Economist sugere: se a Dilma quer ser reeleita, tem que demitir o Mantega

Fatores que fizeram a economia crescer fortemente nos últimos anos estão esgotados e a solução e buscar ganhos de produtividade

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – A renomada revista britânica The Economist sugeriu: para que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, seja reeleita, ela precisa demitir Guido Mantega, o ministro da Fazendaque permaneceu mais tempo no cargo na história brasileira – desde 2005. A desaceleração da economia é evidente: o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu apenas 0,6% no terceiro trimestre, metade do número esperado por Mantega. 

Ano que vem, a expectativa é que o crescimento seja de 3%, muito abaixo do crescimento dos outros BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). “Parece que o B de BRICs não é uma economia rápida”, afirma a publicação. Na avaliação da revista, os elementos que fizeram o “boom” da economia na última década não são mais válido. 

Os preços das commodities exportadas não estão se elevando e os consumidores estão pagando os empréstimos que tomaram para consumir poucos anos atrás. A situação de pleno emprego indica que não há muita gente que possa entrar no mercado de trabalho, fazendo com que o crescimento tenha que vir de ganhos de produtividade e pela redução do chamado “Custo-Brasil”. 

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Enquanto isso, os auxiliares econômicos procuram estimular a demanda, com uma recuperação econômica fortalecida por vultuosos investimentos. E nesse meio tempo, Mantega tem sido otimista e irrealista demais demais – o que dinamita a confiança dos investidores na economia. No meio do ano, Mantega afirmou que o crescimento de 1,5% era uma “piada”. Esse número está em vias de se confirmar.

Além das projeções irreais, a confiança também tem sido abalada pelo excesso de intervenções, acredita a Economist, também tem sido o excesso de intervenções. Mais do que Lula, Dilma acredita que o Estado deva “dirigir” a economia – reduzindo a confiança dos investidores, e acaba tentando, através do poder de sua caneta, abaixar os juros e o valor de energia elétrica – em medidas que nem sempre foram bem avaliadas pelo setor privado. 

Reeleição arriscada
Com isso, Dilma acaba derrubando a confiança dos empresários na política macroeconômica. “A esperança da presidente é que o pleno emprego e o crescimento dos salários garanta um segundo mandato, mas também depende da renovação do crescimento econômico. 

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A economia, destaca a publicação, é o principal em uma eleição. O exemplo é Lula, derrotou Geral Alckmin em 2006, mesmo com o recente escândalo do mensalão, justamente por conta de ter conseguido tirar milhões de brasileiros da pobreza. Além disso, o sucesso do Plano Real garantiu dois mandatos à Fernando Henrique Cardoso, mentor do plano. “E Rousseff? Os eleitores podem julgar que ao tentar equilibrar tantas bolas, ela acabou deixando cair a maioria”, finaliza a revista.