Resultados, aquisição da JBS e recompra de ações são destaques nesta 2ª

JBS em conjunto com a Pilgrim's Pride adquirem negócios de aves da Tyson no Brasil e México; BTG classifica resultado da Hypermarcas como sólido, enquanto Santander avalia balanço da Tractebel como negativo

Paula Barra

(Divulgação JBS Friboi)

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SÃO PAULO – Em meio à temporada de balanços e uma série de notícias corporativas, a segunda-feira (28) inicia agitada no mercado brasileiro.  A Tyson Foods anunciou nesta segunda-feira a venda de seus negócios de aves no Brasil e México para a JBS (JBSS3), em conjunto com a Pilgrim’s Pride, por US$ 575 milhões.

Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a JBS informou que US$ 400 milhões correspondem à operação no México, e o montante de US$ 175 milhões corresponde ao valor da operação no Brasil. Ambas as transações serão pagas em dinheiro e estão sujeitas às aprovações das autoridades regulatórias competentes. 

Ainda nesta manhã, o Goldman Sachs elevou a recomendação dos papéis da companhia de neutra para compra.

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Tractebel
Entre os resultados do segundo trimestre, a Tractebel (TBLE3) sofreu com os efeitos negativos das transações no mercado de curto prazo. No período, o lucro líquido da companhia somou R$ 73,7 milhões, queda de 77,2% ante os R$ 324 milhões de um ano antes, informou a companhia.

Segundo o Santander, os resultados foram negativos, impactados por alocação mais fraca que o antecipado e déficit hidro já esperado. No segundo trimestre, a receita no mercado de curto prazo, inclusive no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), foi de R$ 5,8 milhões, ante R$ 47,8 milhões um ano antes. Já o resultado líquido decorrente de transações de curto prazo no período, inclusive as realizadas na CCEE, foi negativo em R$ 468 milhões ante o também resultado negativo de R$ 18,4 milhões, também na comparação anual.

Entretanto, a receita líquida da companhia subiu 7,2% e encerrou o segundo trimestre em R$ 1,36 bilhão. O preço médio de venda de energia, líquido dos tributos sobre a receita, atingiu R$ 148,19/MWh entre abril e junho, 7 mais alto na comparação ano a ano, devido à atualização de contratos. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) no período foi de R$ 301,5 milhões, recuo de 58,1% na comparação anual.

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Hypermarcas
O lucro líquido da companhia de produtos de consumo e medicamentos Hypermarcas (HYPE3) cresceu mais de seis vezes na comparação anual e ficou acima das expectativas de analistas, apoiado na melhora do resultado financeiro e uma base de comparação mais fraca. Segundo o BTG Pactual, o conjunto do resultado foi sólido. O banco permance com visão positiva sobre a ação. 

A empresa divulgou na sexta-feira que teve lucro líquido de R$ 122,2 milhões no segundo trimestre, após resultado positivo um ano antes de R$ 19,3 milhões, quando foi afetada por despesas financeiras ligadas à sua exposição cambial. A média das estimativas de analistas consultados pela Reuters apontava para lucro líquido de R$ 111,6 milhões.

Do lado operacional, a receita líquida subiu 6% ano a ano e encerrou julho em R$ 1,13 bilhão, com base na expansão de 7,4% da divisão farma e 4,1% na de consumo. A empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado de R$ 287,6 milhões no período, avanço anual de 11,5%. No semestre, o Ebitda ajustado foi de R$ 546,6 milhões, montante que representa 49,6% da projeção de geração de caixa da Hypermarcas para 2014, disse a empresa.

Oi
Fora da temporada de balanços, os sócios brasileiros da Oi (OIBR4) estão reunindo informações e preparando um documento para se resguardarem, no caso de a Portugal Telecom (PT) falhar no cumprimento do acordo assinado na última semana, com revisão dos termos da fusão entre as companhias, de acordo com fonte ouvida pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

O memorando de entendimento, que ainda precisa ser formalizado para entrar em vigor, foi firmado depois que veio à tona uma aplicação de risco feita pela tele portuguesa na Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo, que, por sua vez, tem 10,05% da PT. O principal ponto acertado foi a redução da participação da PT de 37,3% para 25,6% na CorpCo, empresa que surgirá da união. A fatia poderá ser retomada pela tele portuguesa em até seis anos.

O documento em elaboração, porém, só será usado caso a PT não honre todos os pontos do acordo. Segundo a fonte, não é descartada uma ação judicial contra a PT, se a empresa falhar em algum item acertado no memorando. No entanto, neste momento, a possibilidade de recorrer à Justiça não está na mesa, uma vez que as empresas ainda estão em negociação.

Também foi feita uma ata do memorando de entendimentos que permite que os sócios brasileiros tenham o direito de fazer questionamentos à PT. Na próxima semana, sócios brasileiros da Oi irão se reunir para discutir os principais pontos do novo documento. Neste momento, cada um está discutindo internamente o que acha mais relevante e isso será posteriormente reunido.

Localiza
A Localiza (RENT3) aprovou no final da semana passada seu sexto programa de recompra de ações, que prevê a aquisição de até 10 milhões de ações. O prazo máximo para a realização da operação é de 365 dias, de 25 de julho de 2014 até 24 de julho de 2015, inclusive. As instituições financeiras que atuarão como intermediárias serão Brasil Plural CCTVM e Credit Suisse CTVM.  

Com Reuters e Agência Estado