Dividendos, Petrobras, prévia da Cyrela e drama da Oi ganham destaque nesta terça

A Petrobras busca solução para manter contrato milionário no RS, enquanto risco de calote do Grupo Espírito Santo pode respingar na Oi

Paula Barra

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SÃO PAULO – A terça-feira (15) inicia agitada no mercado brasileiro em meio a uma série de notícias corporativas. A presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Maria das Graças Foster, reuniu-se nesta segunda-feira com o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), para reforçar o interesse da estatal em manter a construção de equipamentos para plataformas do pré-sal no Estado, afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik. 

A construção dos equipamentos no polo naval é de responsabilidade da Iesa Óleo e Gás, que corre o risco de perder o contrato com a petroleira devido a problemas financeiros e atrasos na entrega dos materiais contratados. A Iesa venceu licitação de 720 milhões de dólares com a Petrobras para a construção de 24 módulos de compressão de gás para seis plataformas do pré-sal. O contrato tem ainda a opção de fornecimento de mais oito módulos para outras plataformas, o que elevaria o valor do acordo para 911 milhões de dólares.

Oi
O Grupo Espírito Santo (GES) negocia acordo com credores para evitar calote, em meio à dívida de 897 milhões de euros que deve ser paga à Portugal Telecom (PT) entre esta terça e quinta-feira. Segundo informações do Estadão, entre as opções levantadas estão um pedido de recuperação judicial de algumas empresas holding e a renegociação de dívidas. A solução deve atingir diretamente a Oi (OIBR4), que está em processo de fusão com a PT. Negociadas na Bolsa de Lisboa, as ações do Banco Espírito Santo desabam mais de 10% hoje, enquanto os papéis da PT caem 0,75%

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Ontem, o ministro das Comunicações do Brasil, Paulo Bernardo, disse que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico) e outros sócios vão rediscutir os termos da fusão com a PT, caso a empresa europeia tome um calote no investimento financeiro que não teria sido divulgado aos sócios brasileiros. “Tem uma operação que vence amanhã. Se o dinheiro voltar, tudo certo, se não voltar, evidente que o BNDES e os acionistas vão querer discutir a operação de fusão e a composição acionária, porque isso com certeza esvaziou um dos sócios de forma expressiva”, disse o ministro a jornalistas após evento. Entretanto, Bernardo afirmou que a fusão das duas operadoras, que cria uma companhia com cerca de 100 milhões de clientes, não está arriscada.

Cyrela
Os lançamentos da Cyrela Brazil Realty (CYRE3) recuaram 49,5% no segundo trimestre ante mesma etapa de 2013, a R$ 890,2 milhões, informou a companhia na noite de segunda-feira.

Entre janeiro e março, os lançamentos da incorporadora tinham dobrado na comparação anual, no sentido contrário da maioria das companhias do setor listadas em bolsa, cujos lançamentos recuaram no período.Assim, apesar do recuo no trimestre, a companhia teve um crescimento de 3,2 por cento nos lançamentos entre janeiro e junho, que encerraram o semestre em 2,805 bilhões de reais, incluindo a participação de sócios da Cyrela.

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JBS
A JBS (JBSS3) informou que sua controlada Seara Alimentos assinou um memorando de entendimento para compra de duas unidades de processamento de aves do Grupo Céu Azul, segundo comunicado. O acordo, que inclui duas fábricas de ração e três incubatórios, localizadas no Estado de São Paulo, está avaliado em cerca de 246 milhões de reais.

“Essa aquisição representa um importante passo na estratégia da JBS Foods de aumentar sua presença nos principais mercados internacionais importadores de aves, além de fortalecer a posição da Companhia no principal mercado consumidor brasileiro”, disse a JBS em nota.

O memorando está sujeito a determinadas condições suspensivas, como a aprovação pelas autoridades competentes, incluindo o órgão antitruste Cade.

Ambev
O conselho de administração da Ambev (ABEV3) aprovou o pagamento de 0,06 real por ação em dividendos e 0,10 por ação em juros sobre capital próprio, em reunião nesta segunda-feira.

A distribuição será feita a partir de 28 de agosto, para acionistas com base na companhia em 28 de julho na BM&FBovespa e 31 de julho na Bolsa de Nova York.

Eletropaulo
O conselho de administração da Eletropaulo (ELPL4) aprovou a emissão de 350 milhões de reais em debêntures, de acordo com ata de reunião realizada nesta segunda-feira.

Serão emitidos 35 mil títulos, com prazo de 180 dias e remuneração de 100 por cento dos DI mais sobretaxa de 1,6 por cento. A emissão terá esforços restritos de colocação.

Triunfo
O tráfego de veículos equivalentes nas rodovias administradas pela Triunfo Participações (TPIS3) cresceu 5 por cento no primeiro semestre ante mesmo período do ano passado e atingiu 44,035 milhões de veículos, disse a empresa nesta segunda-feira.

O total de passageiros no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), aumentou 4,3 por cento na mesma comparação, a 4,736 milhões de pessoas, disse a Triunfo.

Banrisul
O Banrisul (BRSR6) anunciou nesta segunda-feira que assinou memorando de entendimento com a Icatu Seguros sobre parceria que garante exclusividade por 20 anos na venda de seguros de vida nos canais de distribuição de previdência do banco gaúcho.

Segundo o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banrisul terá metade da nova seguradora, sendo 49,99 por cento das ações ordinárias e 50,01 por cento das preferenciais, enquanto a Icatu terá 50,01 por cento das ordinárias e 49,99 por cento das preferenciais.

Lupatech
A Lupatech (LUPA3) fechou um acordo com seus dois maiores credores financeiros, estabelecendo os termos e condições relativos à capitalização dos créditos detidos pelos bancos no âmbito do aumento do capital social da empresa, que será feito dentro de sua reestruturação, segundo comunicado divulgado na noite de segunda-feira. 

A empresa também publicou uma ata de reunião do Conselho, na qual informa ter aprovado um acordo de investimento com o Itaú Unibanco e o Banco Votorantim, com as instituições manifestando a intenção de conversão de seus créditos, sujeita ao atendimento de determinadas condições a serem atendidas até a data de homologação do aumento de capital.

(Com Reuters)