Cosan e ALL sobem com fusão; 5 ações avançam mais de 4%; veja destaques

CSN sobe 3% após anunciar novo programa de recompra de ações e Localiza avançar mais de 2% após inaugurar a temporada de resultados do 1º trimestre de 2014

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após dois dias de queda, a Bolsa voltou a subir neste pregão e viu apenas 9 ações das 72 do Ibovespa registrarem queda, sendo 3 com perdas de mais de 1%. Na ponta positiva foram 5 ativos com alta de mais de 4%, com destaque para as gigantes Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3; VALE5), ambas avançando mais de 1% e ajudando o índice a ter alta expressiva.

Dentre os outros destaques de alta, diversas ações que registraram fortes quedas nos últimos dias. Com a maior valorização do dia, os papéis da Gafisa (GFSA3) subiram 5,17%, cotados a R$ 3,66, depois de terem recuado 7,3% nos últimos dois dias. Com avanço de 4,78%, as ações da Marfrig (MRFG3) fecharam cotadas a R$ 4,38 após registrarem perdas de 5,43% nos dois primeiros dias da semana.

Também entre os maiores ganhos da sessão, as ações da Prumo Logística (PRML3), ex-LLX, tiveram valorização de 3,57%, a R$ 1,16, após terem caído 7,2% entre segunda e terça-feira. A companhia ainda é beneficiada pela divulgação da segunda prévia da nova carteira teórica do Ibovespa, que passará a vigorar entre maio e agosto, trazendo a Prumo de volta para o índice depois de ter saído na primeira prévia.

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ALL e Cosan
As ações da ALL (ALLL3) e Cosan (CSAN3) subiram forte neste pregão depois do conselho de administração da ALL ter aprovado a proposta para incorporação da empresa pela Rumo, do grupo de energia e infraestrutura da Cosan. A operação envolve a formação de uma gigante do setor de logística no Brasil avaliada em cerca de R$ 11 bilhões e prevê o encerramento de disputas judiciais entre ambas as companhias em torno de contratos de transporte de commodities.

Pelos termos da proposta, anunciada no final de fevereiro, a Rumo deve incorporar a totalidade das ações de emissão da ALL, ficando com 36,5% da companhia resultante da união, enquanto os demais 63,5% do capital caberiam aos sócios da ALL. Os papéis da ALL subiram 3,09%, cotados a R$ 8,35, enquanto os da Cosan registraram valorização de 4,68%, a R$ 38,73.

CSN
As ações da CSN (CSNA3) avançaram 2,35%, a R$ 9,16, depois de anunciar seu segundo programa de recompra de ações em um mês. Após encerrar um programa de recompra em que poderia adquirir até 70,2 milhões de ações, que teve duração de 14 de março a 14 de abril, a siderúrgica comunicou na véspera um novo programa que prevê a recompra de até 67,8 milhões de ações também no prazo de um mês. As operações poderão ser realizadas entre 16 de abril e 23 de maio. A companhia não informou quantas ações comprou no primeiro programa.

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O objetivo da operação é “maximizar a geração de valor para o acionista, por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital e do acompanhamento das oscilações de mercado”, disse a empresa.

Localiza
As ações da Localiza (RENT3) registraram alta de 2,37%, cotadas a R$ 34,55, após a empresa inaugurar a temporada de resultados do primeiro trimestre de 2014. O balanço, que veio acima da expectativa do mercado, registrou um crescimento de 19,1% no lucro líquido da empresa em relação ao mesmo período do ano passado e totalizou R$ 105,8 milhões entre os meses de janeiro a março deste ano.

Para a equipe de análise da Planner, a empresa apresentou novamente bons números e superando a média das projeções do mercado. Segundo o relatório de análise, a empresa tem mantido um excelente histórico de crescimento nos lucros e por isso suas ações têm normalmente uma valorização acima do mercado, sendo cotadas com múltiplos elevados.

Fleury
As ações do Fleury (FLRY3) tiveram alta de 2,61%, a R$ 17,33, nesta sessão, em meio à notícia de que a Gávea Investimentos segue firme seu plano de comprar o controle do laboratório. Uma reportagem de O Estado de S. Paulo aponta que para concretizar seus planos a gestora corre atrás agora de recursos para dar andamento na operação. 

Segundo a publicação, a Gávea busca levantar cerca de R$ 1 bilhão para comprar a participação dos médicos acionistas do laboratório. A gestora já teria conversado com a Temasek, companhia de investimentos do governo de Cingapura, e com o Abu Dhabi Investment Authority (Adia), fundo soberano do governo de Abu Dhabi. De acordo com fontes familiarizadas ao assunto disseram ao jornal, a operação pode envolver mais de um fundo.

Rodobens
As ações da Rodobens (RDNI3) tiveram alta de 4,55%, cotadas a R$ 11,50, após a divulgação da prévia operacional do primeiro trimestre de 2014. Apesar da alta, desde o dia 3 de abril os papéis da empresa acumulam queda de 10,5%. Nos últimos 8 pregões, o papel registrou desvalorização em 7.

Entre os meses de janeiro e março, a empresa registrou um VGV (Valor Geral de Vendas) lançado de R$ 83 milhões, sendo a parte da Rodobens igual a R$ 71 milhões. No trimestre foram lançados dois empreendimentos. No mesmo período de 2013, os lançamentos somaram R$ 190 milhões, com participação de 86% da Rodobens. Segundo a equipe de análise da Planner, a queda nos números operacionais já eram esperado.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.