Ajuda às elétricas, prévias de 2 imobiliárias e mais 3 empresas agitam a noite

Marisa adquire 20% da Netpoints Fidelidade, da Smiles, por R$ 26 milhões, enquanto a Klabin aprova a emissão de R$ 800 milhões em debêntures

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Voltando do feriado com um noticiário agitado, diversas empresas divulgaram comunicado na noite desta terça-feira (22), entre elas a Marisa (AMAR3) que informou que fez acordo para comprar 20% da empresa de fidelidade de clientes Netpoints por R$ 26,026 milhões.

A companhia informou ainda que vai fazer um acordo de acionistas com os investidores da Netpoints que incluem a Smiles. A empresa de fidelidade da companhia aérea Gol comprou 25% da Netpoints em outubro passado por R$ 25 milhões.

A Marisa afirmou que terá direito de veto em matérias relevantes da Netpoints e poderá indicar um membro do Conselho de Administração e outros três eventuais comitês criados pela Netpoints. “Esclarecemos que permanece inalterado o direito da companhia de aquisição de controle da Netpoints após o término do exercício social de 2018”, disse a Smiles em comunicado separado.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

MRV Engenharia
As vendas da construtora e incorporadora MRV Engenharia (MRVE3) tiveram alta de 40% no primeiro trimestre sobre um ano antes, com forte participação de imóveis participantes do programa federal Minha Casa Minha Vida, enquanto os lançamentos subiram 6% no período.

A baixa competitividade no setor de imóveis para a baixa renda foi um dos fatores que impulsionou as vendas de R$ 1,54 bilhão da MRV no período, apesar de um aumento de 14% nos preços nos últimos 12 meses, disse à Reuters o diretor-executivo de finanças da MRV, Leonardo Corrêa.

No trimestre, 81% das vendas da companhia mineira foram elegíveis ao programa habitacional do governo federal Minha Casa Minha Vida, que nos últimos vezes viu uma série de anúncios de redução de interesse por parte de grandes construtoras. Na semana passada, por exemplo, a Cyrela informou ao mercado que não realizou lançamentos neste segmento.

Continua depois da publicidade

Já os lançamentos cresceram 6%, para R$ 1,16 bilhão. Deste total, 71% se enquadraram no programa Minha Casa Minha Vida. “Desde o final do ano passado, a gente passou a dar uma acelerada nos lançamentos, o que deve continuar acontecendo durante o ano”, afirmou o diretor, confirmando que os lançamentos em 2014 devem ser superiores aos do ano passado.

Even
Os lançamentos da construtora e incorporadora Even (EVEN3) somaram R$ 190 milhões no primeiro trimestre, recuo de 33,5% em relação aos dados divulgados um ano antes. No período foram lançados dois empreendimentos, em São Paulo e Rio de Janeiro.

As vendas contratadas também caíram 18,6% ante o primeiro trimestre do ano passado, para R$ 340 milhões. Segundo a empresa, 17% das vendas (R$ 59 milhões) foram de lançamentos e 83% (R$ 281 milhões) de estoques.

Continua depois da publicidade

As entregas somaram R$ 367 milhões, correspondentes a seis projetos, em um total de 927 unidades. A companhia também divulgou que no primeiro trimestre foram adquiridos sete novos terrenos com valor potencial de vendas de R$ 1,103 bilhão.

Elétricas
A CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) cobrirá cerca de R$ 4,7 bilhões em gastos das distribuidoras no mercado de curto prazo em fevereiro, informou diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), nesta terça-feira (22).

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse que a Superintendência de Regulação Econômica da agência deverá divulgar na quarta-feira um despacho com os valores de aporte da CDE para as distribuidoras, referentes às operações de fevereiro. O valor previsto para fevereiro é significativamente maior que o R$ 1,2 bilhão de cobertura em janeiro. A liquidação dessas operações está marcada para ocorrer nos próximos dias 28 e 29.

Publicidade

Rufino disse a jornalistas, após reunião da Aneel, que a necessidade de cobertura de gastos de fevereiro é o maior valor já registrado até agora, mas que a tendência é que esse número diminua após o leilão de energia A-0, marcado para 30 de abril, e à medida que outros empreendimentos novos de geração de energia iniciam a operação.

Além disso, agentes do setor elétrico aprovaram em assembleia geral extraordinária da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), a contratação de empréstimo para ajudar as distribuidoras de energia elétrica com gastos no curto prazo.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Luiz Eduardo Barata, nove dos 13 bancos anunciados como possíveis participantes da operação confirmaram que participarão do empréstimo, estimado em R$ 11,2 bilhões. Esses bancos são: Banco do Brasil, Bradesco, Santander, BTG Pactual, Itaú Unibanco, Citibank, JPMorgan, Caixa Econômica Federal, Bank of America Merrill Lynch.

Continua depois da publicidade

HRT
A HRT (HRTP3) informou nesta noite que o Morgan Stanley, por meio de suas subsidiárias, Morgan Stanley Uruguay, Caieiras Fundo de Investimento Multimercado e Morgan Stanley Smith Barney, informou que detém um total de 17.235.357 ações ordinárias da companhia, equivalente a 5,8% do capital social da HRT.

O Morgan Stanley declarou que “a aquisição da participação não se trata de aquisição de controle da companhia, mas sim de investimento que não busca alterar a administração, composição do controle ou funcionamento da mesma”.

Klabin
O Conselho de Administração da Klabin (KLBN4) aprovou a emissão de R$ 800 milhões em debêntures, parte do financiamento do projeto de construção de uma fábrica de celulose na cidade de Ortigueira, no Paraná.

Publicidade

A emissão era condição para a efetivação de financiamento aprovado junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) no valor de R$ 3,37 bilhões.

Com Reuters

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.