Ibovespa acelera ganhos e sobe mais de 1% com China e EUA; Petrobras sobe 2,5%

Índice registra ganhos após PIB chinês levemente acima do esperado, enquanto IBC-Br, prévia do PIB brasileiro, ficou em linha com as estimativas; Vale também registra alta

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa acelera os ganhos na sessão desta quarta-feira (16), em meio à aceleração dos ganhos da Petrobras (PETR3;PETR4), de cerca de 2,5%, enquanto os ativos da Vale (VALE3;VALE5) diminuem a valorização, mas seguem em alta. Às 12h18 (horário de Brasília), o índice registrava ganhos de 1,34%, a 51.129 pontos.

Cabe ressaltar que, na última sessão, os papéis da Vale registram forte queda, em meio a três fatores: um deles era a preocupação com a China e, após a divulgação dos dados do país, houve alívio para os papéis na data. Nesta sessão, chama a atenção o vencimento do contrato futuro de abril, que vem trazendo volatilidade ao índice e a expectativa pela divulgação da pesquisa eleitoral realizada pelo Vox Populi e do Ibope nesta data e na próxima quinta-feira (17). 

O PIB (Produto Interno Bruto) do gigante asiático mostrou um crescimento na economia do país de 7,4%, um pouco acima das estimativas de analistas de 7,3%. Porém, a leitura deste primeiro semestre foi mais baixo do que a registrada nos últimos três meses de 2013 de 7,7%. Outros dados divulgados nesta quarta-feira mostraram que as vendas no varejo cresceram 12,2% no ano, enquanto a produção industrial do país subiu para 8,8%, mas ambos ficaram abaixo da expectativa do mercado. 

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Destaque ainda para o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,24% em fevereiro sobre janeiro, de acordo com dados dessazonalizados, informou o BC nesta sexta-feira. Analistas esperavam uma alta de 0,25% na comparação mensal, de acordo com a estimativa mediana da LCA Consultores. No acumulado em 12 meses, o indicador avançou 2,41%. 

Os olhos se voltam ainda para a segunda prévia do Ibovespa da carteira teórica que entrará em vigor no próximo dia 5 de maio, que retomou os papéis da Prumo (PRLM3), antiga LLX Logística, que havia saído na primeira prévia, com 0,108% de participação na atual carteira. Com isso, as ações da Prumo têm alta, de 3,57%, a R$ 1,16. Os papéis PN do Itaú Unibanco (ITUB4) seguem, assim como a primeira prévia, sendo a ação de maior peso, com 9,524% na segunda prévia, e Bradesco PN (BBDC4) passa a ser a segunda maior, com 7,593%.

Já os ativos da Petrobras PN e Vale PNA, ocupam, respectivamente, a terceira e a quarta colocações, com peso de 7,126% e 6,036%. Já a AmBev (ABEV3) passa a figurar na quinta colocação, com fatia de 5,610%. A nova carteira passa a valer a partir do dia 5 de maio.

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Os EUA também chamam a atenção, com a divulgação de dados de construção de casas novas e de permissão para construção acima do esperado pelo mercado, enquanto a produção industrial ficou em linha com as estimativas. O mercado espera ainda pelo discurso de Janet Yellen e a divulgação do livro bege, relatório sobre a atualidade econômica norte-americana, publicada pelo Fed (Federal Reserve).

CSN, Cosan e ALL em alta
Como destaque de alta nesta sessão, estão as ações da CSN (CSNA3), que sobem 2,91%, sendo cotadas a R$ 9,21, depois de anunciar seu segundo programa de recompra de ações em um mês. Após encerrar um programa de recompra de 70,2 milhões de ações na última segunda-feira, que teve duração de 14 de março a 14 de abril, a siderúrgica comunicou na véspera um novo programa que prevê a recompra de até 67,8 milhões de ações também no prazo de um mês. As operações poderão ser realizadas entre 16 de abril e 23 de maio. 

Enquanto isso, a ALL (ALLL3) vê seus papéis registrarem fortes ganhos de 2,47%, a R$ 8,30, após o conselho de administração da operadora logística aprovar a proposta para incorporação da empresa pela Rumo, do grupo de energia e infraestrutura Cosan (CSAN3, R$ 37,49, +1,32%), que também vê seus papéis registrarem ganhos na Bolsa, mas menores em relação aos ganhos de mais de 3%. A proposta envolve a formação de uma gigante do setor de logística no Brasil avaliada em cerca de R$ 11 bilhões e prevê o encerramento de disputas judiciais entre ambas as companhias em torno de contratos de transporte de commodities. 

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Pelos termos da proposta, anunciada no final de fevereiro, a Rumo deve incorporar a totalidade das ações de emissão da ALL, ficando com 36,5% da companhia resultante da união, enquanto os demais 63,5% do capital caberiam aos sócios da ALL.

As ações da Localiza (RENT3) também têm ganhos, de 3,02%, a R$ 34,77, após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, abrindo a temporada de resultados. Nos três primeiros meses do ano, a empresa de aluguel de veículos e gestão de frotas registrou um avanço de 19,1% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado e totalizou R$ 105,8 milhões. 

As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, são:

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 Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 GFSA3 GAFISA ON 3,70 +6,32
 OIBR4 OI PN 2,63 +4,78
 PRML3 PRUMO ON 1,17 +4,46
 CSNA3 SID NACIONAL ON 9,28 +3,69
 ENBR3 ENERGIAS BR ON 10,21 +3,55

As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, são:

 Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 DASA3 DASA ON 13,34 -1,98
 DTEX3 DURATEX ON 10,77 -1,82
 BBSE3 BBSEGURIDADE ON 25,84 -1,37
 SUZB5 SUZANO PAPEL PNA 7,94 -1,24
 CTIP3 CETIP ON 27,49 -0,65

Europa e Ásia
O crescimento na economia chinesa, impulsionou os principais índices acionários do continente. O Nikkei, benchmark do japão, encerrou o pregão com ganhos de 3%, seu segundo dia consecutivo de alta e seu maior nível na última semana. Na China, o índice Shangai Composto, teve leve alta de 0,2%, enquanto o Hang Seng terminou com alta de 0,11%.

Reagindo também ao PIB chinês e aos dados de desemprego no Reino Unido, que caiu para 6,9%, as bolsas europeias abrem a sessão desta quarta-feira em alta. Divulgada nesta quarta-feira, a taxa de desemprego atingiu o menor nível em 5 anos e ficou abaixo da meta estabelecida pelo banco central da Inglaterra. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.