Para grafista, rali do Ibovespa pode ter acabado; vem queda pela frente?

Segundo Wagner Caetano, analista gráfico, o índice pode ter cravado sua máxima em 2014 ao bater 58.100 pontos; se confirmar a reversão da tendência, próximo alvo seria nos 49.890 pontos

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com disparada de 28% de março até o pregão da última terça-feira, o Ibovespa pode já ter cravado seu patamar máximo em 2014. Com todos os eventos precificados – boa temporada de balanços no segundo trimestre, fim do aumento do ciclo de alta dos juros e um possível segundo turno na eleição presidencial embutidos no preço -, pode não haver motivos para sustentar novas altas do índice, diz Wagner Caetano, diretor da Top Traders.

Sem novos fatores que sustentem uma alta do mercado, aliado a possível disparada do dólar e saída do fluxo de investidores estrangeiros do Brasil, o Ibovespa pode ter uma reversão em breve, argumenta. “Uma temporada de baixa está por vir”. 

Por isso, Caetano salienta: o Ibovespa pode ter marcado sua máxima de 2014 na terça-feira, ao bater a região de 58.100 pontos no intraday. Naquela sessão, o índice registrou sua 3° alta consecutiva, no melhor fechamento desde 12 de março de 2013 (58.208 pontos).  

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Segundo ele, um fechamento do Ibovespa abaixo do topo de maio de 2013, em 57.100 pontos, já acenderia uma luz amarela, sendo que a confirmação viria caso o índice fechasse abaixo de 56.750 pontos – máxima de outubro de 2013. Para Caetano, neste caso, o alvo imediato do Ibovespa seria 49.890 pontos – ou queda de 13,11% frente ao fechamento da última quarta-feira. 

Apesar do rali e possível esgotamento de fatores que impulsionem novas altas, Caetano argumenta que os fundamentos do mercado brasileiro estão cada vez mais deteriorados, enquanto aumentam o índice de reprovação do atual governo e solidificam as chances de uma vitória da oposição – na última semana, Datafolha e IstoÉ/Sensus apontaram empate técnico entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) em um possível segundo turno. Ou seja, isso ainda poderia alimentar o rali do Ibovespa, mas vai depender do fluxo externo, lembrando que os estrangeiros correspondem por 50% dos negócios da Bovespa, comenta. 

Confira o gráfico do Ibovespa abaixo:

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