Resultado de Hering e Grendene, 2 prévias operacionais e mais 3 empresas agitam a noite

Helbor e Log-In divulgam suas prévias operacionais do primeiro trimestre, enquanto a Magazine Luiza fará novo programa de recompra de ações

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Entre resultados e comunicados, diversas empresas agitam a noite desta quinta-feira (24). Destaque para a Hering (HGTX3), que viu seu lucro líquido recuar 6,9% no primeiro trimestre, fechando em R$ 64,6 milhões, resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado. Enquanto isso, a receita líquida teve leve alta de 3,9% no período, para R$ 394,4 milhões.

Em comunicado, a Hering informou que após o início de ano desafiador, o cenário não deve mudar muito e as dificuldades devem permanecer ao longo de todo o primeiro semestre. A companhia atribui esse ambiente ao ambiente macroeconômico e às incertezas associadas ao impacto da Copa do Mundo nas vendas no varejo.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre janeiro e março foi de R$ 94,497 milhões, queda de 7,5% ante os mesmos meses do ano passado. A margem Ebitda do trimestre foi de 24,0%, queda de 2,9 pontos porcentuais.

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Grendene
Outra companhia que divulgou seu balanço foi a Grendene (GRND3), e reportou um leve crescimento 1,6% em sua receita, que atingiu R$ 493,8 milhões. A fabricante de calçados registrou ainda um lucro de R$ 96,5 milhões no primeiro trimestre, queda de 5,7% em relação a um ano antes.

As exportações da Grendene, dona de marcas como Ipanema e Melissa, compensaram apenas parte do recuo nas vendas no Brasil, com alta de 4,8% nos volumes. O Ebitda da companhia fechou o período em R$ 72,4 milhões, queda de 19,3%.

A Grendene mantém meta de expandir entre 8% e 12% sua receita, na média por ano, entre 2008 e 2015. E de aumentar o lucro entre 12% e 15%, na média por ano, no mesmo intervalo de tempo.

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Helbor
A Helbor (HBOR3) divulgou sua prévia operacional preliminares do primeiro trimestre. A companhia viu suas Vendas Contratadas Totais somarem R$ 410,0 milhões no período, crescimento de 45,3% em relação ao primeiro trimestre de 2013. A parte Helbor alcançou R$ 294,9 milhões, volume 24,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

O VGV Total Lançado nos três primeiros meses deste ano atingiu R$ 247,9 milhões, uma diminuição de 22,1%. O VGV Parte Helbor totalizou R$ 163,6 milhões, queda de 40,9%. Já as VSO (Vendas sobre Oferta), considerando-se a parte Helbor, atingiram 13,1% no trimestre. As entregas totalizaram R$ 594,0 milhões em VGV Total ou R$ 398,4 milhões em VGV Parte Helbor.

Log-In
Outra empresa a divulgar sua prévia foi a Log-In (LOGN3) e mostrou que os volumes de cabotagem na navegação costira cresceram 20,9% no primeiro trimestre, um recorde para o período com 28,1 mil TEUS. No Mercosul, os volumes apresentaram queda de 48,3% em relação ao ano anterior.

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Segundo comunicado da companhia, as sucessivas quedas refletem as dificuldades nas relações comerciais entre o Brasil e a Argentina. “Consequentemente a Log-In tem ajustado seu schedule operacional, reduzindo e otimizando o número de atracações dos navios nos portos desta região” afirmou a empresa. Os volumes de feeder cresceram 25,6% em comparação com o primeiro trimestre de 2013, valor recorde para o período. A maior parte da movimentação ocorreu entre os portos da região sudeste, majoritariamente com origem e destino ao TVV no Estado do Espírito Santo.

Além disso, a Log-In informou nesta noite a adoção do processo de voto múltiplo para eleição dos membros do conselho de administração da companhia. A assembleia para definição dos conselheiros ocorre no dia 28 de abril, às 14h30 (horário de Brasília).

Magazine Luiza
A Magazine Luiza (MGLU3) anunciou que encerrou o programa de recompra de ações iniciado 18 de setembro de 2013. A companhia adquiriu 5 milhões de ações, que foram canceladas sem a redução do capital social da empresa. Vale destacar que o programa tinha duração de 1 ano e foi encerrado com quase 5 meses de antecedência.

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Na época do anúncio, as ações da Magazine Luiza eram cotadas a R$ 7,43, valor superior ao do encerramento deste pregão, a R$ 7,06. Vale destacar que em novembro do ano passado, os papéis chegaram a ser cotados em R$ 10,80, mas também bateram os R$ 5,10 no mês passado.

Com o encerramento do programa, a companhia aproveitou para anunciar um novo programa de recompra, novamente com a aquisição de até 5 milhões de papéis ordinários, o que representa atualmente 2,75% das ações totais emitidas pela companhia e a 9,25% das ações em circulação. O programa terá duração e um ano, se encerrando em 24 de abril de 2015.

Raia Drogasil
Nesta manhã, o Itaú BBA cortou sua recomendação para as ações da Raia Drogasil (RADL3) de outperform (acima da média do mercado) para market perform (em média com o mercado), acreditando que não há mais tanto espaço para alta dos papéis. Mesmo assim, a companhia anunciou nesta noite um novo programa de recompra de ações, com duração de um ano.

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Segundo comunicado da empresa, no programa que tem início hoje devem ser adquiridas até 1,1 milhão de ações ordinárias RADL3, que representam 0,57% dos 192.489.980 de papéis atualmente em circulação pela empresa. Vale destacar que um anúncio como esse, normalmente sinaliza ao mercado que a companhia vê suas ações com um baixo valor.

Mesmo com o corte de recomendação, o Itaú BBA elevou o preço-alvo dos papéis da companhia de R$ 19,00 para R$ 19,50. Segundo a corretora, o atual cenário positivo da empresa está precificado nas ações e por isso o potencial de alta está limitado. Apesar dessa visão, os analistas destacam que seguem otimistas com a companhia, e que esse rebaixamento ocorre apenas por questão de valuation.

Positivo
A Positivo (POSI3) anunciou a realização da 1ª emissão de debêntures não conversíveis em ações de emissão da companhia. Serão emitidas 100 debêntures, com valor nominal unitário de R$ 1 milhão, totalizando, na data de emissão de 30 de abril de 2014, o valor de R$ 100 milhões, com data de vencimento em 11 de abril de 2016. Segundo a empresa, os recursos líquidos captados por meio da emissão serão destinados para pagamento de dívidas de curto prazo e reforço de capital giro da companhia.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.