5 ações devem agitar a abertura da Bovespa nesta segunda-feira

Entre os destaques, Tractebel pode ser penalizada por resultado fraco, enquanto Hypermarcas deve reagir positivamente aos números do segundo trimestre

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em meio à temporada de balanços e série de notícias corporativas, x ações devem agitar a abertura do pregão nesta segunda-feira (28). A Tractebel (TBLE3) deve refletir seu resultado do segundo trimestre, que ficou abaixo do esperado impactado pelos efeitos da conjuntura atual do setor elétrico, segundo análise da XP Investimentos. 

Para a corretora, o resultado fraco pode surtir reações negativas nas ações hoje, lembrando que o cenário de curto prazo continua adverso, em face da realidade dos preços elevados de energia por conta do risco hidrológico. 

“O cenário hidrológico desfavorável afeta a capacidade da empresa gerar a energia necessária para cumprir os seus contratos, deixando-a mais exposta ao mercado de curto prazo, que conta com o PLD elevado”, comentaram os analistas. O lucro da companhia no segundo trimestre atingiu R$ 73,7 milhões, queda de 72,3% na comparação com o mesmo período de 2013. 

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Hypermarcas
Por outro lado, as ações da Hypermarcas (HYPE3) podem se beneficiar dos números nesta sessão. A empresa teve lucro líquido de R$ 122,2 milhões no segundo trimestre, após resultado positivo um ano antes de R$ 19,3 milhões, quando foi afetada por despesas financeiras ligadas à sua exposição cambial. A média das estimativas de analistas consultados pela Reuters apontava para lucro líquido de R$ 111,6 milhões. 

Já a receita líquida subiu 6% ano a ano e encerrou julho em R$ 1,13 bilhão, com base na expansão de 7,4% da divisão farma e 4,1% na de consumo. Segundo o BTG Pactual, o conjunto do resultado foi sólido. O banco permance com visão positiva sobre a ação.

JBS
Já a JBS (JBSS3) deve refletir a venda de seus negócios de aves no Brasil e México da Tyson Foods para a empresa, em conjunto com a Pilgrim’s Pride, por US$ 575 milhões. Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a JBS informou que US$ 400 milhões correspondem à operação no México, e o montante de US$ 175 milhões corresponde ao valor da operação no Brasil. Ambas as transações serão pagas em dinheiro e estão sujeitas às aprovações das autoridades regulatórias competentes. 

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Ainda nesta manhã, o Goldman Sachs elevou a recomendação dos papéis da companhia de neutra para compra, enquanto o BTG Pactual reafirmou que segue “bullish” (otimista) com as ações da companhia após resultado. “A geração de fluxo de caixa e o retorno sobre o capital investido continua sólido”, comentou o banco de investimentos. 

Souza Cruz
A Souza Cruz (CRUZ3) deve seguir a notícia de redução da demanda global e o aumento da concorrência. Os embarques caíram 35% em valor, para US$ 852,7 milhões, e 35,6% em volume, para 170 mil toneladas, no acumulado de janeiro a junho em comparação com o mesmo período de 2013, segundo o Sindicato Interestadual da Indústria de Tabaco (Sinditabaco).

Sinalização de redução da demanda global no consumo de cigarros pode afetar o resultado de exportação da companhia, a qual representa 19% das exportações, comentou a XP Investimentos. Segundo a corretora, a notícia confirma a tendência de redução global de consumo derivados do tabaco, podendo afetar novos contratos que a companhia poderá vir a fazer. No entanto, a geração de valor da companhia depende da comercialização de cigarros no mercado interno.

Gol
Vale monitorar também as ações da Gol (GOLL4), que devem refletir mais tarde a divulgação de dados trafegados da companhia. A empresa reportará hoje números prévios de tráfego aéreo do mês de junho de 2014 e consolidado do segundo trimestre deste ano, antes da abertura do mercado. Haverá teleconferência às 11h (horário de Brasília) em português.