BB tem lucro de R$ 2,7 bi e Rossi tem prejuízo de R$ 10 mi; veja mais balanços

Outras empresas do Ibovespa soltaram resultados, como a CCR, que teve crescimento de 16,6% no lucro, e a JBS, que viu o lucro quase dobrar em relação ao 1º tri de 2012

Lara Rizério

(Divulgação JBS Friboi)

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SÃO PAULO – Diversas companhias divulgaram resultados entre a noite de terça-feira (14) e a manhã desta quarta-feira (15). A JBS (JBSS3) foi uma delas, registrando um lucro líquido ajustado de R$ 374,5 milhões no período, alta de 96,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, a receita líquida da companhia de alimentos registrou alta de 22%, somando R$ 19,52 bilhões, ante R$ 16,01 bilhões frente aos primeiros três meses de 2012. O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) teve alta de 26,3%, para R$ 879,4 milhões, enquanto a margem Ebitda (Ebitda/receita líquida) somou 4,5%, com estabilidade frente à mesma base de comparação.

A relação dívida líquida/Ebitda da JBS permaneceu em 3,4 vezes ao final do período, estável em relação aos últimos três meses de 2012. “A manutenção da alavancagem é resultado do aumento do Ebitda nos últimos doze meses aliado a certa estabilidade da dívida líquida”, avalia a companhia.

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A companhia encerrou o trimestre com R$ 5,51 bilhões em caixa, equivalente a 93,5% da dívida de curto prazo, aproximadamente. Além das disponibilidades em caixa, a JBS possui linhas contratadas nos EUA com disponibilidade de US$1,2 bilhão.

Lucro ajustado do BB fica em R$ 2,7 bilhões
O Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro de R$ 2,56 bilhões, com alta de 2,2% em relação ao primeiro trimestre de 2012. Considerando termos recorrentes, o lucro ajustado do banco recuou 0,7%, com R$ 2,7 bilhões na mesma base comparativa.

A carteira de crédito expandiu 25,6% nesse mesmo período, somando R$ 592,7 bilhões ao final de março, com destaque para o segmento “pessoa jurídica”, que cresceu 32,7% em 12 meses. O BB ressalta ainda que, dessa forma, ele conseguiu manter sua liderança em crédito no SFN (Sistema Financeiro Nacional), com participação de mercado em 20,4%.

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Outro aspecto destacado no resultado do BB foi a queda nos índices de inadimplência, que caiu de 2,22% para 2,05% em 12 meses.

Já as despesas com PCLD (provisões para créditos de liquidação duvidosa) reduziram-se em 8,3% em relação ao primeiro trimestre de 2012. “Esse desempenho é reflexo do crescimento da carteira em linhas de crédito com menor risco, tais como, crédito consignado, financiamento de veículos e crédito imobiliário”, diz o banco.

Bradespar: lucro líquido 6,7% menor
A Bradespar (BRAP4), holding de investimentos que possui participação na Vale (VALE3;VALE5) somou um lucro líquido de R$ 358 milhões no primeiro trimestre, 6,7% menor na comparação ao ao mesmo período do ano passado.

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A participação da Valepar – de 17% -, empresa que controla a Vale, foi de R$ 336,3 milhões, enquanto a equivalência operacional dos investimentos foi de R$ 336,4 milhões, com queda de 6,3%.

Ao final do primeiro trimestre, o valor de mercado das participações detidas pela Bradespar totalizou R$ 11,6 bilhões, desconsiderando-se qualquer prêmio de controle para a participação na Vale. A composição desse montante conta com 90,8% pelo investimento na Vale e 9,2% pelo investimento na CPFL Energia (CPFE3).

Vigor vê seu lucro líquido cair 93,4%
Já a Vigor Alimentos (VIGR3) revelou que o lucro líquido foi para R$ 1,479 milhão, com queda de 93,4%. A receita líquida, por sua vez, subiu 11,7%, para R$ 352,36 milhões.

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O Ebitda da companhia, por sua vez, caiu 42,4%, para R$ 13,817 milhões. Enquanto isso, a margem Ebitda teve baixa de 3,7 pontos percentuais, para 3,9%. Já o lucro bruto subiu 27,4%, para R$ 111 milhões. O CPV (Custo dos Produtos Vendidos) subiu 5,7%, para R$241,35 milhões.

Rossi: prejuízo líquido de R$ 9,97 milhões
A Rossi Residencial (RSID3) registrou um prejuízo líquido de 9,97 milhões, revertendo um lucro líquido de R$ 62,55 milhões no mesmo período do ano anterior. Já a receita líquida proveniente da venda de imóveis e serviços totalizou R$ 721 milhões no trimestre, uma redução de 14% em função do menor volume de produção, que é sazonalmente mais baixo no período em função do menor volume de vendas.

Já o Ebitda da companhia caiu 74%, para R$ 30 milhões, enquanto a margem Ebitda caiu 9,6 pontos percentuais, para 4%. O Ebitda ajustado caiu 38%, para R$ 113 milhões, enquanto a margem Ebitda ajustada caiu 9,6 pontos percentuais, para 4%. 

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“A Rossi iniciou 2013 com foco total em sua nova estratégia. O consumo de caixa foi praticamente neutro e em linha como nosso orçamento. Em relação às despesas gerais e administrativas obtivemos uma redução de 19% comparada ao primeiro trimestre de 2012 e estamos em linha com a meta de R$ 180 milhões ao final de 2013. No período, não foram realizados lançamentos e concentramos as vendas nas unidades em estoque”, ressaltou a companhia.

CCR: lucro líquido 16,6% maior
A CCR (CCRO3) também divulgou o seu resultado para o período, totalizando um lucro líquido 16,6% maior na comparação com o ano anterior, somando R$ 336,7 milhões. Já a receita líquida registrou alta de 10,7%, para R$ 1,2 bilhão.

Já o Ebitda ajustado subiu 7,8%, para R$ 783,6 milhões, enquanto a margem Ebitda ajustada registrou baixa de 2 pontos percentuais, para 65%.  

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Lucro da JHSF cai 52%
O lucro líquido da JHSF Participações (JHSF3) caiu 52%, para R$ 24 milhões, no primeiro trimestre de 2013. Segundo a companhia, o resultado foi impactado no segmento de incorporações, que registrou redução significativa de vendas contratadas.

Com isso, a receita líquida da companhia foi de R$ 169,2 milhões, mostrando recuo de 22% em relação ao mesmo período de 2012 e o Ebitda da empresa caiu 21,3%, totalizando R$ 169,2 milhões.

Restoque tem prejuízo de R$ 9,5 mi
A Restoque (LLIS3) registrou um prejuízo líquido de R$ 9,5 milhões, comparado ao lucro líquido de R$ 13,7 milhões entre janeiro e março do ano anterior. Excluindo as despesas extraordinárias, o prejuízo líquido ajustado foi de R$8,2 milhões, versus um lucro líquido ajustado de R$10,3 milhões no ano anterior.

O Ebitda foi de R$21,1 milhões, queda de 7,7% quando comparado aos R$22,9 milhões do ano anterior. Já a margem Ebitda foi de 10,8% em comparação a 16,5% no primeiro trimestre de 2012. Ajustado pelas despesas extraordinárias o Ebitda foi de R$23,1 milhões, com margem de 11,8%, comparado com R$17,7 milhões com margem de 12,7% no primeiro trimestre.

A receita operacional líquida, por sua vez, subiu 40,6%, para R$ 195,25 milhões nos primeiros três meses de 2013. “Neste período, tivemos uma redução significativa de despesas extraordinárias em relação aos últimos trimestres, refletindo a normalização das nossas operações e o menor número de abertura de lojas planejado para 2013”, diz a empresa.

“Assim, as despesas extraordinárias totalizaram R$2,0 milhões no trimestre, incluindo despesas pré-operacionais de lojas, o custo associado à quebra do contrato de aluguel de uma loja (derivada de um processo de adequação e otimização de nosso espaço de varejo) e despesas associadas com dispensa de funcionários”, afirmou a companhia.

Helbor: lucro e receita quase estáveis
A Helbor (HBOR3) teve um lucro líquido de R$ 52,21 milhões, com leve alta de 0,7% na comparação com o mesmo período de 2012. A receita operacional líquida também teve leve alta, de 0,8%, para R$ 378,4 milhões.

O Ebitda, por sua vez, caiu 3,9%, para R$ 90,58 milhões, enquanto a margem Ebitda caiu 1,2 ponto percentual, para 23,9%, enquanto a margem Ebitda ajustada caiu 3,8 pontos percentuais, para 27,8%.

“Ficamos bastante satisfeitos com os resultados neste trimestre. Merece destaque, por exemplo, o volume de lançamentos”, afirmou a companhia. O VGV (Valor Geral de Vendas) lançados atingiu R$ 318,1 milhões, apresentando crescimento de 87,7% quando comparado ao primeiro trimestre de 2012. 

Lucro da Wilson Sons sobe 170%
Já a Wilson Sons (WSON11), mesmo com uma queda de 0,6% em sua receita, que atingiu US$ 149,2 milhões no primeiro trimestre, viu seu lucro disparar quase 170%, fechando o período em US$ 19,5 milhões, ante US$ 7,2 milhões em 2012.

O Ebitda da companhia também apresentou alta em um ano. Foram US$ 37,9 milhões registrados nos três primeiros meses de 2013 contra um resultado de US$ 28,6 milhões no mesmo período do ano passado, o que representa uma alta de 32,5%.

Em comunicado, o CEO da Wilson Sons, Cezar Baião, disse que “apesar do arrefecimento das atividades de exportação no país, obtivemos uma sólida evolução na geração de caixa operacional, graças ao excelente desempenho dos negócios de rebocagem, embarcações offshore e estaleiro”. Além disso, ele explica que a conclusão de projetos importantes, somados ao programa de expansão da frota de embarcações, fortaleceram e solidificaram o posicionamento da empresa para a captura de novas oportunidades.

Lucro da Brazil Pharma recua 74%
A Brazil Pharma (BPHA3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,58 milhões no primeiro trimestre, apontando queda de 74,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, a menor margem bruta no período impactou o resultado, assim como o maior patamar de despesas com vendas.

O resultado da financeiro da companhia ficou negativo em R$ 18,9 milhões, ampliando as perdas de R$ 14,7 milhões do primeiro trimestre de 2012. Por outro lado, a receita bruta subiu 16,5%, para R$ 814,65 milhões na mesma base comparativa.

Banrisul apresenta lucro de R$ 204,7 milhões
O Banrisul (BSRS6) registrou lucro de R$ 204,7 milhões no primeiro trimestre, queda de 4,5% em relação ao resultado do mesmo período de 2012. A receita com intermediação financeira do banco caiu 10,5%, para R$ 1,4 bilhão no mesmo período.

A carteira de crédito da instituição avançou 16,3%, para R$ 24,8 bilhões enquanto as provisões para perdas com empréstimos subiram 18,8%, para R$ 1,6 bilhão.

Latam tem queda no lucro líquido
A companhia aérea Latam Airlines (LATM11) registrou um lucro líquido de US$ 42,7 milhões no primeiro trimestre, queda de 43,8% sobre o mesmo período de 2012, quando foi beneficiada por um ganho com câmbio, disse a companhia nesta terça-feira.

Pesquisa da Reuters previa que a maior companhia aérea da América Latina teria uma queda de 54,6% no lucro do período, para US$ 38,2 milhões.

A empresa, fruto da fusão entre a chilena LAN e a brasileira TAM no ano passado, tem operações no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Peru. 

CSU reverte lucro e tem prejuízo de R$ 3,46 milhões
A CSU Cardsystem (CARD3) registrou um prejuízo de R$ 3,46 milhões no primeiro trimestre de 2013, revertendo o lucro de R$ 7,75 milhões na comparação com o mesmo período do ano passado. 

Já a receita líquida totalizou R$ 81,72 milhões, queda de 19,3% na comparação com os R$ 101,29 milhões observados no mesmo período de 2012. O Ebitda teve baixa de 82,6%, a R$ 3,72 milhões, enquanto a margem Ebitda caiu 16,6 pontos percentuais, para 4,6%.

Log-in: lucro quase 10 vezes maior
A Log-in (LOGN3) registrou um líquido consolidado de R$ 23,1 milhões, 863% maior que na base de comparação anual, que foi de R$ 2,3 milhões. Já o Ebitda consolidado somou R$ 45,6 milhões frente aos R$ 20,4 milhões do primeiro trimestre de 2012.

“Estão previstos investimentos na ordem de R$ 242,8 milhões em 2013. Durante o primeiro trimestre, foram executados R$ 42,7 milhões, sendo que a maior parte dos valores desembolsados foram aplicados na construção dos três últimos navios porta-contêiner na ordem de R$ 30,6 milhões. Para os navios bauxiteiros foram desembolsados R$ 7,0 milhões”, afirma a companhia.

Unipar e Alupar
A Unipar (UNIP6) teve no 1º quarto um lucro líquido de R$ 795 mil, montante 74% menor do que foi visto no mesmo período de 2012. O resultado do grupo reflete as participações proporcionais que a companhia detém na Carbocloro e Tecsis. No 4º tri de 2012, o lucro líquido do grupo ficou em R$ 8,8 milhões.

Já a Alupar (ALUP11), holding com atuação no segmento de transmissão e geração de energia elétrica, mostrou estabilidade em seu lucro líquido na mesma base comparativa, indo de R$ 63,6 milhões para R$ 64,0 milhões nestes 12 meses. A receita líquida cresceu 5,7%, para R$ 281,1 milhões, enquanto a dívida líquida subiu 11,8%, para R$ 2,751 bilhões.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.