BTG adquire banco suíço e mais 5 empresas ganham destaque nesta 2°

Sócia da Oi, a Previ vende ações da operadora após aumento de capital realizado em abril; ex-OGX mostra queda na produção de junho

Paula Barra

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SÃO PAULO – A semana inicia agitada no mercado brasileiro em meio a uma série de notícias corporativas. Entre os destaques desta segunda-feira, aparece a aquisição pelo BTG Pactual (BBTG11) do banco suíço BSI por 1,5 bilhão de francos suíços (1,7 bilhão de dólares ou 3,73 bilhões de reais) em dinheiro e ações, se desfazendo de uma unidade deficitária e aumentando sua solidez financeira. 

Para o BTG Pactual, o acordo implica uma expansão de seu negócio de gestão de recursos, com a adição de uma grande presença na Suíça, que ainda é o maior mercado financeiro offshore do mundo.

O acordo, que o presidente-executivo da Generali, Mario Greco, chamou de “operação complexa”, põe fim a mais de dois anos de pesquisa da Generali para encontrar um comprador adequado para um ativo que perdera apelo diante da implacável pressão dos Estados Unidos e outras nações ocidentais em relação ao sigilo bancário suíço. Sob os termos do acordo, a parcela que a Generali receberá em dinheiro será de 1,2 bilhão de francos suíços. A transação, sujeita à aprovação regulatória, deve ser concluída no primeiro semestre de 2015.

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Oi
Sócia da Oi (OIBR4), a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) vendeu ações da operadora após o aumento de capital realizado pela companhia em abril deste ano, uma das etapas do processo de fusão com a Portugal Telecom (PT). Com o movimento, a fatia da fundação baixou de 1,2% para 0,9% do capital da operadora. 

De acordo com o prospecto de aumento de capital da companhia, a venda de papéis pelos controladores estava proibida até final julho por conta de uma prática conhecida como “lock up”, em que acionistas do bloco de controle não podem negociar as ações por três meses. Em documento encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última quinta-feira, a Oi revelou, no entanto, que controladores negociaram com os papéis durante o mês de junho.

Procurada, a Previ confirmou a venda de ações e garantiu não estar impedida de vender suas ações. A fundação teria questionado a Oi sobre a possibilidade de se desfazer das ações logo após o aumento de capital e recebido um aval da área de relações com investidores da companhia no início de maio.

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Ex-OGX
OGPar, antiga OGX Petróleo (OGXP3), divulgou diversos comunicados ao mercado. Em primeiro lugar, a companhia informou ao mercado que a agência regulatória do setor de petróleo e gás da Colômbia, a Agência Nacional de Hidrocarburos (ANH) não aprovou a proposta de venda dos ativos da companhia localizados na Colômbia, cuja oferta foi informada pela empresa no dia 25 de abril.

Ainda no comunicado, a companhia informa que, como consequência, a ANH cancelou os contratos de avaliação técnica relativos aos blocos da Bacia de Cesar Ranchería, além de ter executado as cartas de crédito oferecidas como garantia e expedidas pelo banco garantidor, no valor de aproximadamente US$ 24 milhões.

Após o indeferimento, a OGPar informou ainda que a companhia e a Ofertante assinaram ontem um novo acordo acordo no valor de US$ 30 milhões, com o objetivo de apresentá-lo à ANH referente à transferência e alienação dos ativos remanescentes, que estão localizados no Vale Inferior do Magdalena.

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Além disso, a OGPar também apresentou sua produção de petróleo para o mês de junho. Segundo fato relevante, a produção total da companhia teve queda ante maio, passando de 424.469 barris de petróleo para atuais 390.249 barris. Deste total, 271.280 barris refletem a produção do Campo de Tubarão Martelo – ante 301.062 barris no mês anterior – e 118.969 barris pertencem à produção no Campo de Tubarão Azul em fase de testes – contra 123.407 barris em maio.

Em comunicado, a companhia informou que em 3 de julho, Tubarão Martelo iniciou a produção de seu terceiro posto (TBMT-2HP) que desde seu início produz uma média de 3,2 mil barris de petróleo por dia. Ainda no comunicado, a companhia afirmou que o início da produção do quarto poço (TBMT-6HP) no referido campo se dará após a completação superior do mesmo, com expectativa para finalização dentro de 40 dias.

Eletrobras
Já o conselho de administração da Eletrobras (ELET3ELET6) aprovou em reunião na sexta-feira a alteração do modelo de governança de suas distribuidoras, em um reestruturação organizacional que prevê a criação do cargo de diretor-presidente para essas companhias.

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A Eletrobras disse em comunicado que serão extintas as diretorias de operações locais e que a reestruturação “não implica em qualquer aumento de custo”.

No comunicado, a Eletrobras ainda destacou que a reestruturação tem como foco o “reforço da estrutura local, através da descentralização das atividade operacionais com expectativa de ganhos na qualidade do atendimento e dos serviços prestados, preservando-se, contudo, a centralização das atividades corporativas das EDE’s, sob a coordenação da diretoria de distribuição da Eletrobras”.

Mills
A Mills (MILS3) informou seu plano de sucessão do cargo de presidência da Companhia. Em comunicado, a empresa disse que Ramon Vazquez, que assumiu o cargo em 2009, permanecerá no cargo de Diretor Presidente até 31 de dezembro deste ano e Sergio Kariya, atual diretor da unidade de negócio Rental, assumirá o cargo de Diretor Presidente a partir de 1º de janeiro de 2015.

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“Durante sua gestão, Ramon estruturou a empresa para sua fase de crescimento, que envolveu a realização de seu bem-sucedido IPO em 2010 e investimentos de R$ 1,7 bilhão, que viabilizaram elevação em mais de 2,5 vezes da receita líquida e do lucro líquido da Mills”, disse a empresa em comunicado.

Como parte do processo de transição, Sergio Kariya assumirá o cargo de Vice-Presidente de Operações, a partir de 1º de agosto, acumulando o cargo de diretor da Rental. A partir de 1º de janeiro de 2015, pelos próximos cinco anos, Ramon Vazquez continuará participando dos negócios da Mills, assessorando o Conselho de Administração da empresa.

BR Insurance
A quantidade de ações da BR Insurance (BRIN3) em posse de membros da diretoria saltou de 100 para 10.078 apenas em junho, mostrou a companhia no formulário consolidado na sexta-feira. Ainda assim, o grupo não detém nem sombra do que tinha da seguradora em abril. Antes da forte queda de 63% das ações em 5 dias do mês, a diretoria da BR Insurance contava com 1,027 milhão de papéis.
 

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Segundo o documento enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), as compras dos 9.978 papéis foram realizadas nos dias 13, 18, 24, 25, 26, 27 e 30 do mês passado, tendo como intermediária a Itaú Corretora. A companhia, porém, não deu detalhes do valor movimentado em cada uma das datas informadas. 

Vale lembrar que a BR Insurance viveu momentos conturbados no começo do ano, quando chegou a despencar 63% em apenas 5 dias em abril. A reviravolta começou no mesmo mês: a partir da mínima de R$ 5,68 alcançada, os papéis da companhia já acumularam ganhos na casa dos 100%, embora no ano ainda marquem queda de 35,25%.