Banco lista as varejistas com melhor foco em crescimento e destaca Lojas Renner

SÃO PAULO – O Itaú BBA fez uma lista de empresas do setor de varejo que se enquadrariam no perfil “o que ter em uma carteira com foco em crescimento?”. Nessa lista, ele colocou no pedestal mais alto as ações da  Lojas Renner (LREN3), seguidas logo depois por Hering (HGTX3) e Lojas Americanas (LAME4). Marisa (AMAR3) e Arezzo (ARZZ3) também aparecem nesse portfólio como opções com menor liquidez.

De acordo com os analistas Rodrigo Corrêa, Cida Souza e Marcello Rossi, o setor poderia ser atrapalhado por uma desaceleração da economia além do esperado, embora suas crenças sejam de que a performance de consumo melhore no segundo semestre, refletindo

Lojas Renner: principal aposta do setor
De todas as opções, a mais atrativa seria Lojas Renner, visto seu alto ROIC (nível de retorno sobre capital investido), sua boa governança corporativa, sua capacidade de crescimento orgânico e sua boa execução, já que a abertura de lojas novas não tem impactado as margens como outrora acreditado pelos analistas. 

Além disso, a empresa possui capacidade de crescimento através de aquisições, como ocorreu com a Camicado, que poderá receber cartões da Lojas Renner, o que abriria caminho para mais crescimento. 

Isso justificaria, na visão dos analistas, o preço-alvo de R$ 72,80, uma alta de 23,16% em relação ao fechamento de terça-feira (21), e a visão de que a ação performará acima do mercado.

Hering e Lojas Americanas
A Hering também inspira confiança dos analistas, embora o preço-alvo previsto por eles, de R$ 35,40, indique um potencial de valorização de apenas 1,43% em relação ao último fechamento. A equipe do Itaú ressalta o ROIC da varejista – o maior do setor -, bem como seu modelo de negócios flexível e seu crescimento orgânico, que tem se mostrado bastante acelerado. 

Já as Lojas Americanas, embora façam parte da lista de empresas com foco em crescimento do banco, recebem a recomendação “market perform” (performance em linha com o mercado), com o preço-alvo de R$ 19,60 indicando um upside de 30,23%. A equipe lembra que a Lojas Americanas possui menor dependência de crédito, devido à seu baixo ticket médio (o valor médio que cada cliente gasta).

Marisa e Arezzo: boas apostas com menor liquidez
O Itaú BBA também lista outras empresas com menor liquidez, como a Marisa, que também deverá performar acima do mercado – o preço-alvo de R$ 30 indica um potencial de alta de 23% sobre o último fechamento. Corrêa, Cida e Rossi acreditam em um bom crescimento nas vendas das mesmas lojas, isto é, excluindo lojas abertas recentemente e as margens saudáveis da empresa. 

Já os atrativos da Arezzo são o retorno sobre capital superior a de seus pares, com produção flexível, já que possui produção própria e terceirizada, além de uma distribuição também flexível, através de lojas próprias, franquias e multimarcas. Com isso, os analistas estipulam um target de R$ 28,00 para a ação da companhia, o que garante um upside teórico de 22,75% sobre o último fechamento e, consequentemente, uma performance superior ao mercado. 

B2W e Guararapes fora da lista
Embora citadas pelos analistas do Itaú BBA, as ações da B2W (BTOW3) aparecem fora da lista de empresas com foco em crescimento. Apesar das boas perspectivas em torno de sua controladora, a Lojas Americanas, a B2W vem sofrendo a muito tempo com a forte concorrência do setor. Ela passou recentemente por um processo de capitalização, o que pode resultar em bons frutos para a empresa no futuro, mas o presente ainda segue muito incerto. Com preço-alvo de R$ 25,10 (upside de 23,04%), o banco atribuiu o call market perform à ação BTOW3.

Por fim, a Guararapes (GUAR3) é citada entre as empresas com pouca liquidez, porém, ao contrário de Marisa e Arezzo, ela deverá performar em linha com o mercado – o preço-alvo do Itaú BBA, de R$ 100,10, indica um potencial de alta de 16,33% para a ação. Em relação à empresa, Corrêa, Cida e Rossi destaca que seu o retorno sobre capital encontra-se menor do que de seus pares. Além disso, a ação registra uma baixíssima liquidez, atualmente em torno de R$ 1,0 milhão por dia.

Confira a carteira do Itaú para o setor de consumo: