Siderúrgicas, LLX, Fibria e Suzano disparam mais de 6%; Oi e Sabesp caem 3%

Ainda entre os destaques, Petro e Vale mostram forte volatilidade em dia de vencimento de opções sobre ações

Paula Barra

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SÃO PAULO – Após operar em queda na manhã desta segunda-feira (19) e chegar a cair 0,82%, o Ibovespa vira para alta e sobe 0,87%, a 51.987 pontos, às 13h12 (horário de Brasília). Na semana passada, o índice registrou sua maior sequência de ganhos desde janeiro de 2012, com 8 pregões no azul. Por aqui, o dia marca o vencimento de opções sobre ações e a apreensão acerca do dólar, que atingiu na última sexta-feira (16) seu maior patamar em quase quatro anos; nesta data, a moeda norte-americana também registra ganhos.

Entre os destaques corporativos, chama atenção nesta sessão os papéis da LLX Logística (LLXL3), que sobem 8,13%, a R$ 1,73. Os negócios do Grupo EBX, entretanto, ainda seguem turbulentos. Segundo matéria da Folha de S. Paulo, para vender o controle do porto do Açu, da LLX, para o fundo norte-americano EIG, o empresário Eike Batista vai precisar contar com a boa vontade do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico). Uma das condições para o negócio ser fechado é que todas as dívidas de curto prazo estejam equacionadas.

Para a equipe de análise da XP Investimentos, a rolagem da dívida deve acontecer, uma vez que é interessante para o próprio BNDES, melhorando a capacidade da companhia em efetuar o referido pagamento. Todavia, as ações da LLX já se apropriam de uma alta considerável, podendo ter neste questionamento o motivo necessário para uma eventual correção.

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As demais ações do Grupo EBX seguem caminhos divergentes nesta sessão: MMX Mineração (MMXM3, +4,76%, R$ 2,20), OGX Petróleo (OGXP3, -1,49%, R$ 0,66), OSX Brasil (OSXB3, +12,84%, R$ 1,23), CCX Carvão (CCXC3, +2,06%, R$ 0,99) e MPX Energia (MPXE3, -1,31%, R$ 5,28) – única das empresas “X” que Eike não é mais acionista controlador. 

Efeito dólar puxa ações de exportadoras
O efeito da escalada do dólar contribuiu novamente para a disparada de empresas voltadas para exportação, como é o caso da Suzano (SUZB5, +5,68%, R$ 9,31), Fibria (FIBR3, +5,26%, R$ 28,42) e Klabin (KLBN4, +3,98%, R$ 11,75), ambas do setor de papel e celulose.

O setor siderúrgico também aparece entre os maiores ganhos do dia. Além do câmbio mais alto – o que não só favorece as exportações como também encerece a importação do aço -, as notícias referentes a reajustes de preço seguem em foco, com a CSN (CSNA3, +5,75%, R$ 8,83) acompanhando suas concorrentes depois de anunciar a elevação dos preços aos distribuidores, de acordo com informações da Reuters, que creditou fontes do mercado. Usiminas (USIM3, +6,65%, R$ 10,90; USIM5, +6,59%, R$ 11,00) e Gerdau (GGBR4, +3,69%, R$ 16,86) também figuram entre os maiores ganhos. No caso de Gerdau, reflete ainda o aumento do recomendação do HSBC, para compra. 

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Oi e varejistas e imobiliárias anulam ganhos
Por outro lado, as ações da Oi (OIBR3, -3,64%, R$ 4,23; OIBR4, -4,48%, R$ 3,84) lideram as perdas do Ibovespa, seguidas pelos papéis da Sabesp (SBSP3), que caem 3,20%, a R$ 21,19.

A Oi reflete o rebaixamento do seu rating pela Fitch, de “BBB” para “BBB-“, diante de fracos resultados operacionais e dívida líquida mais alta, fatores que fazem a agência de classificação de risco esperar que sua alavancagem permaneça acima do previsto nos próximos trimestres. Já a Sabesp sofre com o dólar alto, uma vez que grande parte da sua dívida é atrelada à moeda norte-americana. 

No setor de varejo, os papéis da Natura (NATU3, -2,70%, R$ 44,27), Lojas Americanas (LAME4, -2,41%, R$ 15,40)  e Hering (HGTX3, -2,38%, R$ 32,46) ganham destaque no campo negativo. Os papéis sentem os efeitos de vendas menores no setor, projeções de crescimento  revistas e queda na confiança do consumidor. 

Já entre as imobiliárias, as ações da Gafisa (GFSA3) e Rossi (RSID3) registram desvalorizações de 2,78% e 2,20%, respectivamente, a R$ 3,15 e R$ 3,11. Além do cenário inflacionário piorar com a alta do dólar – o que reduz as margens do setor -, o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta manhã mostrou que o mercado projeta uma Selic maior para 2014, com mediana das projeções indo de 9,25% para 9,5% ao ano. 

Petro e Vale mostram volatilidade com vencimento de opções
Por fim, os desempenhos dos papéis da Petrobras (PETR3, -0,58%, R$ 17,09; PETR4, +0,51%, R$ 17,87) e Vale (VALE3, 0,0%, R$ 36,60; VALE5, +0,53%, R$ 32,34) mostram forte volatilidade nesta sessão em dia de vencimento de opções sobre ações. 

Também reflete nos papéis da petrolífera a aprovação na noite da última sexta-feira da venda de ativos, totalizando R$ 2,1 bilhões. Os ativos vendidos fazem parte do seu programa de desinvestimento, previsto no plano de negócios de 2013 a 2017. Com isso, a Petrobras caminha para bater seu guidance de desinvestimentos, que somado a vendas anteriores chegam a US$ 4,3 bilhões de US$ 10 bilhões.