conforme mostra o resultado divulgado nesta manhã. Segundo a empresa, a melhora no lucro líquido da empresa se deve em função do melhor desempenho operacional e pela alienação de ativos não estratégicos. Além disso, a empresa mostrou uma diminuição de 40% nas despesas operacionais líquidas.

Eletropaulo (ELPL4, R$ 10,30, +0,68%)
A companhia registrou receita líquida de R$ 2,202 bilhões no período, crescimento de 2,6% na comparação com o mesmo trimestre de 2013. No entanto, o resultado final passou de lucro líquido de R$ 245,3 milhões em prejuízo de R$ 354,4 milhões nos últimos 12 meses. Mesmo com a opinião negativa dos analistas, as ações da companhia fecharam com alta nesta quinta-feira.

Segundo a XP Investimentos, o resultado operacional da Eletropaulo foi fraco e abaixo das estimativas do mercado. Os custos e despesas operacionais da companhia apresentaram um aumento de 64,7%, corroborando para o Ebitda negativo reportado, em função do aumento do custo de compra com energia e pela devolução de R$ 181,5 milhões referente à amortização do passivo regulatório formado com a postergação, pela Aneel, da 3 RTP.

Os analistas da Planner também acreditam que o resultado da companhia é negativo, porém, de acordo com eles, o mercado já esperava um prejuízo no trimestre, sendo “reflexo das condições desafiadoras no segmento de distribuição”. Nesse contexto, a Planner considera que “o cenário para as distribuidoras para o segundo semestre permanece incerto, levando em conta as expectativas de um déficit na geração de energia hídrica aliado aos baixos níveis esperados para os reservatórios no início do próximo ano”.

Locamerica (LCAM3, R$  5,07, +1,40%)
As ações da Locamerica seguem em forte trajetória de alta na Bovespa, acumulando ganhos de 20% nos últimos 7 pregões. Em entrevista ao InfoMoney TV, o fundador e presidente da companhia, os executivos comentaram por que a ação pode ser uma opção interessante para fugir do risco de uma economia cambaleante no Brasil, lembrando da disparada de maio para cá de mais de 90% de suas ações.

Na manhã da última quarta-feira, a companhia divulgou seu balanço do 2º trimestre, registrando lucro líquido 26,4% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 7 milhões, ao passo que a receita líquida cresceu em 18,3%, atingindo R$ 150 milhões entre abril e junho. De acordo com analistas da Planner Corretora, a Locamerica passou uma visão otimista para o seu desempenho futuro durante a teleconferência dos resultados. Para 2015, eles acreditam que será um ano muito duro, mas mesmo assim esperam que seu desempenho vá ser melhor que o do restante da economia.

Telefônica Brasil (VIVT4, R$ 42,29, -2,20%)
As ações da companhia caíram nesta sessão, retomando o movimento negativo visto na última terça-feira (5), quando a companhia perdeu 6,5% de valor de mercado na Bolsa após anunciar uma proposta de aquisição de R$ 20,1 bilhões da GVT, sendo 60% da oferta paga em dinheiro e o restante quitado com a entrega de ações da Vivo ao grupo francês Vivendi, dona da GVT.

Porém, o ex-conselheiro do Cade (Conselho de Administração de Defesa Econômica) e especialista em telecomunicações pela FGV, Arthur Barrionuevo, diz que a aquisição não deverá passar fácil pelo órgão.