Ibovespa Futuro registra leve alta entre PMI da China, ata do Copom e balanços no Brasil

Cenário é movimentado para o mercado, com BC sinalizando que não deve haver corte da Selic, enquanto China registra maior PMI da indústria em 18 meses; balanços de Usiminas, Natura e Pão de Açúcar no radar

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro registra leves ganhos nesta quinta-feira (24), após as últimas pesquisas eleitorais terem movimentado o mercado. Às 09h04 (horário de Brasília), o contrato futuro com vencimento em agosto registrava alta de 0,16%, a 57.890 pontos. 

O mercado repercute, nesta sessão, a ata do Copom (Comitê de Política Monetária), os balanços trimestrais, com destaque para a Usiminas, e os PMIs industriais da China e o composto da zona do euro. 

O Banco Central sinalizou, através da ata da última reunião de política monetária, que não deve reduzir a Selic nos próximos encontros, destacando que a inflação tende a entrar em convergência para a meta dentro de um cenário de política monetária que não inclui a redução da taxa básica de juros. 

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“O Comitê antecipa cenário que contempla inflação resistente nos próximos trimestres, mas, que, mantidas as condições monetárias – isto é, levando em conta estratégia que não contempla redução do instrumento de política monetária – tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção”, afirmou o BC na ata. Com isso, as taxas dos principais contratos de juros futuros registram ganho nesta sessão. 

No radar corporativo nacional, a Usiminas (USIM5) conseguiu reverter prejuízo em lucro líquido atribuível a controladores no segundo trimestre, passando de saldo negativo de R$ 59,5 milhões no ano passado para positivo em R$ 114,4 milhões. Já a receita líquida da empresa caiu 4,3%, indo de R$ 3,244 bilhões para R$ 3,106 bilhões. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) cresceu de R$ 441,3 milhões para R$ 549,4 milhões, na mesma base de comparação. Segundo a empresa, o maior preço médio da venda de aço no mercado doméstico e do maior volume de exportações de aço, compensou o menor preço médio e volume da exportação do minério de ferro. 

Enquanto isso, o Pão de Açúcar (PCAR4) viu seu lucro líquido consolidado marcar crescimento de 97,8% no primeiro semestre, após registrar ganhos de R$ 358 milhões entre abril e junho deste ano. O Ebitda da companhia no segundo trimestre foi de R$ 1,09 bilhão – uma alta de 79,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido da Natura (NATU3) obtido no segundo trimestre de 2014 atingiu a cifra de R$ 175,8 milhões, uma queda de 26,8% em comparação com o mesmo período do ano passado.

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PMIs animam
A atividade industrial da China expandiu no ritmo mais rápido em 18 meses em julho, com um salto nas novas encomendas, mostrou nesta quinta-feira o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) preliminar do HSBC, mais recente indicação de que a economia está acelerando com as medidas do governo.

O PMI preliminar do HSBC/Markit subiu para 52 em julho ante leitura final de 50,7 em junho, superando a expectativa de 51 em pesquisa da Reuters. Foi o nível mais alto desde janeiro de 2013, e acima da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo segundo mês seguido.

Enquanto isso, o setor privado da zona do euro expandiu no ritmo mais rápido em três meses em julho, embora o crescimento mais rápido de novos pedidos tenha sido provocado principalmente pela redução de preços novamente. O PMI Composto preliminar do Markit, com base em pesquisas junto a milhares de empresas na região e um bom indicador do crescimento geral, avançou para 54,0 em julho ante 52,8, nível mais alto desde abril. Qualquer número acima de 50 indica expansão.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.