Brasil usará Telebrás para plano com a UE contra espionagem dos EUA, diz site

Este foi um dos assuntos da reunião feita por Dilma Rousseff e o presidente do Conselho Europeu, Herman Von Rompuy, durante encontro em Bruxelas; Telebrás deve ter participação de 35%

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em um esforço contra a espionagem dos EUA, Brasil e a União Europeia vão se juntar, através de um programa de construção de cabos submarinos que ligarão o maior país latino-americano com o Velho Continente. E quem fará essa ligação será justamente a estatal Telebrás (TELB4) e conjunto com a espanhola IslaLink Submarine Cables, em um projeto orçado em US$ 185 milhões, de acordo com o site Zdnet

O cabo será ligado da capital portuguesa Lisboa até a cidade brasileira de Fortaleza e deve entrar em operação no próximo ano, aponta a reportagem, que destaca as fortes expectativas para a construção da estrutura após a reunião entre a presidente da República, Dilma Rousseff, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Von Rompuy, em reunião de cúpula da União Europeia.

A União Europeia espera que o cabo reduza os custos de conexão, melhorar a aceitação da banda larga e aumentar os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, assim como “reforçar a proteção do setor de telecomunicações”. Rompuy afirmou que compartilha o interesse comum de proteger a internet livre e aberta, “o que tem estimulado um tremendo progresso econômico e social. Ao mesmo tempo, busca-se melhorar a proteção de dados e os padrões de privacidade global. Neste sentido, um novo cabo submarino de fibra ótica – conectando diretamente a América Latina com a Europa – seria uma contribuição importante”, apontou. 

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Rousseff destacou à Reuters que o projeto foi concebido para “garantir a neutralidade” da internet, afirmando que a privacidade, os direitos humanos e a soberania das nações devem ser respeitadas, em um recado claro para os Estados Unidos, que esteve no centro do escândalo de espionagem que fez como uma de suas “vítimas” a própria presidente brasileira. 

O plano do cabo Brasil-Europa faz parte de um pacote de medidas acordadas entre a União Europeia e o Brasil. O Brasil depende de cabos submarinos norte-americanos para a maior parte das suas comunicações com os europeus, uma vez que o único cabo entre Europa e Brasil é antigo e usado apenas para comunicações de voz. Pelos planos atuais, a Telebras terá uma participação de 35%, enquanto a IslaLink poderá ficar com 45%. Os fundos de pensão europeus e brasileiros assumiriam o restante.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.