O problema da Oi, Petrobras, MRV e mais 8 empresas agitam o noticiário

Entre os destaques, operadora brasileira diz que não foi informada sobre investimentos da PT; Petrobras bate novo recorde de processamento

Paula Barra

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SÃO PAULO – A quinta-feira (3) inicia agitada no mercado brasileiro, que além da pesquisa eleitoral do Datafolha, conta com uma série de notícias corporativas. A operadora de telecomunicações Oi (OIBR4) afirmou nesta quinta-feira que não foi informada pela Portugal Telecom sobre o investimento na dívida da Rio Forte Investiments, acrescentando que tomará medidas para defender seus interesses.

Em fato relevante, a Oi afirmou ter solicitado esclarecimentos adicionais à Portugal Telecom, com a qual está em processo de fusão, sobre a compra de 897 milhões de euros em notas promissórias da Rio Forte, que faz parte do Grupo Espírito Santo. Segundo a Oi, o investimento da parceira portuguesa foi feito antes da subscrição e integralização do capital da Oi pela Portugal Telecom. 

A Portugal Telecom, que tem como maior acionista o Banco Espírito Santo (BES), confirmou na semana passada que investiu em notas promissórias da Rioforte, do Grupo Espírito Santo. A operação não foi bem recebida pelo mercado, com as ações da Portugal Telecom registrando forte queda na terça-feira e alcançando o menor patamar em 18 anos na Bolsa de Lisboa. O movimento levou junto os papéis da Oi, em meio a preocupações de risco reputacional.

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MRV
A terceira edição do programa Minha Casa, Minha Vida será lançada hoje, disse o fundador e presidente do conselho de administração da MRV Engenharia (MRVE3), Rubens Menin, na véspera. A construtora é uma das principais beneficiadas na Bolsa pelo governo, juntamente com Direcional (DIRR3) e Gafisa (GFSA3), através da Tenda. “Amanhã (estarei) em Brasília para lançamento do Minha Casa Minha Vida 3, maior programa habitacional (de) todos tempos com 3 milhões de unidades”, disse o executivo em sua conta no Twitter. A MRV tem a maior parte de seus empreendimentos voltada para o programa. 

Petrobras
A Petrobras (PETR3; PETR4) informou por meio de nota à imprensa que bateu novo recorde de processamento de petróleo em suas refinarias no mês de junho. De acordo com o comunicado, a carga média processada foi de 2,17 milhões de barris de petróleo por dia no sexto mês do ano, o que corresponde a um aumento de 21 mil barris de petróleo por dia em relação ao recorde anterior (2,15 milhões de barris de petróleo por dia), obtido em março deste ano.

Smiles e Cielo
A Cielo (CIEL3), que tem entre os seus sócios Bradesco e Banco do Brasil, e a Smiles (SMLE3), gestora de programa de fidelidade capitaneado pela Gol Linhas Aéreas (GOLL4), confirmaram ontem a assinatura de uma parceria estratégica para oferecer aos varejistas o acúmulo, o resgate e a consulta de milhas do programa de fidelidade Smiles por meio das máquinas da Cielo. O programa passará a valer na segunda metade do ano e facilitará a maneira de utilizar os créditos de fidelidade. 

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Biosev
A Biosev (BSEV3) conseguiu autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para adiar em até 18 meses a realização de uma oferta pública de aquisição de ações. A operação deve-se a um compromisso firmado pela empresa sucroalcooleira quando lançou seus papéis na Bolsa, em 2013, que garantia aos investidores que recompraria as ações  depois de 15 meses se elas não estivessem cotadas a pelo menos R$ 16,57. O prazo venceu e a ação vale, segundo cotação do fechamento da última quarta-feira, apenas R$ 6,47 – ou 60,95% abaixo do valor estipulado. 

Saraiva
O conselho de administração da Saraiva (SLED4) aprovou em reunião realizada ontem a autorização para empréstimo de R$ 491,7 milhões junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Em ata da reunião publicada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa informou que o financiamento será destinado a: projetos editoriais, aquisição de papel para impressão dos títulos objeto do projeto, desenvolvimento tecnológico (inovação em conteúdo digital) e projetos sociais, todos no âmbito do Procult (Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura). 

MMX
A MMX Mineração (MMXM3) informou que seu conselho de administração aprovou a contratação da empresa de consultoria Angra Partners para auxiliar sua controlada MMX Sudeste na reestruturação de dívidas e o consequente reposicionamento da companhia no mercado, após os fortes baques do ano passado. A companhia é uma “velha conhecida” das empresas do grupo EBX, que a contratou em setembro do ano passado para superar dificuldades financeiras.

Em nota enviada à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa de Eike Batista também aprovou a assinatura de um contrato de prestação de serviços de assessoria com Cia Positiva de Energia para intermediação de venda de excedente de energia elétrica no mercado livre, sem dar detalhes da operação.

Também foi aprovado pelos conselheiros da companhia de mineração a assinatura de documentos e contratos referentes ao arrendamento de direitos minerários localizados em Corumbá (MS), bem como cessão de determinados contratos, e eventual alienação futura da totalidade das ações de emissão pela MMX Corumbá detidas pela empresa, mediante cumprimento de condições suspensivas, dentre eles, o arrolamento fiscal das ações em questão pela Receita Federal do Brasil, na forma apresentada nesta data ao Conselho.

Vale lembrar que, segundo balanço enviado pela companhia ao mercado em março deste ano, o Sistema Corumbá gerou R$ 97,83 milhões em despesas comerciais para a MMX, montante ligeiramente abaixo dos R$ 98,15 milhões vistos no ano anterior.

BR Properties
A BR Properties (BRPR3) informou nesta quarta-feira a venda, para a Capital Brasileiro de Empreendimentos Imobiliários, da totalidade de suas cotas detidas no Fundo de Investimento Imobiliário Comercial Progressivo II.

O valor do negócio é de cerca de R$ 418,6 milhões e corresponde à diferença entre R$ 606,6 milhões e o saldo da dívida decorrente da emissão de CRI pelo fundo no valor de R$ 188,1 milhões. O fundo é administrado pelo BTG Pactual.

Rossi
A Dimensional Fund Advisors reduziu sua fatia nas ações da Rossi (RSID3) para 4,99%, correspondente a 21,410 milhões de papéis, de acordo com comunicado ao mercado nesta quarta-feira.

Tupy
A Tupy (TUPY3), grande fornecedora de blocos de motores e outros componentes para o setor automotivo, contratou o BB Securities, Bradesco BBI, Citigroup e Morgan Stanley para organizarem encontros com investidores de renda fixa nos Estados Unidos e Europa para uma potencial emissão de bônus denominados em dólares.

Segundo o IFR, serviço da Thomson Reuters, as reuniões acontecerão em Londres e Los Angeles em 7 de julho, Boston e Los Angeles em 8 de julho e em Nova York em 9 de julho. A companhia tem nota ‘BB-” pela Standard & Poor’s e ‘BB’ pela agência Fitch.

Com Reuters