Disparada da Gol e enxurrada de resultados agitam esta quarta; veja mais 14 destaques

A companhia aérea Gol disparou nesta 4ª com o mercado prevendo resultados do 2º trimestre ainda melhores que os do 1º, resultados do Ibope e enxurrada de resultados agitaram Ibovespa

Marina Neves

Publicidade

SÃO PAULO – A sessão desta quarta-feira (23) foi agitada após a divulgação do Ibope ontem, que mostrou que a atual presidente da República Dilma Rousseff (PT) venceria nas urnas em um possível segundo turno, indo contra o que foi mostrado pelas pesquisas Datafolha e IstoÉ/Sensus. O levantamento, mostrando um cenário mais favorável para a candidatura de Dilma, fez com que os investidores embolsassem os fortes ganhos observados nas últimas sessões.  

Além da pesquisa, o mercado também acompanhou hoje a temporada de balanços. As ações da Fibria (FIBR3) chegaram a aparecer como a maior alta do Ibovespa; a companhia revelou pela manhã que conseguiu reverter prejuízo em lucro líquido no segundo trimestre deste ano. Acompanharam o movimento as ações da Suzano (SUZB5), também do setor de papel e celulose, que subiam 3,17%, a R$ 8,47, no mesmo horário. 

Por outro lado, os papéis da BR Properties (BRPR3, R$ 14,76, -4,03%), Marfrig (MRFG3, R$ 6,80, -2,44%) e CSN (CSNA3, R$ 11,30, -2,25%) apareceram como as maiores quedas do índice. Hoje, o Goldman Sachs reiterou recomendação de venda para as ações da CSN. Fora do Ibovespa, destaque para a Lupatech (LUPA3), que disparou em meio à aprovação do seu conselho de administração ao aumento de capital entre R$ 676 milhões e R$ 1,32 bilhões. 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Confira os destaques da Bolsa desta quarta-feira:

Gol (GOLL4, R$ 14,20, +4,18%)
As ações da companhia fecharam a sessão desta quarta 
entre as maiores altas do Ibovespa. Segundo o analista Mário Bernardes Junior, do BB Investimentos, os papéis sobem pelo terceiro dia consecutivo graças a uma possível antecipação do mercado referente aos resultados da empresa, que deverão vir ainda melhores que os do primeiro trimestre, já que a Copa proporcionou bons números para a companhia e levou a uma taxa de ocupação mais alta do que o esperado pela companhia. Ainda de acordo com o analista, a tensão no Iraque com a tomada de refinarias não irá impactar em grandes números os resultados da empresa.

Estatais
As ações das estatais voltaram a cair na sessão desta quarta-feira após dados da pesquisa Ibope, divulgada na noite de ontem. A Petrobras (PETR3, R$ 19,22, -2,41%PETR4, R$ 20,66, -3,75%) e Eletrobras (ELET3, R$ 6,58, -3,80%; ELET6, R$ 11,20, -1,32%) caíram mais de 1%. Quem novamente não seguiu o desempenho das estatais foi o Banco do Brasil (BBAS3, R$ 29,31, +0,79%), que segue repercutindo a revisão da Procuradoria Geral da República. O possível prejuízo para os bancos, caso eles percam a disputa em torno dos planos econômicos e do impacto no saldo da poupança, foi reduzido de R$ 441,7 bilhões para R$ 21,87 bilhões, o que levou a forte alta dos bancos na segunda-feira. 

Continua depois da publicidade

No caso da Petrobras, também contribuiu para a queda nesta sessão a notícia de que os então diretores da companhia na época da aquisição da refinaria de Pasadena, nos EUA, terão de devolver US$ 792 milhões para a companhia – que ainda será corrigido até a data de pagamento -, decidiu o relator do caso no TCU (Tribunal de Contas da União), o ministro José Jorge nesta quarta-feira (23).

De acordo com a pesquisa Ibope, as intenções de voto na presidente Dilma Rousseff (PT) caíram para 38%. Mesmo tendo caído 1 ponto porcentual em relação à leitura anterior, ainda não é possível determinar se haverá um segundo turno. Diferentemente do mostrado pelos levantamentos do instituto Datafolha e do Istoé/Sensus divulgados na semana passada e que apontaram empate técnico entre os presidenciáveis do PT e do PSDB, a pesquisa sinaliza que em um eventual segundo turno, a candidata petista venceria nas urnas. 

Lupatech (LUPA3, R$ 0,49, +88,57%)
As ações da Lupatech chegaram a disparar 108% nesta sessão e atingem a máxima desde 14 de janeiro, após o conselho de administração da empresa aprovar o aumento do capital social entre R$ 676 milhões e R$ 1,32 bilhão. A operação será realizada para reestruturação do endividamento financeiro e equacionamento da estrutura de capital da empresa, conforme plano divulgado ao mercado em novembro do ano passado.

Serão emitidas no mínimo 2,7 bilhões de ações ordinárias e no máximo 5,28 bilhões de papéis, ao preço de R$ 0,25 cada, menos da metade do R$ 0,59 do valor do papel da Lupatech na Bovespa no fechamento desta terça-feira. Segundo a empresa, o preço de emissão foi determinado com base na média simples da cotação das ações nos últimos 80 dias de negociação na Bovespa e deságio de 59,6%.

Karsten (CTKA4, R$ 1,27, +6,72%)
A small cap que vem em disparada desde segunda-feira em meio à revelação de que está em negociações confidenciais para um aumento de capital, cujo montante poderia chegar a até 6 vezes seu valor de mercado, voltou a ter forte alta e acumularam ganhos de 182,22% em três dias.

Lojas Renner (LREN3, R$ 71,75, -2,06%)
A Lojas Renner registrou queda no pregão desta quarta-feira. Mesmo após ter visto seu lucro líquido crescer de R$ 98 milhões para R$ 118 milhões, o Bank of America Merrill Lynch (BofA) reduziu a recomendação da varejista para neutra, saindo da recomendação de compra. Os analistas do banco analisaram que o ritmo de vendas da companhia deve desascelerar no segundo semestre e também demonstraram preocupação com a inadimplência.

Segundo a XP, a companhia reportou um bom resultado operacional, principalmente em relação a venda nas mesmas lojas, que apresentou crescimento de 10%. 

Fibria e Suzano (FIBR3, R$ 21,86, +4,54%)
A Fibria divulgou o balanço operacional do segundo trimestre e as ações da empresa fecharam esta sessão liderando os ganhos do Ibovespa, após bom resultado no segundo trimestre. No embalo, os papéis da Suzano (SUZB5, R$ 8,47, +3,17%), também do setor de papel e celulose, avançam mais de 1%.

No segundo trimestre, a Fibria registrou um lucro líquido de R$ 631 milhões, aumento significativo frente ao prejuízo de R$ 593 milhões no mesmo período de 2013 e acima das estimativas dos analistas, que esperavam uma cifra em torno de R$ 565 milhões.  

Tecnosolo
As ações da Tecnosolo (TCNO4, R$ 0,37, -40,32%) voltaram a ter forte queda pela segundo dia consecutivo, mas ainda acumulam ganhos de 253,33% desde 14 de julho (R$ 0,15) até o preço de hoje. Em entrevista ao InfoMoney na última terça-feira, o diretor de RI da empresa, André Camacho, ressaltou que a empresa deu a volta por cima depois de quebrar em 2012, conseguindo uma nova carteira de serviços, e que o mercado deve estar acompanhando essa evolução da empresa, o que tem refletido nas ações.

Siderúrgicas
Nesta quarta, colaborou para o movimento de queda da CSN (CSNA3, R$ 11,30, -2,25%) a notícia de que o Goldman Sachs reiterou a recomendação dos papéis da empresa para “venda”. A empresa digere também os dados negativos divulgados pelo Instituto Aço Brasil referentes ao mês de junho. 

Além da CSN, o Goldman cortou as ações da Usiminas (USIM5, R$ 8,03, -1,11%) de “compra” para “neutro” e manteve “compra” para Gerdau (GGBR, R$ 13,24, +0,53%), que fechou a sessão desta terça em alta, indo contra o restante do setor.