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SÃO PAULO – A temporada de resultados do segundo trimestre volta a esquentar nesta 3ª semana de divulgação e segue sendo um dos principais “drivers” da Bolsa neste período. Entre o fechamento da última segunda-feira e a abertura do pregão de hoje, mais 10 empresas irão divulgar os dados operacionais do trimestre.
Dentre elas, destaque para os balanços de Itaú Unibanco (ITUB4) e BR Malls (BRML3). O banco reportou um lucro líquido de R$ 4,7 bilhões, enquanto a administradora de shopping centers viu seu resultado diminuir 13,6% no segundo trimestre. Além delas, chama a atenção o balanço da CVC, Multiplus e ALL.
Veja os resultados desta terça-feira:
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Itaú Unibanco
O Itaú Unibanco (ITUB4) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 4,97 bilhões no segundo trimestre, ante uma expectativa de R$ 4,62 bilhões, segundo compilação feita pela Bloomberg – no mesmo período de 2013 o banco teve lucro de R$ 3,62 bilhões. No primeiro semestre, o lucro líquido da companhia atingiu R$ 9,3 bilhões.
A base de ativos totais da companhia atingiu R$ 1,11 trilhões, contra R$ 1,06 trilhões no mesmo período do ano passado. Já a carteira de crédito total chegou a R$ 543,8 bilhões, ante R$ 498,7 bilhões no segundo trimestre de 2013, enquanto a inadimplência total acima de 90 dias ficou em 3,4%, contra 4,2% no 2T13.
Segundo a equipe de análise da XP Investimentos, o resultado pode ser considerado como o melhor desempenho do setor financeiro. “A instituição de grande porte, mesmo em meio a um ambiente de negócios desfavorável, conseguiu entregar uma evolução extraordinária em termos de resultado final”, completou a corretora.
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A margem financeira gerencial do banco encerrou o período em R$ 13,593 bilhões, uma alta de 17,5% em relação a igual período do ano passado. Já o retorno ajustado sobre o patrimônio líquido ficou em 23,7% entre abril e junho, contra 19,3% no mesmo período de 2013.
BR Malls
O lucro líquido da administradora de shopping centers BR Malls (BRML3) caiu 13,6% no segundo trimestre, na comparação anual, mas ficou acima do previsto por analistas. A empresa teve lucro líquido ajustado de R$ 105,9 milhões no segundo trimestre ante R$ 122,6 milhões um ano antes. A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava para um lucro de R$ 93,5 milhões.
“No segundo trimestre de 2014 mantivemos nosso crescimento em patamares saudáveis mesmo em um cenário mais desafiador. No mês de junho, os efeitos negativos da Copa do Mundo afetaram o fluxo e consequentemente a operação de nossos shoppings”, disse a companhia na segunda-feira, em seu relatório de resultados.
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As vendas nos shoppings companhia somaram R$ 5,36 bilhões no segundo trimestre, alta de 6,8% na comparação anual, conforme a prévia operacional divulgada em julho. As vendas no critério mesmas lojas (abertas há mais de 12 meses) nos shoppings da empresa subiram 7,5%, ante incremento de 6,2% um ano antes.
Mesmo com o avanço, a BR Malls informou que os horários limitados de funcionamento em dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo, o fluxo reduzido de pessoas após os jogos, e a campanha do Dia dos Namorados no mesmo dia da abertura do evento, 12 de junho, pressionaram os resultados. Além disso, as vendas de participação também tiveram impacto sobre os resultados do segundo trimestre.
Na ocasião da divulgação dos resultados do primeiro trimestre, em maio, a BR Malls informou a venda de suas fatias nos shoppings Metrô Tatuapé (SP), Pátio Belém (PA) e Big Shopping (MG), além de fatia de 49 por cento de sua participação no Ilha Plaza Shopping (RJ). As vendas corresponderam a 16,6 mil metros quadrados de Área Bruta Local (ABL) própria e totalizaram R$ 198,7 milhões.
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Segundo a XP investimentos, a empresa apresentou um bom resultado operacional, mas em linha com o esperado. Porém, a corretora acredita que a ação segue negociando a múltiplos elevados.
Assim, a receita líquida da BR Malls subiu 5,4% e totalizou R$ 332,4 milhões. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 267,8 milhões, alta anual de 7%.
“A resiliência do nosso portfolio, mesmo em um cenário desafiador, nos mantém otimistas para fechar o ano de 2014 com bom desempenho”, reiterou a companhia. No terceiro trimestre, a BR Malls vai inaugurar o Shopping Vila Velha, no Espírito Santo, que será o segundo maior empreendimento da empresa.
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CVC
A CVC Brasil (CVCB3) teve lucro líquido de R$ 8,2 milhões no segundo trimestre de 2014, revertendo o prejuízo de R$ 1,8 milhão registrado em igual período do ano passado. No primeiro semestre, a companhia anotou lucro de R$ 47,5 milhões, alta de 38,9% ante os primeiros seis meses de 2013.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de abril a junho cresceu 62%, para R$ 42,5 milhões, com margem de 32,5%, alta de 10 pontos porcentuais. No semestre, o Ebitda somou R$ 140,0 milhões, elevação de 30,3%, com margem de 44,3%, 6 p.p, a; acima da registrada em igual intervalo do ano passado.
A receita líquida de vendas foi de R$ 130,7 milhões no segundo trimestre, alta de 12,1%, e alcançou R$ 316,4 milhões de janeiro a junho, expansão de 12,8%.
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Multiplus
A Multiplus (MPLU3) divulgou na segunda-feira (4) seu balanço referente ao segundo trimestre, período no qual a companhia mostrou crescimento de 39,9% no lucro líquido na comparação com o mesmo período de 2013, chegando a R$ 80,1 milhões.
Na mesma base comparativa, a receita líquida da companhia responsável pelo programa de fidelidade da TAM subiu apenas 4,7%, para R$ 417,4 milhões. Já o total de participantes cresceu 10,6%, para 12,9 milhões de usuários, enquanto o total de pontos emitidos caiu 6,0%, para 19,8 bilhões, segundo dados do balanço.
Ainda de acordo com o balanço divulgado, “a Multiplus mostrou, no primeiro semestre de 2014, sólidos resultados”. De acordo com a companhia, eles continuam a concentrar seus esforços “na criação de campanhas e promoções, visando entregar uma experiência única aos seus participantes”.
A Multiplus ainda afirma que estas ações e as parcerias da companhia com a PBKids e Netshoes contribuíram para o aumento dos resgates do varejo, que cresceram 53,4% na comparação com o primeiro semestre de 2013.
Ainda de acordo com a companhia, “o segundo trimestre foi impactado negativamente pela Copa do Mundo, especialmente no mês de junho, devido a um menor tráfego de voos domésticos e internacionais, interrompendo o comércio durante os jogos, e, principalmente, reduzindo os dias úteis de trabalho durante esse período, o que impactou o volume de pontos trazidos dos cartões de crédito”.
ALL
A América Latina Logística (ALLL3) teve lucro líquido de R$ 93,8 milhões no segundo trimestre, invertendo prejuízo na comparação com o ano anterior, mas abaixo da previsão média de analistas consultados pela Reuters de lucro de R$ 130 milhões.
A receita líquida da companhia totalizou R$ 1,077 bilhão, alta anual de 4,1%.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da ALL, que já havia sido divulgada pela companhia em prévia de resultados, ficou em R$ 579,5 milhões, variação positiva de 0,2% na comparação anual.
Restoque
A Restoque (LLIS3) teve lucro líquido de R$ 1,780 milhão no segundo trimestre de 2014, revertendo o prejuízo de R$ 3,830 milhões um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou R$ 45,2 milhões, com aumento de 39,3% ante o registrado em igual período de 2013. Trata-se do meio valor trimestral já alcançado pela companhia.
Por sua vez, o Ebitda ajustado totalizou R$ 47,3 milhões, com melhora de 41,4%, na mesma base comparativa. A receita líquida foi de R$ 176,4 milhões, com avanço de 5% ante o segundo trimestre do ano passado.
BR Properties
A BR Properties (BRPR3) viu seu lucro líquido disparar 296% no segundo trimestre de 2014, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nestes três meses, o lucro da empresa atingiu R$ 182,9 milhões e foi impactado principalmente pelo resultado antes da tributação, que teve um aumento de 221%, atingindo R$ 270,5 milhões.
Apesar disso, a receita líquida da empresa foi de R$ 223,3 milhões, ante R$ 238,2 mi no mesmo período de 2013 – o que resultado em uma dimunição de 6% na receita do trimestre. Segundo o Santander, o resultado foi positivo devido a melhoria em escritórios vagos, despesas ferais e administrativas menores que esperado”.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou R$ 381,7 milhões, com aumento de 46% ante o registrado em igual período de 2013.
Porto Seguro
A Porto Seguro (PSSA3) teve lucro praticamente em linha com as previsões de analistas para o segundo trimestre, favorecida por melhor resultado financeiro. De abril a junho, a seguradora teve lucro líquido de R$ 219 milhões, avanço de 13,4% ante o mesmo período de 2013. A previsão média de cinco analistas consultados pela Reuters apontava lucro de R$ 218 milhões.
A receita total da seguradora avançou 15,8% em 12 meses, para R$ 3,69 bilhões. Também na comparação anual, os prêmios auferidos com seguros evoluíram 12,4%, para R$ 3,04 bilhões. Favorecido pelo efeito de juros mais altos sobre as aplicações da companhia, o resultado financeiro da Porto Seguro entre abril e junho somou R$ 226,6 milhões, um salto de 91,7% sobre um ano antes.
O índice combinado, que mede a lucratividade das seguradoras apenas nas operações de seguros, e que mostra piora quando cresce, avançou 1,4 ponto percentual ante igual trimestre de 2013, para 95,9%, “reflexo do crescimento da sinistralidade no segmento de automóvel, particularmente pelo aumento de roubo e furto no país”, afirmou a empresa.
