Ação da BRF (BRFS3) fecha em alta de quase 5% com notícia de cortes de cargos de diretoria

Agências informaram que a companhia cortou 15 cargos de diretoria, na esteira de um prejuízo de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre

Equipe InfoMoney

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As ações ordinárias da BRF (BRFS3) fecharam em alta de 4,82% nesta sexta-feira (27), um dia após veículos, como Reuters e Valor, informarem que a companhia cortou 15 cargos de diretoria, em meio a um processo de reestruturação.

Com isso, de acordo com as publicações, a BRF busca alcançar uma economia de até R$ 500 milhões no ano, na sequência de um prejuízo de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre. O resultado foi impactado pela inflação sobre o consumo no mercado doméstico e também sobre os gastos.

Durante a teleconferência de resultados, Lorival Luz, diretor executivo (CEO) da companhia, já havia anunciado que realizaria uma mudança para simplificar a estrutura da empresa.

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Analistas viram a movimentação da BRF como positiva – para o Bradesco BBI, o anúncio de demissões sugere que “novas medidas estão sendo implementadas para recuperar a lucratividade”.

Diante disso, o banco mantém classificação outperform (desempenho acima da média do mercado) para a BRF, seguindo recente conversa com a administração e os preços spot da carne no Brasil que sugerem que os resultados devem melhorar nos próximos trimestres.

O Itaú BBA, entretanto, recentemente reduziu o preço-alvo da companhia de R$ 24 para R$ 17,  com recomendação market perform (desempenho em linha com a média do mercado) para a companhia.

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Atualmente, o banco vê a BRF negociando a um múltiplo do EV (valor da firma) sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) de 5,8 vezes para 2023, abaixo da média histórica de 8,0 vezes.

Mas seus números de geração de fluxo de caixa para acionistas para os próximos três anos continuam aquém dos pares de proteína, justificando abaixo da média múltiplos, apontam.

Outros analistas destacam ainda que a empresa tem uma alta alavancagem, de 2,8 na relação entre Ebitda e dívida líquida, isso mesmo após a BRF ter realizado, em fevereiro, um follow on no qual captou R$ 5,8 bilhões.

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