Marfrig tem prejuízo, enquanto Cemig triplica lucro líquido; veja resultados

Banco Sofisa e Valid também divulgaram balanços nesta sessão, mostrando lucro

Felipe Moreno

(Divulgação/Cemig)

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SÃO PAULO – Diversas empresas divulgaram resultados entre a noite da última quarta-feira e esta quinta-feira (28). A Marfrig (MRFG3) apurou um prejuízo líquido de 284,2 milhões de reais no último trimestre de 2012, ampliando o resultado negativo de 146,5 milhões obtido em igual etapa do ano anterior.

De outubro a dezembro, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa totalizou 405,9 milhões de reais, queda anual de 22,1 por cento, com a margem caindo de 9,4 para 6 por cento.

Cemig tem forte alta no lucro líquido, mas Ebitda cai
A Cemig (CMIG4) somou um lucro líquido de R$ 4,27 bilhões em 2012 e de R$ 2,1 bilhões no quarto trimestre, registrando fortes altas respectivas de 76,8% e 195,7% em relação aos períodos anteriores. O lucro trimestral da companhia foi quase três vezes maior ao observado no quarto trimestre de 2011. A companhia também apresentou um crescimento da receita líquida de 18% frente ao quarto trimestre do ano anterior, para R$ 5,1 bilhões. 

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Por outro lado, o Ebitda sofreu uma forte retração de 63% no período, reflexo do comportamento de custos, principalmente da energia comprovada para venda. No ano, as receitas cresceram 17% para R$ 18,5 bilhões, enquanto o Ebitda caiu 4%, para R$ 5,1 bilhões, levando a uma redução da margem Ebitda de 6 pontos percentuais para 27,5%. 

Raia Drogasil: aumento do lucro líquido e no número de lojas
 A Raia Drogasil (RADL3) mostrou lucro líquido de R$ 153,96 milhões em 2012, mostrou a empresa nesta quarta-feira (27). Esse número apresenta um crescimento de 1,72% frente ao que havia sido registrado no ano passado, prejudicado pela queda de 23,86% entre o quarto trimestre de 2011 e o mesmo período no ano passado. 

A companhia continua aumentando o número de lojas: crescimento de 11,34% entre um ano e outro, atingindo a quantidade de 864 lojas. A receita bruta da companhia atingiu os R$ 5,59 bilhões em 2012, bastante superior aos R$ 4,73 bilhões vistos em 2011. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 325,84 milhões, crescimento de 20%.

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“O ano de 2012 marcou a consolidação da RaiaDrogasil como uma única empresa. A companhia nasceu de valores e visões compartilhados pelas empresas com grande tradição no varejo brasileiro e por seus acionistas controladores”, avalia a direção da companhia. A fusão das duas deu lugar para a maior empresa do setor do varejo farmacêutico, liderando tanto em receita como em número de lojas. 

Brookfield diminui perdas no trimestre
A Brookfield Incorporações (BISA3) foi outra companhia que apresentou prejuízo líquido no último trimestre de 2012 para 39,7 milhões de reais. Entretanto, este resultado é menor do que o prejuízo de 90,2 milhões um ano antes, em meio a aumento de receita, apesar da queda em vendas e lançamentos. 

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, entretanto, a incorporadora reverteu o ganho de 31,2 milhões. De outubro a dezembro, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou 38,4 milhões de reais, abaixo dos 55,2 milhões obtidos um ano antes, com a margem caindo de 6,8 para 3,9 por cento.

Qualicorp tem queda de 51,2% no lucro 
A empresa de planos de saúde coletivos Qualicorp (QUAL3) teve uma queda de 51,2 por cento no lucro líquido ajustado do quarto trimestre, a 7,9 milhões de reais, após uma alta nas despesas. 

A receita líquida da companhia de outubro a dezembro totalizou 259 milhões de reais, alta de 34,9 por cento sobre um ano antes. Em contrapartida, houve uma alta de 41,7 por cento no total de despesas, que fecharam o trimestre a 249,3 milhões de reais.

Coelce: alta das receitas, mas queda do Ebitda
A Coelce (COCE5) somou um lucro líquido de R$ 138 milhões nos últimos três meses do ano passado, 2,5% superior ao quarto trimestre de 2011. Isso se reflete em uma margem líquida de 18,02%. No ano, o lucro líquido teve queda de 10,9%, para R$ 420 milhões. 

O Ebitda no período, por sua vez, alcançou o montante de R$ 117 milhões, uma redução de 43,1% em relação ao mesmo período do ano de 2011, de R$ 205 milhões. Com esse resultado, a margem Ebitda da companhia encerrou o quarto trimestre em 15,25%, percentual inferior em 14,26 pontos percentuais comparado ao período anterior.

Já a receita líquida teve alta de cerca de 10% tanto no trimestre quanto no ano, somando R$ 2,89 bilhões em 2012, sendo R$ 766,49 milhões nos últimos três meses. 

Brazil Pharma: queda no lucro e aumento da receita bruta
A Brazil Pharma (BPHA3) registrou uma queda no lucro líquido ajustado de 69,3% no quarto trimestre, para R$ 8,84 milhões. No ano, a baixa foi de 24%, para R$ 70,11 milhões. O Ebitda ajustado, por sua vez, registrou uma alta de 27,4% na comparação trimestral e de 23% na base anual, para R$ 55,52 milhões e R$ 191,03, respectivamente. Já a receita bruta passou por uma alta de 20,9% no ano, para R$ 3,09 bilhões. 

“Vivenciamos em 2012 mais um ano de crescimento e solidificação da Companhia, positivamente afetado tanto pelo desempenho do setor quanto pelo nosso foco em execução. Apesar de um quarto trimestre impactado pela concentração de feriados nos meses de novembro e dezembro, encerramos o ano crescendo em ritmo acelerado, com vendas puxadas pelo nosso forte crescimento orgânico e SSS (vendas mesmas lojas) na casa de dois dígitos, atingindo nossa meta de faturamento para 2012”, afirmou a companhia. 

Sofisa: alta de 110,9% no resultado operacional
O Banco Sofisa (SFSA4) registrou R$ 1,9 milhões de lucro líquido no último trimestre de 2012, um recuo de 84,9% ante os R$ 10,1 milhões apresentados um ano antes. No total anual, o banco registrou lucro de R$ 26,38 milhões, ante R$ 27,17 milhões em 2011, uma queda de 2,9%.

Por outro lado, o resultado operacional da Sofisa fechou 2012 em R$ 41,6 milhões, um avanço de 110,9% quando comparado com os R$ 19,7 do ano anterior. Além disso, o banco registrou um caixa livre de R$ 1,4 bilhões em 2012.

Valid: queda de 62,1% no lucro em um ano
A Valid (VLID3) divulgou nesta quarta-feira (27) seu resultado do quarto trimestre, registrando lucro de R$ 13,8 milhões no período, queda de 62,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado anual, a companhia apresentou lucro de R$ 113,5 milhões, o que representa um recuo de 11,8% em relação aos R$ 128,7 milhões de lucro em 2011.

Já a receita líquida da empresa fechou 2012 em R$ 937,1 milhões, avanço de 7,2% ante os R$ 873,9 milhões do ano anterior. Desse total, R$ 231,4 milhões foram registrado no quarto trimestre, alta de 1,6% em relação ao mesmo período de 2011. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Valid foi de R$ 56,3 milhões no quarto trimestre e ficou praticamente estável em relação à um ano antes, enquanto que no acumulado do ano houve uma alta de 104% no valor, passando de R$ 200,4 milhões para R$ 221,3 milhões.

De acordo com comunicado da empresa, o principal destaque do ano de 2012 foi a entrada da Valid no mercado norte-americano. No segundo trimestre, a empresa investiu na aquisição da PPI Secure Solution, com a intenção de ter uma plataforma nos EUA para oferecer soluções para o maior mercado consumidor do mundo. Sete meses depois, a Valid concluiu a aquisição dos ativos da Vmark e de suas afiliadas.

BR Insurance: alta no lucro
A BR Insurance (BRIN3) registrou uma alta de 38% no lucro líquido ajustado, para R$ 35 milhões. Já a receita líquida da companhia teve crescimento de 56,8% no ano, para R$ 227,97 milhões e mais do que dobrando no trimestre, para R$ 66,62 milhões. 

GP Investments
A GP Investments (GPIV11) reportou um lucro líquido de US$ 10,1 milhões em 2012, comparado a um prejuízo líquido de US$123,5 milhões em 2011. No último trimestre, entretanto, a GP registrou prejuízo de US$ 28,6 milhões. 

A receita da companhia, por sua vez, somou US$ 78 milhões no ano, mas com resultado negativo de US$ 14,7 milhões no último trimestre. 

Bombril, prejuízo de R$ 24 milhões
Enquanto isso, o Bombril (BOBR4) teve prejuízo de R$ 24,6 milhões, uma alta de 27,46% no prejuízo. A receita líquida cresceu 16,3%, pulando de R$ 845,8 milhões para R$ 984 milhões. O volume total de produtos vendidos também cresceu, pulando de 350 mil toneladas para 380 mil toneladas. Já o Ebitda saltou 31,9%, para R$ 81 milhões, fazendo com que a margem Ebitda alcançasse os 8,2%.