JBS encerra na máxima do dia e “dribla” turbulência gerada por Justiça Federal e AGU

Enxurrada de notícias negativas não foram capazes de frear a valorização das ações, que subiram 5,32%

Rafael Souza Ribeiro

(Bloomberg)

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SÃO PAULO – Mesmo em meio à enxurrada de notícias negativas nesta quarta-feira (21), com a proibição da venda dos ativos para a Minerva pela Justiça Federal e o pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) de bloqueio de bens, as ações ordinárias da JBS (JBSS3) encerraram o dia em alta de 5,32%, na máxima de R$ 6,33, a primeira valorização desde 6 de maio.

O dia foi bastante agitado para o papel. Depois de marcar mínima em R$ 5,94 na primeira hora do dia, os ativos engatilharam um forte movimento de alta a partir de 14h45 (horário de Brasília), justamente após as notícias de bloqueios de bens. Uma hora depois, JBSS3 entrou em leilão aos R$ 6,19 e desde então não parou de subir, para encerrar o dia a R$ 6,33.

Bloqueio de bens

Em nota publicada em seu site, a AGU entrou com uma manifestação junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) para solicitar o bloqueio imediato dos bens da JBS e dos respectivos responsáveis pela empresa. O montante será usado como garantia para suprir os supostos prejuízos causados ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que, segundo a AGU, giram em torno de R$ 850 milhões.

Sobre o bloqueio da venda de R$ 1 bilhão pela Justiça Federal, a assessoria de imprensa da JBS enviou nota afirmando que a empresa “vai protocolar os recursos cabíveis” para recorrer da decisão. Sobre a manifestação da AGU, “a JBS não irá se manifestar”, informou a assessoria.