Publicidade
SÃO PAULO – Em uma semana atípica para a Bovespa, em que até a humilhante goleada da Alemanha no Brasil teve impacto no mercado de ações, as ações da Gol terminaram a semana como a maior valorização do Ibovespa, ao subirem 9,44%. Estatais, bancos e elétricas também aparecem entre os maiores ganhos do índice no acumulado entre 7 e 11 de julho.
Já na ponta negativa, o principal destaque ficou com a Oi, que não se livrou da lanterna do Ibovepsa mesmo subindo 13% nesta sexta-feira (11).
Confira as maiores altas e baixas da Bovespa nesta semana:
Masterclass
As Ações mais Promissoras da Bolsa
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Altas:
Gol
Mesmo tendo caído nos dois primeiros pregões da semana, as ações da Gol (GOLL4) dispararam 10,96% e 3,78% ontem e hoje, respectivamente, e terminaram a semana com variação positiva de 9,44%, cotadas a R$ 13,45.
O rali iniciada na quinta-feira veio após o Raymond James elevar a recomendação das ações da empresa para outperform (desempenho acima da média), alegando que as ações deveriam subir assim que os “ventos contrários do câmbio diminuem”. Vale lembrar que os papéis GOLL4 caíram 16,5% entre o final de maio e a última terça-feira, dia que eles bateram o menor patamar desde 3 de abril.
Continua depois da publicidade
A arrancada ocorre em meio também a um relatório do UBS que ressaltou que a Gol e TAM não perderão slots lucrativos no aeroporto de Congonhas, após o governo publicar as regras para a redistribuição dos slots, determinando que as empresas tenham a maioria dos slots redistribuídos.
Estatais e bancos
Já para as estatais e bancos, a alta veio em meio à expectativa dos investidores de que a popularidade de Dilma Rousseff diminua após a humilhante derrota da seleção brasileira para a Alemanha na Copa do Mundo – vale lembrar que Dilma havia subido 4 pontos percentuais na última pesquisa Ibope, devido ao sucesso da Copa.
É interessante lembrar que a queda de popularidade da presidente sempre é tida como um bom sinal para a Bolsa. Sendo assim, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) ficam em segundo lugar entre as maiores altas do Ibovespa, registrando ganhos de 7,07% na semana, cotadas a R$ 26,35. Mais atrás, as ações ON e PN da Petrobras (PETR3; PETR4) registraram ganhos semanais de 4,10% e 4,46%, respectivamente.
Dentre os bancos, destaque para Itaú Unibanco (ITUB4), que viu suas ações preferenciais subirem 4,41%, fechando a semana em R$ 33,17.
Elétricas
O setor elétrico foi influenciado pela decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que ontem aprovou o tão esperado adiamento para o prazo do pagamento pelas distribuidoras de energia de R$ 1,322 bilhão, devido por elas referentes à operação de compra de energia de curto prazo de maio. O novo prazo é para 31 de julho. Anteriormente, a liquidação deveria acontecer entre quinta-feira e hoje. Além destas, a notícia de que o governo está negociando com bancos um aditivo ao empréstimo de R$ 11,2 bilhões para as distribuidoras de eletricidade também deu um empurrão para a alta dos papéis.
As ações das elétricas Cemig (CMIG4) registram ganhos de 6,06% na semana, ocupando a 3ª posição do Ibovespa. Logo atrás, aparece a Cesp (CESP6) e a Eletropaulo (ELPL4), com ganhos semanais de 5,66% e 5,28%, respectivamente, fechando a R$ 30,80 e R$ 10,96, nesta ordem.
CSN
Fechando a lista das maiores vencedoras da semana, a ação da CSN (CSNA3) subiu 4,95% entre 7 e 11 de julho. Mesmo com o corte recomendação de alguns analistas nesta semana, os papéis foram impulsionados por uma forte onda compradora dela mesma no mercado – já que a CSN está com o programa de recompra de ações em aberto e na última segunda-feira mais de 30% das compras realizadas de CSNA3 no pregão foram intermediadas pela Itaú, a corretora escolhida pela empresa como responsável pelas recompras.
Baixas:
Oi
Mesmo com o Ibovespa tendo fechado a semana registrando ganhos de 1,46%, a Oi (OIBR4) ficou entre as poucas ações do índice a registrarem quedas. As ações registraram queda de 9,55% no acumulado destes 4 pregões, mesmo tendo disparado 13,38% no dia de hoje, fechando a R$ 1,61.
Ontem a ação chegou a cair 14% após os problemas com a Portugal Telecom – sua maior acionista – que se estendem em uma grande novela. Nos últimos 10 pregões, os papéis caem 27,8%. Ontem, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), um dos maiores investidores da Oi, questionou duramente a aplicação de 897 milhões de euros pela Portugal Telecom em papéis de uma holding do Grupo Espírito Santo (BES), em dificuldades financeiras. Ontem, as ações do BES foram suspensas na Bolsa de Lisboa, aguardando que seja prestada informações relevantes no mercado.
Já nesta sexta, o banco acalmou o mercado com a sinalização de que pode honrar suas dívidas. Além disso, repercutiu positivamente as informações não oficiais de que o governo brasileiro não vê riscos acerca da fusão entre Oi e Portugal Telecom.
MMX
Ainda na ponta negativa estavam as ações da MMX (MMXM3), registrando queda de 7,57%. A combinação de forte queda do preço do minério de ferro no ano e prejuízo no primeiro trimestre continuam atormentando a tão conturbada mineradora do Grupo EBX, de Eike Batista. Nem mesmo os anúncios feitos na última quarta-feira, entre eles a contratação da Angra Partners para ajudar na reestruturação de suas dívidas, contribuíram para reverter o cenário de fortes perdas na Bovespa – em 2014, as quedas já chegam a 59,2%.
Outros destaques negativos do Ibovespa na semana foram: TIM (TIMP3, R$ 11,87, -5,49%), Telefônica Brasil (VIVT4, R$ 43,15, -4,03%) e Ambev (ABEV3, R$ 15,70, -3,80%).
