Elétricas avançam mais de 2%, CSN sobe 3% e Petrobras cai 1%; veja 16 destaques

Petrobras projeta perdas de US$ 15 bilhões sem contrato com a SBM; Kroton cai 1% em seu segundo dia unificada com a Anhanguera e TIM e Oi fecham em queda

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Operando no negativo durante todo o pregão, o Ibovespa conseguiu encerrar esta segunda-feira (7) longe de sua mínima do dia, quando recuou 1,25%. Entre os destaques, voltaram a chamar atenção as empresas exportadoras, principalmente siderúrgicas, além das companhias elétricas.

Por outro lado, o desempenho das principais blue chips da Bolsa acabaram pesando para o índice. Vale (VALE3, R$ 30,80, -1,35%; VALE5, R$ 27,66, -0,72%) Ambev (ABEV3, R$ 16,09, -1,41%) e Petrobras fecharam no negativo.

Ao todo, 5 das 71 ações do Ibovespa subiram mais de 2%, enquanto apenas 4 papéis caíram mais de 2%.

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Veja os principais destaques:

Petrobras: (PETR3, R$ 16,11, -1,35%; PETR4, R$ 17,28, -1,26%)
Na última sexta-feira, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, divulgou documentos indicando que a suspensão de contratos firmados entre a Petrobras e a holandesa SBM Offshore – fornecedora de plataformas acusada de pagamento de propina a funcionários da estatal – reduziria em US$ 15 bilhões o lucro líquido da petrolífera entre 2014 e 2018. O impacto financeiro foi calculado pela própria Petrobras e apresentado em resposta a um questionamento da Controladoria-Geral da União (CGU).

CSN (CSNA3R$ 10,43, +3,17%)
A siderúrgica encerra o dia como a maior alta do índice, mesmo após o Brasil Plural rebaixar sua classificação para os papéis da companhia para underweight (desempenho abaixo da média) e reduzir o preço-alvo de R$ 10,00 para R$ 9,50. Em relatório, os analistas justificam que a alta recente dos papéis são inconsistentes, uma vez que ocorre em meio à evidente deterioração dos fundamentos da empresa. Na mínima do dia, os ativos chegaram a recuar 1,58%, a R$ 9,95. Vale destacar ainda o forte volume movimentado pelas ações, que atingiu R$ 97,58 milhões, contra média de R$ 46,80 milhões.

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Além da CNS, a Gerdau (GGBR4, R$ 13,91, +1,16%) e a Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 16,89, +1,56%) também fecharam o dia em alta. Apesar de nenhuma notícia específica, vale destacar o cenário de nova alta do dólar nesta sessão – que fechou cotado a R$ 2,23. Com a moeda norte-americana mais alta, além das importações, a concorrência dessas companhias diante de seus pares no exterior também são favorecidas.

Elétricas
Entre as maiores altas do dia, destaque ainda para a Eletrobras (ELET3, R$ 6,38, +2,41%; ELET6, R$ 10,59, +1,83%), Light (LIGT3, R$ 21,47, +2,00%), Cemig (CMIG4, R$ 16,93, +1,62%) e Cesp (CESP6, R$ 29,41, +0,89%). Nesta manhã, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) reduziu de 33,9% para 33,3% a previsão do nível de armazenamento operativo dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste ao final de julho.

Esta é a primeira revisão semanal do Programa Mensal de Operação (PMO) para o mês em curso. O último número estimado para o final de junho apontava energia armazenada equivalente a 36,1% da capacidade da região, o que indica uma retração nos níveis de armazenamento condizente com o período de seca na região.

O operador prevê números de carga de energia mais elevados para o mês de julho. No subsistema SE/CO, o número estimado é de 36.789 MW médios, o que representa incremento de 1,9% em relação ao número verificado em junho. A estimativa para a região Sul está em 10.661 MW médios, acréscimo de 2,8% em igual base comparativa.

Kroton (KROT3, R$ 59,25, -1,02%)
Nesta manhã a companhia confirmou sua nova estrutura organizacional, com um conselho de administração formado por 13 integrantes, sendo 4 indicados pela Anhanguera – incluindo o presidente Gabriel Mário Rodrigues – e 9 indicados pela Kroton.

Com a nova estrutura, a empresa passa a ter como presidente Rodrigo Galindo, que já era o presidente da Kroton. Os papéis da Anhanguera se despediram na sexta-feira da Bovespa após aprovação pelos acionistas do acordo para a fusão com a Kroton. Pela proposta, os acionistas da Kroton receberão 65% da empresa resultante e os acionistas da Anhanguera os 33,5% restantes.

Embraer (EMBR3, R$ 21,23, -0,09%)
Há expectativa de que a empresa divulgue esta semana sua prévia operacional, com o número de jatos entregues e backlog do segundo trimestre deste ano. O backlog do primeiro trimestre atingiu US$ 19,2 bilhões, o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2009. A companhia entregou 14 aeronaves comerciais e 20 executivas de janeiro a março.

Profarma (PFRM3, R$ 18,96, -4,68%)
O Brasil Plural rebaixou a recomendação dos papéis para equal weight (desempenho em linha com a média), assim como o preço-alvo, que passou de R$ 27 para R$ 24 por ação.

Gradiente (IGBR3, R$ 4,60, -4,76%)
A credora da empresa, SportPro, conseguiu na Justiça a penhora de bens da companhia, de acordo com a decisão de Justiça em meados do mês de junho. A notícia é mais um peso na empresa que está em recuperação extrajudicial desde 2010. Desde o ano retrasado, a companhia vem pedindo adiamento nos prazos de pagamento de seus credores – o primeiro pedido em 28 de junho de 2012 e um segundo em 20 de junho de 2013 -, mas que não conseguiu a aprovação da maioria dos credores. Desde então, a empresa vem buscando na Justiça um meio para validar o pedido, mas não obteve sucesso.

Em dezembro, a Justiça até concedeu um prazo de 30 dias para a empresa apresentar documentação contábil dos últimos três anos para comprovar a efetiva impossibilidade de pagamento de suas dívidas. Entretanto, não deu em nada. Em junho deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo apontou que não era o caso de concessão de prazo adicional para a empresa, que há quase um ano não cumpre a determinação judicial. 

Oi (OIBR4, R$ 1,76, -1,12%
O JPMorgan cortou a recomendação do papel de neutra para underweight (desempenho abaixo da média). Na última sexta-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s voltou a incluir em sua lista “creditwatch” negativa o grupo de telecomunicações, citando a polêmica criada em torno do investimento da parceira Portugal Telecom no Grupo Espírito Santo.

TIM (TIMP3, R$ 12,28, -2,23%)
Na última sessão, os papéis chegaram a cair mais de 4% mas conseguiram recuperar e fecharam em alta de 0,8%. Na sexta-feira, pressionaram rumores que apontavam que o governo da Itália estudava uma medida para bloquear uma eventual venda ou fragmentação da unidade brasileira da Telecom Italia. Entretanto, no final de semana, o presidente da Telecom Italia, Giusepp Recchi, descartou qualquer possibilidade neste sentido. É uma “hipótese surrel”, disse, conforme divulgou o site da agência de notícias italiana Ansa.

Suzano (SUZB5, R$ 8,82, +0,68%)
A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra do Fundo Vale Florestar pela fabricante de papel e celulose Suzano, segundo despacho no Diário Oficial da União desta segunda-feira. No início de junho, a Suzano anunciou a aquisição do Fundo Vale Florestar por cerca de 529 milhões de reais, em operação que deve ajudar a companhia a acelerar processo de melhoria de seu perfil de dívida. 

O acordo envolve 45 mil hectares de florestas de eucalipto plantadas em áreas arrendadas no Pará e outros 95 mil hectares de mata nativa que até então estavam sob tutela da mineradora Vale. O fundo é detido pela Vale, além de BNDES Participações e fundos de pensão da Caixa e da Petrobras.

Ecorodovias (ECOR3, R$ 15,14, -0,66% )
O tráfego de veículos nas rodovias administradas pela Ecorodovias registrou um aumento de 13,7% no primeiro semestre deste ano sobre igual período do ano anterior, informou a concessionária nesta segunda-feira. O crescimento foi impulsionado pela alta de 17,4% no tráfego de veículos comerciais no período. Entre os veículos de passeio, o aumento foi de 10%.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.