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SÃO PAULO – O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, informou ontem, durante apresentação do balanço de desembolsos do banco no primeiro trimestre, que a dívida do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, com a instituição é menor do que R$ 10 bilhões.
Segundo o executivo, a instituição não vê a exposição ao conglomerado com preocupação. “O banco está tranquilo em relação ao grupo [EBX] e aguarda desdobramentos de processos que estão em curso entre o assessor financeiro da empresa e do grupo”, disse Coutinho, sem citar nominalmente o BTG Pactual, com o qual Eike fechou parceria de cooperação estratégica que envolve aconselhamento financeiro.
Segundo informou a assessoria de imprensa do BNDES, o Grupo EBX tem R$ 9,1 bilhões em operações financeiras contratadas com a instituição. A maior parte desses recursos foi contratada em 2009, quando foram disponibilizados R$ 3,8 bilhões. Apenas no ano passado, o Grupo EBX contratou junto ao BNDES R$ 2,7 bilhões.
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As maiores operações, segundos dados do BNDES, foram dirigidas à termelétrica de Pecém, da MPX (MPXE3), no Ceará, para qual foram destinados R$ 1,4 bilhão. A segunda maior operação é o financiamento de R$ 1,3 bilhão para a LLX Logística (LLXL3), que constrói atualmente o Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. As duas operações foram contratadas em 2009.
Na véspera, Eike Batista comentou por meio de mensagens em seu perfil público no Twitter que o BNDES possuía exposição de risco de apenas R$ 109 milhões em relação ao grupo EBX.
A resposta veio após a revista Veja informar em sua edição desta semana que o Grupo X deve R$ 10 bilhões ao banco, além de R$ 5,5 bilhões ao Itaú Unibanco, R$ 4,8 bilhões ao Bradesco e R$ 1,6 bilhão ao BTG Pactual.
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“Mentira da Veja hoje! Exposição de risco de 10BI de reais ao BNDES! Número real = 109 milhões de reais com o grupo EBX!”, escreveu o empresário.
