Petrobras, Usiminas reverte prejuízo em lucro, ex-OGX e mais 9 notícias no radar

TCU condenou 11 diretores da Petrobras a devolver US$ 792 mi por causa de prejuízos causados na aquisição de Pasadena; leilão da ex-OGX para vender fatia da Parnaíba Gás Natural termina sem comprador

Paula Barra

(Agência Petrobras)

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SÃO PAULO – A quinta-feira (24) inicia agitada no mercado brasileiro em meio à temporada de balanços – com destaque para Usiminas (USIM5), Pão de Açúcar (PCAR4) e Natura (NATU3) – e outros acontecimentos corporativos que ganham destaque nesta manhã. Confira:

Petrobras
O TCU (Tribunal de Contas da União) condenou ontem 11 diretores da Petrobras (PETR3; PETR4) a devolver US$ 792 milhões (R$ 1,6 bilhão) por causa de prejuízos causados na aquisição da Refinaria de Pasadena, pela empresa, bloqueando os bens deles por um ano. Os conselheiros da estatal à época, entre eles, a presidente Dilma Rousseff, não foram responsabilizados pelo relator. A indisponibilidade dos bens ocorre a partir da semana que vem, quando deve ser publicada a decisão no Diário Oficial.

Ex-OGX
O leilão para tentar vender a participação que a OGPar (OGXP3), ex-OGX Petróleo, possui na empresa Parnaíba Gás Natural terminou sem lances, segundo informou O Estado de S. Paulo. Um acordo previa que a empresa de investimentos Cambuhy desse um lance mínimo de R$ 200 milhões, mas ela não compareceu no pregão realizado ontem, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Agora, uma segunda convocação ocorrerá em 6 de agosto. A venda da fatia de 36,36% na Parnaíba faz parte do plano de recuperação judicial da OGPar. 

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Usiminas
Apesar da piora do mercado de aço no País, Usiminas conseguiu reverter prejuízo em lucro líquido no segundo trimestre, passando de saldo negativo de R$ 22,1 milhões no ano passado para positivo em R$ 129 milhões. Já a receita líquida da empresa caiu 4,3%, indo de R$ 3,244 bilhões para R$ 3,106 bilhões. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) cresceu de R$ 441,3 milhões para R$ 549,4 milhões, na mesma base de comparação. 
Segundo a empresa, o maior preço médio da venda de aço no mercado doméstico e do maior volume de exportações de aço, compensou o menor preço médio e volume da exportação do minério de ferro. 

Pão de Açúcar
O Pão de Açúcar viu seu lucro líquido consolidado marcar crescimento de 97,8% no primeiro semestre, após registrar ganhos de R$ 358 milhões entre abril e junho deste ano. O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia no segundo trimestre foi de R$ 1,09 bilhão – uma alta de 79,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado semestral, o Ebitda da companhia atingiu o montante de R$ 2,14 bilhões, um crescimento de 45,4%.

A receita líquida consolidada da companhia subiu 13,4% na comparação anual, para R$ 15,20 bilhões no segundo trimestre. As vendas no conceito “mesmas lojas” saltaram em 9,5% entre abril e junho.

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Natura
A Natura informou o mercado, nesta quarta-feira (23), que seu lucro líquido obtido no segundo trimestre de 2014 atingiu a cifra de R$ 175,8 milhões, uma queda de 26,8% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Já a receita líquida entre abril e junho foi de R$ 1,8 bilhão – uma alta de 5,1% no mesmo comparativo, puxado sobretudo pelo crescimento de 22,9% na receita de operações internacionais. O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 352,3 milhões, queda de 14% ante o segundo trimestre de 2013.

Cremer
A Cremer (CREM3) teve lucro líquido de R$ 5,4 milhões no segundo trimestre, queda de 45,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a emrpesa, a piora ocorreu devido ao crescimento de gastos de forma mais rápida que o faturamento. Enquanto isso, a receita líquida atingiu R$ 153,4 milhões entre abril e junho.

Os custos subiram 6,4%, para R$ 102,3 milhões, enquanto as despesas avançaram 16,9%, para R$ 44,2 milhões. Segundo a Cremer, o avanço reflete um trimestre com grande número de feriados, efeitos negativos da Copa do Mundo, baixa demanda do setor público hospitalar e níveis de inadimplência ainda acima dos patamares históricos.

BR Malls
Além delas, a BR Malls (BRML3) divulgou prévia operacional ontem. A empresa apresentou um volume consolidado de vendas de R$ 5,4 bilhões, um crescimento de 6,8% em relação ao segundo trimestre do ano passado. No período, a empresa registrou um avanço de 7,5% no indicador de vendas nas mesmas lojas. Segudo a companhia, ele foi prejudicado pelos horários limitados de funcionamento dos shoppings em virtude dos jogos do Brasil na Copa do Mundo,  acompanhado de um fluxo reduzido de pessoas após os jogos e pela campanha do Dia dos Namorados que ocorreu no mesmo dia que a abertura do evento, no dia 12 de junho. 

Triunfo
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que enviou nesta quarta-feira, 23, auto de infração à concessionária Aeroportos Brasil – Viracopos S.A., operadora do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), formada pela companhia de infraestrutura Triunfo (TPIS3). Segundo a agência, a decisão foi tomada porque foi descumprido o prazo de entrega das ampliações previstas no primeiro ciclo de investimentos (Fase I-B do contrato de concessão, cujo prazo foi encerrado em 11 de maio.

A Anac explica que a decisão por emitir auto de infração ocorreu após conclusão de relatórios de inspeção técnica realizadas em maio, quando foi verificado o descumprimento do prazo de realização de itens contratuais do Plano de Exploração Aeroportuária (PEA). Os itens a serem entregues são o início da operação do novo terminal com mais de 140 mil metros quadrados de área construída e 28 novas posições de aeronaves, todas com ponte de embarque, com operação dos novos pátios e taxiways adjacentes ao novo terminal; a concessionária tem até 20 dias após o recebimento do auto de infração para apresentar uma defesa à Anac.

Anima
A Anima (ANIM3) informou que o MEC publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira, nota que credencia o Centro Universitário UNA para oferecer a modalidade de Ensino a Distância (EAD) no âmbito nacional.

Com lançamento do vestibular a partir de setembro de 2014, para início das aulas já no primeiro semestre de 2015, serão oferecidos inicialmente 6 cursos de graduação, bacharelado e tecnológico, em 14 polos com abrangência nacional.

Segundo comunicado da companhia, o segmento de EAD pode ampliar significativamente o acesso da população à educação, uma vez que possibilita formação superior a quem tem restrições geográficas e financeiras, com conveniência e qualidade.

Eletrobras
A Geração Futuro informou que diminuiu, por meio dos seus fundos de investimentos e carteiras administradas, sua participação em ações preferenciais da Eletrobras (ELET6), para 4,96% no último dia 22 de julho. A informação veio por comunicado enviado pela estatal nesta quarta-feira após o fechamento do pregão, atendendo a instrução da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que pede para que seja informado ao mercado sempre que um investidor ultrapassa o limite de 5% de participação em uma empresa – seja para cima ou para baixo.

Karsten
Uma das empresas que chamou a atenção do mercado nesta semana devido a um movimento bastante atípico de suas ações na Bolsa, a Karsten (CTKA4) informou o mercado nesta quarta-feira (23) que um fundo do J. Malucelli vendeu ontem todas suas 406.500 ações que detinha da companhia. O percentual equivale a 4,91% dos papéis preferenciais da Karsten.

A operação do fundo ocorreu em um dia em que as ações CTKA4 fecharam com ganhos de 54%. Vale lembrar que, na última segunda-feira (21), os papéis já haviam apresentado alta expressiva de 60,42%. Na ocasião, chamou atenção dos investidores a franqueza da companhia em prestar esclarecimentos após solicitação da BM&FBovespa. Segundo comunicado emitido, a fabricante estaria em negociação com seus controladores para um aumento de capital de até 6 vezes seu valor de mercado.

Em comunicado publicado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o fundo declarou que a “referida ação não tem como intuito alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia, bem como, não detém bônus de subscrição, direitos de subscrição de ações, opção de compra de ações e debêntures conversíveis em ações de emissão”.

CSU CardSystem
A CSU CardSystem (CARD3informou que foram fechados contratos com empresas de vários segmentos nos últimos meses, promovendo o incremento no faturamento em R$ 60 milhões anuais para a empresa.

Em comunicado, a empresa disse que na unidade CSU ITS, voltada à terceirização de tecnologia com hospedagem de softwares e hardwares e terceirização de data center, foram assinados contratos com Porto Seguro e Europ Assistance. Pela divisão MarketSystem foram assinados contratos com a AMBEV, Pernambucanas e Porto Seguro, por meio da plataforma OPTe+.

Já a unidade de processamento de meios de pagamento, a CSU CardSystem, passou a ter em sua carteira de clientes o Banco BMG, na área de crédito consignado. Na unidade CSU Contact, foram assinados contratos com as empresas Natura, o Grupo Etna e a Europ Assistance.