“Prepare-se para perder de 20% a 30% de seu dinheiro”, avisa Marc Faber

O que ocorreu no Chipre pode acontecer em qualquer lugar do mundo, acredita o célebre suíço, que previu a estagnação japonesa

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O célebre investidor suíço Marc Faber, famoso por prever estagnação japonesa, avisou em entrevista a rede CNBC: confiscos ao dinheiro depositado em bancos podem se tornar regra em diversos países, inclusive nos desenvolvidos e no Brasil. “Isso vai acontecer em todo o mundo. Você precisa estar preparado para perder de 20% a 30%, e eu acho que você tem sorte se não perder sua vida”, alerta. 

Isso se deve pelo crescimento das desigualdades sociais nos últimos anos, que ressuscita velhos conflitos entre pobres e ricos. “Há mais pessoas que votam do que trabalham para sobreviver. Se você olhar o que aconteceu no Chipre, basicamente as pessoas com dinheiro perderam dinheiro, seja através de uma expropriação ou impostos maiores”, destaca. 

Neste momento, 92% de toda a riqueza mundial está nas mãos de 5% da população, lembra Faber. “A maioria das pessoas não possuem ações e não se beneficiam de uma alta do mercado acionário. Elas estão sendo prejudicadas por uma alta do custo de vida, que tem se elevado globalmente nos últimos anos”, diz o investidor.

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Crash pode vir em breve
Para ele, é importante destacar que as bolsas mundiais pode passar por um crash em breve – já que o mercado está sendo dominado, como um todo, por ações de consumo e pelos mercados de países desenvolvidos, em especial os EUA. “O que me preocupa é que os mercados estrangeiros estão indo muito mal, parece que os EUA são o único jogo disponível no momento”, avalia. 

Ele destaca que em outros momentos em que havia apenas um mercado indo bem, as coisas acabaram “muito mal” o que faz com que ele fique bastante receoso. “Eu acho que o mercado vai continuar a subir e passar por um crash no verão (quando for inverno no Brasil), não estou vendido no momento por conta da forte impressão de dinheiro, que deve deixar uma alocação ruim de capital”, termina. 

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