22 ações para monitorar na abertura da Bolsa no pregão desta terça

Entre os destaques, expectativa de pesquisa eleitoral Ibope pode refletir nos papéis das estatais hoje, enquanto siderúrgicas podem sofrer com divulgação de dados do setor

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com o noticiário agitado, 14 ações devem balançar a Bolsa já nos primeiros minutos de negociação desta terça-feira (22). Entre os destaques, a expectativa pela divulgação da pesquisa eleitoral Ibope, que será revelada hoje à noite no Jornal Nacional, pode mexer nesta sessão com os papéis das estatais – Petrobras (PETR3; PETR4), Eletrobras (ELET3; ELET6) e Banco do Banco (BBAS3). Vale mencionar, no entanto, que na véspera esses papéis subiram refletindo o Sensus, mas em menor amplitude do que quando divulgado o Datafolha, na última quinta-feira.  

A leitura do mercado tem sido de otimismo com a queda de Dilma nas pesquisas. Isto porque a saída do atual governo pode melhorar a situação das estatais, que já foram bastante penalizadas por medidas intervencionistas. Assim como no Datafolha, o Sensus mostrou que Dilma e Aécio teriam um empate técnico no segundo turno. 

Fora pesquisa, mas no radar da Petrobras. Hoje, o Bradesco BBI cortou a previsão de crescimento de produção da empresa de 8,5% para 6,5%, seguindo fracos dados reportados em junho. 

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Bancos
O mercado deve monitorar também os papéis do setor bancário, que além de expectativa sobre a pesquisa, pode reagir ao “desconto” de R$ 420 bilhões de lucro dos bancos em planos econômicos das décadas de 1980 e 1990. Um parecer da PGR, encaminhado ontem ao STF (Supremo Tribunal Federal), diminuiu brutalmente o lucro bruto que os bancos tiveram durante os planos – passando de R$ 441,7 bilhões para R$ 21,87 bilhões. A correção do erro considerável permite que o STF retome o julgamento dos processos que discutem se os bancos devem ou não aos poupadores diferenças na correção da poupança durante os planos econômicos. Ontem, as ações do setor – Itaú Unibanco (ITUB4), BB e Bradesco (BBDC3; BBDC4) – fecharam em alta após a notícia. 

Siderúrgicas
Merece atenção também os papéis das siderúrgicas. Hoje saem os dados do setor divulgados pela diretoria do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (Sindisider), que fará entrevista coletiva para apresentar dados do setor referentes a junho. O setor tem sofrido na bolsa nos últimos dias, depois de dados negativos divulgados pelo Instituto Aço Brasil referentes ao mês de junho. Vale acompanhar os papéis da Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4). 

Elétricas
Já as ações do setor elétrico, em especial as distribuidoras, podem refletir positivamente hoje à notícia de que reberão mais R$ 6,5 bilhões em empréstimos, que deve ser liberado na semana que vem ou, no máximo, até a primeira semana de agosto. Os recursos são uma extensão do crédito de R$ 11,2 bilhões concedidos por 10 bancos em abril ao setor, que sofre os efeitos da combinação de uma crise hídrica no país e problemas oriundos da renovação antecipada de concessões elétricas proposta pelo governo federal. Merece destaque hoje os papéis da Cemig (CMIG4), Light (LIGT3), Copel (CPLE6), CPFL Energia (CPFE3), Eletropaulo (ELPL4), Energias do Brasil (ENBR3), Celesc (CLSC4) e Equatorial (EQTL3). 

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Sabesp
Por sua vez, a Sabesp (SBSP3) pode ser penalizada pela notícia de que a empresa pediu ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo autorização para usar mais 100 milhões de metros cúbicos de água da chamada reserva técnica do Sistema Cantareira, conhecida como “volume morto”, disse a Agência Nacional de Águas (ANA), na segunda-feira  O volume é adicional aos 182,5 milhões de metros cúbicos do volume morto do sistema, principal conjunto de reservatórios de água da região metropolitana de São Paulo, que já estão sendo utilizados desde 16 de maio. 

Ser Educacional
Completando o time das ações a serem monitoradas hoje, a Ser Educacional (SEER3assinou ontem contrato para aquisição de 100% das cotas do Centro Educacional e Desportivo Fase, mantenedora da Faculdade Santa Emília (Fase), localizada na cidade de Olinda, Pernambuco. O valor da compra é de R$ 9,7 milhões, do qual serão deduzidos dívidas líquidas e ainda um valor a ser retido como garantia a eventuais contingências por um prazo de 5 anos.