Bolsas caem com PMI da China; atividade industrial na Europa fica acima da estimativa

SÃO PAULO – Os principais índices acionários do mundo iniciaram a quarta-feira (23) reagindo a dados divulgados sobre a economia da China e da Zona do Euro. Na Europa, a leitura preliminar do PMI composto calculado pela Markit subiu para 54,0, ante 53,1 em março, o segundo patamar mais elevado desde maio de 2011, e consiste no décimo mês consecutivo de expansão, enquanto a prévia do PMI da indústria avançou para 53,3, ante 53,0 em março, ao passo que a prévia do indicador de serviços passou de 52,2 para 53,1. Ambos os indicadores ficaram acima das estimativas do mercado.

Já na China, o PMI (Índice de Gerente de Compras) do gigante asiático atingiu 48,3 pontos em abril, ante 48 em março, porém esta leitura ainda mostra uma contração na economia da China pelo quarto mês consecutivo. Segundo a equipe de análise da LCA, o fraco desempenho da China no setor industrial, confirma a necessidade de novas medidas de estímulo para garantir o cumprimento da meta de crescimento do PIB deste ano, de 7,5%. “Esperamos algumas medidas pontuais, especialmente em projetos de infraestrutura, mas nada capaz de proporcionar substancial mudança ao longo deste trimestre”, completa o relatório da LCA.

As bolsas no continente fecharam a quarta-feira sem uma única direção. O Nikkei, benchmark do Japão, terminou a sessão com alta de 1,09%, superando as perdas do pregão anterior. Já na China, os benchmarks do país reagiram aos fracos dados divulgados e fecharam em queda. O índice de Shangai Composto encerrou o dia com perdas de 0,3%, enquanto o Hang Seng fechou o dia negativo com queda de 0,97%.

Na Europa, apesar dos dados positivos da Zona do Euro, investidores reagem também aos dados ruins da China, e abrem a sessão desta quarta-feira em queda. O CAC, de Paris, acumula queda de 0,40%, enquanto o DAX, da Alemanha, cai 0,32%. Já o FTSE, de Londres, tem perdas de 0,16%. A exceção do continente é o IBEX, de Madri, que acumula leve alta de 0,14%.