Ações de empresas-pivô de crise de 2008 despencam mais de 30% na bolsa dos EUA

Regulamentação do setor de financiamentos hipotecários anunciada pelo Senado americano assusta investidores, que iniciam fuga dos papéis de Fannie Mae e Freddie Mac

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Uma sinalização positiva das lideranças políticas em Washington fez as ações de duas das maiores companhias de financiamento hipotecário americanas chegarem a despencar mais de 30% nesta terça-feira (11), em Nova York. Conhecidas como pivôs da crise do “subprime” – ocorrida em 2008 e considerada a segunda maior crise financeira da história mundial, atrás apenas do crash de 1929 – Fannie Mae e Freddie Mac podem ter seu futuro alterado completamente com os projetos do governo americano de reformar o sistema das companhias de seguros voltadas ao setor imobiliário. Já às 16h44 (horário de Brasília), as ações da Fannie Mae tinham queda de 18% e da Freddie Mac, baixa de 25,18%. 

Conforme informou a imprensa internacional, representantes do comitê bancário no Senado afirmaram que, em breve, um esboço de mudanças nas operações hipotecárias será apresentado. As expectativas do mercado são as piores para o par Fannie Mae e Freddie Mac, que deverá ter grandes problemas com as novas normas regulatórias.

Antes da notícias, os papéis das duas companhias não apresentavam quedas significativas, o que mostra o impacto da informação na tomada de decisão dos investidores. A poucos instantes do fechamento das bolsas em Wall Street, as ações mais líquidas das duas empresas registravam quedas menores que as vistas no meio da tarde, mas ainda expressivas, pouco abaixo da casa dos 10%.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.