Guerra? “Índice do medo” dispara mais de 10% e acende luz amarela no mercado

Bolsas árabes despencaram na sessão; Síria está em guerra civil desde a década de 70

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O VIX, mais conhecido como “índice do medo”, disparou 12,34% nesta terça-feira (27), atingindo os 16,86 pontos por volta das 16h30 (horário de Brasília). O mercado acendeu a luz amarela nesta sessão, após o risco de intervenção na Guerra Civil da Síria aumentar, o que ajudou a fazer com que o petróleo disparasse 2,90% nesta sessão, a US$ 108,99 – sua máxima desde fevereiro do ano passado.

Além disso, isso fez com que as bolsas árabes despencarem: o DFM General Index, da bolsa de Dubai, caiu 7%, enquanto o United Arab Emirates DFM de Abu Dhabi, também teve teve perdas de 7%. Depois de um ataque de armas químicas à população civil, David Cameron destacou que “o mundo não pode deixar isso acontecer impunemente”.

Bassar Al-Assad, presidente sírio, afirmou que se defenderá de qualquer intervenção estrangeira. John Kerry, secretário de Estado norte-americano, levantou a possibilidade de uma intervenção humanitária. Governada pela família de Al-Assad desde a década de 70, a Síria encontra-se em guerra civil desde 2011, como consequência dos movimentos pro-democracia da região, chamados de “Primavera Árabe”.

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Entenda o VIX
O índice mede a volatilidade das opções sobre ações do S&P 500 negociadas na bolsa de Chicago – a CBOE (Chicago Board of Options Exchange) -, e indica momentos de grande nervosismo do mercado. As opções são naturalmente voláteis, mas costumam ganhar ainda mais volatilidade em momentos de dificuldade – quando o mercado entra em quedas.

Como o VIX costuma subir ao mesmo tempo em que se vê queda no S&P 500 – principal índice de ações dos EUA -, os investidores especulam que esse investidor, e todos os outros que operam o VIX, apostam em um cenário de queda sistêmica na bolsa. Esses temores são amplificados pela proximidade da votação do orçamento nos EUA, que pode ou conter um déficit muito grande, e jogar mais preocupações sobre a situação fiscal do país, ou cortes de gastos, que pode fazer com que o país volte para recessão.