Sequestro? Índice do “medo” sobe 30% e deve ter maior alta semanal em 17 meses

VIX atingiu os 16,01 pontos durante o intraday desta quinta, refletindo os perigos da possibilidade de que cortes automáticos de gastos sejam acionados nos EUA

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O VIX, chamado popularmente de “índice do medo”, pode ter sua maior alta semanal em 17 meses, depois de saltar 30,02% entre sexta-feira passada (15) e esta quinta-feira (21). A última vez que o índice subiu tão forte foi em setembro de 2011, em reflexo aos problemas da crise europeia. 

O índice mede a volatilidade das opções sobre ações do S&P 500 negociadas na bolsa de Chicago, e indica momentos de grande nervosismo do mercado. As opções são naturalmente voláteis, mas costumam ganhar ainda mais volatilidade em momentos de dificuldade – quando o mercado entra em quedas. Depois de um início de ano forte, as bolsas norte-americanas começaram a corrigir os ganhos na última semana, apresentando sua pior semana de 2013. 

O índice atingiu os 16,20 pontos durante o intraday desta quinta, refletindo os perigos do “sequestro” – a possibilidade de que cortes automáticos de gastos sejam acionados nos EUA caso o congresso não consiga nenhum consenso até o dia 1º de março, uma espécie de “abismo fiscal” mais leve, mas que poderá diminuir em até 1% da expansão do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano em 2013. 

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A luz amarela é acesa quando o índice supera os 20 pontos, patamar ainda distante. O índice, porém, havia atingido o seu menor patamar em cinco anos em janeiro – reflexo da “resolução” do próprio abismo fiscal, um dos eventos mais marcantes da política e econômica norte-americana, que perdurou por meses. 

Ao contrário do abismo, o “sequestro” não é fruto de acaloradas discussões no congresso norte-americano. Não houve compromisso entre os dois partidos, nem promessas por parte do executivo. Como o “sequestro” não envolve a elevação de impostos, o partido Republicano não tem interesse em evitá-lo por completo, visto que a diminuição do déficit do país é visto como uma necessidade pelo partido de oposição.