Vale e Usiminas sustentam ganhos da bolsa; aquisição puxa alta de 12% da Profarma

Ainda entre os destaques, Santander sobe após balanço; resultado da Fibria melhora, mas ações caminham no negativo; Joesley Batista, da JBS, é denunciado pelo MPF

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa recupera as perdas da véspera e registra, às 13h45 (horário de Brasília) desta quinta-feira (31), alta de 0,34%, aos 59.539 pontos, puxado principalmente pela Vale (VALE3, +1,57%, R$ 39,36; VALE5, +1,42%, R$ 37,82), cujas ações representam a maior participação na carteira teórica do índice. Outras ações ligadas a commodities também registram ganhos neste pregão, como Usiminas (USIM3, +2,31%, R$ 11,08; USIM5, +1,37%, R$ 10,39) e MMX Mineração (MMXM3, +1,43%, R$ 3,54). 

O mercado digere ainda a temporada de balanços corporativos referentes ao quaro trimestre. O Santander Brasil (SANB11) reportou nesta manhã lucro líquido de R$ 1,598 bilhão entre os meses de outubro e dezembro, resultado 3% abaixo do obtido um ano antes, mas acima do esperado pelos analistas em meio a uma queda nas provisões sobre inadimplência na comparação com o período encerrado em setembro. 

A equipe da Ativa, que não se disse surpreendida pelo lucro líquido, destacou negativamente o aumento na inadimplência, que passou de 5,1% para 5,5% na passagem trimestral. O índice de eficiência também piorou, ao subir de 45,0% para 46,8% (quanto maior o índice, pior, já que representa uma relação entre as despesas operacionais e a receita operacional). Em reflexo das notícias, as ações SANB11 caminham em ritmo ameno e avançam 0,83%, aos R$ 14,65. 

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Em coletiva de imprensa, Marcial Portela, presidente de operações brasileiras da instituição financeira, não descartou fazer aquisições ao longo de 2013, mas ponderou que precisa ser algo que tenha valor estratégico para os negócios do Santander. 

Fibria lucra R$ 48 mi no 4° tri
Ainda entre os resultados corporativos, a Fibria revelou na noite da véspera lucro líquido de R$ 48 milhões no último trimestre do ano passado, diminuindo suas perdas anuais para R$ 698 milhões. Esse número foi 20% menor do que os R$ 868 milhões perdidos em 2011.

A companhia viu sua receita avançar em 33% entre os últimos meses de 2011 e de 2012 – atigindo R$ 1,853 bilhão, levando o total anual para R$ 6,17 bilhões, 5% acima o visto no ano retrasado. As ações da companhia registram desvalorização de 0,24%, aos R$ 24,59. 

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Profarma dispara após comprar 50% da Tamoios
Já fora do Ibovespa, as ações da Profarma (PFRM3) disparam 12,14%, aos R$ 17,00, depois da distribuidora de remédios fechar a aquisição de uma participação na rede carioca de farmácias Tamoios. 

Por R$ 104 milhões, a Profarma se tornou dona de 50% da empresa, que manterá a família Cosendey como co-controladora. A aquisição é o terceiro negócio feito pela distribuidora no varejo. Na semana passada, a Profarma anunciou a sua entrada no setor de drogarias com a compra da Drogasmil e Farmalife.

A iniciativa de ingressar no varejo é vista com bons olhos pela equipe de análise da XP Investimentos, ao estimar que esta aquisição pode adicionar valor com as sinergias potenciais entre Tamoios e Drogasmil, bem como entre as operações de varejo e as operações da Profarma.

Joesley Batista, da JBS, é denunciado pelo MPF
O Ministério Público Federal, de Goiás, denunciou Joesley Batista, CEO (Chief Executive Officer) da J&F, holding que controla o grupo JBS (JBSS3), por sonegar mais de R$ 10 milhões entre janeiro de 1998 e julho de 1999. Na semana passada, a Justiça Federal recebeu a acusação, determinando o processamento da ação penal contra o denunciado. 

Em resposta, a assessoria da J&F disse que o empresário Joesley Batista não recebeu nenhuma intimação do MPF.

“Com relação ao processo, que se originou numa discussão na Receita Federal, sobre auto de infração no valor de R$ 4 milhões, o empresário obteve decisão favorável em grande parte da discussão na esfera administrativa e espera que o MPF tenha a mesma interpretação. O empresário considera que o débito é nulo e, portanto, indevido. Para poder discutir judicialmente o débito, entretanto, Joesley Batista ofereceu, e foi aceita pela Receita Federal, uma carta de fiança no valor de R$ 10 milhões. Dessa forma, não haverá prejuízo para os cofres públicos, independentemente da decisão a ser tomada”, esclarece.

BTG Pactual compra fatia do Bamerindus
Já o BTG Pactual (BBTG11) comunicou a aquisição da “parte podre” do  Banco Bamerindus por R$ 418 milhões. O banco de André Esteves vai pagar essa quantia em cinco parcelas, sendo uma na conclusão e as restantes anualmente, com correção. O mercado já especulava essa operação desde o ano passado, mas a aquisição só foi concluída nessa quarta.

Com isso, o BTG completa a aquisição de 98% do controle acionário da instituição e das subsidiárias. Previamente à conclusão e fechamento da operação será cessada a liquidação extrajudicial da empresa, sendo que os passivos financeiros serão liquidados ou saneados – o que resultará em um patrimônio líquido positivo, sendo que dentro os ativos não consta a marca Bamerindus.

Cade veta aquisição da Doux pela BRF
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) reprovou a aquisição de ativos de produção e abate de súinos da Doux Frangosul pela Brasil Foods (BRFS3), comunicou a instuição na última quarta-feira.

Os ativos se situavam em Ana Rech, no Rio Grande do Sul, e haviam sido oferecidos como garantia de um empréstimo concedido pela Brasil Foods à Doux. Elvino de Carvalho Mendonça, conselheiro relator do caso, fixou prazo para vender todos os ativos a terceiros e aplicou uma multa por intempestividade à Brasil Foods.

Gol pode ser multada por corte na Webjet
O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro entrou com um requerimento na Justiça do Trabalho solicitando que a VRG Linhas Aéreas, controladora da Gol (GOLL4), pague uma multa de R$ 28 milhões pelo não cumprimento da decisão judicial que determinou a reintegração dos 850 funcionários demitidos da Webjet em novembro do ano passado.

O entendimento do MPT-RJ foi de que a Gol deveria ter reintegrado os trabalhadores na VRG, e não na Webjet – empresa que não opera mais -, como fez. O requerimento de execução da multa foi apresentado ao juiz da 23ª vara trabalhista, calculando os 33 dias de descumprimento da liminar pelo número de trabalhadores não reintegrados à Gol.

BHG projeta investir R$ 1 bi e chegar a 70 hotéis
A BHG (BHGR3), empresa de investimentos em hotéis do fundo de private equity GP Investments, poderá alavancar em torno de R$ 1 bilhão, até 2015, para ultrapassar a marca de 70 hotéis em operação no Brasil.

Deste total, o presidente da BHG, Pieter Van Voorst Vader, revelou, em entrevista ao Valor, que quase R$ 800 milhões já estão garantidos, pois 21 contratos de novos hotéis já foram assinados. Atualmente, a BHG conta com 49 hotéis em operação, mas quer ter pelo menos 70 nos próximos três anos.

Além dos 70 hotéis até 2015, Vader afirmou que a BHG pode ultrapassar essa meta, pois o objetivo da empresa é oferecer, a cada ano, 1,5 mil novos quartos. Como o investimento médio da BHG num apartamento é de R$ 175 mil, o investimento adicional poderá chegar a R$ 260 milhões, alcançando o R$ 1 bilhão nos próximos três anos.

Acionista diminui participação para 22,4% na V-Agro
A Vanguarda Agro (VAGR3) comunicou o diluição da participação do fundo de investimento multimercado crédito privado VNT, do qual Otaviano Olavo Pivetta é o único cotista, na companhia. 

O fundo diminuiu sua fatia na empresa para 22,43%, totalizando 781.987.738 de ações ordinárias da companhia, mas ainda se mantém como principal acionista da empresa. Anteriormente, o fundo detinha 27,71% da companhia.

Tarpon propõe dividendos no valor de R$ 19,5 milhões
A Tarpon Investimentos (TRPN3) propôs, em reunião realizada em 28 de janeiro, dividendos no valor de R$ 19,5 milhões para exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013, mesmo valor aprovado para o exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012.

A companhia esclarece que, do limite global aprovado no ano passado, foram efetivamente recebidos pelos administradores da companhia R$ 1,585 milhão. Referida diferença é decorrente, dentro outros motivos, do desempenho da companhia em referido período. 

CSN esclarece sobre aporte do BNDES para compra da CSA
A CSN (CSNA3) esclareceu rumores sobre negociação de aporte bilionário do BNDES para compra da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico). Mercado cogita que banco de investimentos entraria com US$ 4 bilhões para conclusão da aquisição. 

A companhia, entretanto, reiterou “política de acompanhar eventuais oportunidades nos setores em que atua, e permanece comprometida com a transparência e continuará a divulgar atos vinculantes que constituam fatos relevantes nos termos da legislação em vigor, nos momentos adequados e de forma homogênea a todo o mercado”.