Publicidade
SÃO PAULO – Nem a Standard & Poor’s conseguiu desanimar os investidores da Bovespa. Após ter seu rating soberano cortado para BBB- pela agência na véspera, o Ibovespa voltou a subir nesta terça-feira (25), terminando o dia com ganhos de 0,39%, a 48.180 pontos, em sua 7ª alta seguida – acumulando alta de 7,15% desde a segunda-feira (17) da semana passada -, acompanhando o movimento dos principais índices internacionais. O aparente otimismo sem fim na bolsa brasileira fez o benchmark da bolsa brasileira igualar sua melhor sequência em mais de 6 meses e volar a seu melhor patamar desde o começo de fevereiro. O giro financeiro negociado foi de R$ 5,73 bilhões.
O repentino rebaixamento do rating brasileiro não pegou os investidores da Bovespa. Em seu 7º dia de alta, o Ibovespa deu indícios importantes nesta sessão de que o fator já teria sido precificado meses antes. Na decisão da agência americana de classificação de risco, vale destacar a perspectiva de “falta de comprometimento” das autoridades brasileiras em cumprir com metas mais austeras nas políticas fiscais, além do baixo crescimento econômico esperado para 2014 e os anos subsequentes. No entanto, o País segue na categoria “grau de investimento” da S&P.
Acompanhando o movimento de otimismo da bolsa brasileira e desafiando aqueles que esperavam um ajuste após a mudança do rating brasileiro, o dólar registrou mais uma queda significativa ante o real ao terminar o dia com desvalorização de 0,7%, cotada a R$ 2,3062 na venda – menor fechamento de 2014. Também tiveram dia de queda os contratos de juros futuro.
Masterclass
As Ações mais Promissoras da Bolsa
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Nesta terça-feira, o benchmark da bolsa brasileira acompanhou o movimento das principais bolsas internacionais, com os três índices acionários americanos fechando com ganhos entre 0,1% (Nasdaq) e 0,6% (Dow Jones). Por lá, dados mistos marcaram a agenda macroeconômica, com a alta da confiança do consumidor – que atingiu sua máxima em 6 anos em março – superando os efeitos da queda das vendas de moradia, que alcançaram sua mínima em 5 meses.
Destaques do pregão
Ajudaram a sustentar mais um dia de alta do Ibovespa as ações pesos-pesados do índice, ou seja, as que tem maior participação na carteira teórica do índice. Desta forma, Petrobras (PETR3, R$ 14,05, +0,79%; PETR4, R$ 14,48, +0,56%), Vale (VALE3, R$ 30,82, +0,78%; VALE5, R$ 27,61, +1,66%), Itaú (ITUB4, R$ 32,45, +0,56%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 20,84, +0,24%), Usiminas (USIM5, R$ 9,95, +2,58%) e CSN (CSNA3, R$ 9,95, +1,63%) foram decisivas para o dia positivo.
Do lado da estatal, vale destacar que, em decorrência do rebaixamento da nota de crédito brasileira, a Petrobras – acompanhada também pela Eletrobras (ELET3, R$ 5,81, -1,86%; ELET6, R$ 10,10, -3,07%) – também teve seus ratings cortados de “BBB” para “BBB-“, com perspectiva estável, sem indicação de mudança nos próximos meses.
Continua depois da publicidade
Além de Petrobras e Eletrobras, a mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela mineradora anglo-australiana BHP, também foi rebaixada para BBB- pela S&P. No entanto, a alta dos papéis dos setores de mineração e siderurgia foram sustentados pelo noticiário chinês em meio ao aumento das chances do gigante asiático adotar estímulos após a desaceleração na economia do país. Do lado da Vale, também é importante destacar a expectativa do mercado pela retomada do julgamento sobre a cobrança de impostos e lucros de controladas no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Do lado das perdas, o maior destaque fica por conta do maior frigorífico do mundo – a JBS (JBSS3, R$ 7,48, -4,96%) -, cujos papéis caíram forte após a companhia apresentar seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado. A companhia fechou o período com lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 140,7 milhões, aumento de 112% em relação a igual intervalo do ano anterior e vê seus papéis registrarem as maiores perdas do índice, com queda de 3,43%, a R$ 7,60.
As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
CPLE6 | COPEL PNB | 28,40 | +3,54 | -6,98 | 13,84M |
AEDU3 | ANHANGUERA ON | 12,70 | +3,34 | -14,77 | 143,64M |
USIM5 | USIMINAS PNA | 9,95 | +2,58 | -29,98 | 48,38M |
CMIG4 | CEMIG PN | 14,28 | +2,51 | +1,93 | 55,48M |
NATU3 | NATURA ON | 36,98 | +2,38 | -7,61 | 79,46M |
As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
JBSS3 | JBS ON | 7,48 | -4,96 | -14,71 | 42,20M |
SUZB5 | SUZANO PAPEL PNA | 8,56 | -3,39 | -7,36 | 60,12M |
ELET6 | ELETROBRAS PNB | 10,10 | -3,07 | +1,71 | 25,02M |
FIBR3 | FIBRIA ON | 25,02 | -2,46 | -9,51 | 46,14M |
CSAN3 | COSAN ON | 33,56 | -2,24 | -15,21 | 47,58M |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :
Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 | Vol 30d1 | Neg |
---|---|---|---|---|---|---|
PETR4 | PETROBRAS PN | 14,48 | +0,56 | 580,56M | 483,21M | 48.559 |
VALE5 | VALE PNA | 27,61 | +1,66 | 455,20M | 445,20M | 33.822 |
BBDC4 | BRADESCO PN | 28,87 | -0,59 | 361,60M | 213,11M | 22.258 |
ITUB4 | ITAUUNIBANCO PN | 32,45 | +0,56 | 340,58M | 285,29M | 22.969 |
VALE3 | VALE ON | 30,82 | +0,78 | 179,00M | 158,85M | 17.384 |
AEDU3 | ANHANGUERA ON | 12,70 | +3,34 | 143,64M | 88,35M | 7.417 |
PETR3 | PETROBRAS ON | 14,05 | +0,79 | 141,61M | 171,54M | 30.540 |
ABEV3 | AMBEV S/A ON | 16,74 | -0,12 | 116,34M | 153,07M | 17.651 |
ITSA4 | ITAUSA PN | 8,86 | +0,57 | 114,41M | 130,39M | 22.637 |
BBAS3 | BRASIL ON | 20,84 | +0,24 | 110,50M | 172,00M | 9.753 |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)
Outros destaques
Na agenda do exterior, ganharam destaque os dados econômicos da Alemanha. O índice IFO, indicador que mostra o desenvolvimento no país, subiu para 115,2 em março, ante 114,4 no mês anterior, atingindo seu patamar mais alto desde abril de 2012, além de sinalizar um crescimento sólido na principal economia da Zona do Euro.
O impasse diplomático envolvendo a Ucrânia continua tomando as atenções do mercado, conforme o presidente norte-americano Barack Obama e outras importantes nações industrializadas alertaram a Rússia na segunda-feira sobre possíveis novas sanções econômicas caso o presidente Vladimir Putin tome mais medidas para desestabilizar a Ucrânia.