Em sua 1ª entrevista e mesmo antes de assumir, Yellen já movimenta mercados

Futura presidente do Federal Reserve mostrou otimismo com economia dos EUA e levou à alta dos juros dos títulos norte-americanos

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Ainda faltam 21 dias para que Janet Yellen assuma o cargo de presidente do Federal Reserve, mas as suas falas já vêm movimentando o mercado. O juro dos títulos norte-americanos de dez anos atingiram a máxima da sessão ao subir 3,002% logo que trechos de sua primeira entrevista à revista Time já como futura presidente da autoridade monetária foram divulgados, por volta das 11h (horário de Brasília), mas logo reverteram a alta e passou a operar abaixo dos 3%. 

E vale ressaltar que a alta dos juros dos Treasuries pode ter efeito negativo para a bolsa brasileira, uma vez que tende a tornar menos atrativo investimentos considerados mais arriscados, como é o caso em países emergentes. Isso atinge especialmente o Brasil, que já sofre com o cenário de crescimento mais fraco e com a piora da percepção dos estrangeiros em relação ao País. 

Em sua primeira entrevista à revista após a confirmação pelo Senado de sua nomeação para comandar o Federal Reserve, Yellen afirmou que está otimista com a economia norte-americana neste ano. Ela afirmou que a maioria dos colegas do seu comitê de política monetária, assim como a própria Yellen, estão esperançosos de que o crescimento econômico dos EUA pode ser de 3%, ao invés de 2%.

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Para ela, a recuperação econômica tem sido “frustrantemente lento” mas ressaltou que progressos estão sendo feitos. Yellen também destacou que a recuperação do mercado imobiliário continuará e que a inflação vai se mover em direção à meta do Fed, de 2% ao ano.

Sobre o programa de compra de títulos chamado QE3 (Quantitative Easing 3), Yellen rebateu as críticas de que estaria ajudando apenas os mais ricos. Mas ela destacou que isso “não é verdade”, avaliando que esta política apoia a recuperação para encorajar os gastos. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.