Crise no setor imobiliário força corretores a abandonarem emprego

Conforme a unidade básica do mercado imobiliário passou ao "milhão de reais", corretores se tornaram novos ricos e isso fez com que cada mais gente buscasse a profissão; a situação agora é outra

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Aquecido, o mercado imobiliário fez com que muita gente ganhasse muito dinheiro nos últimos anos. A alta dos preços dos apartamentos e casas nas maiores cidades brasileiras, bastante superior ao crescimento da renda do trabalhador nacional, permitiu com que as comissões embolsadas pelos corretores também disparasse. 

Agora, a realidade é outra, mostra o Correio Braziliense. Ao menos na capital nacional – um dos mercados que mais se aqueceu, e que agora se mostra mais desaquecido -, corretores tem abandonado a carreira por não mais ganharem a quantia que estavam acostumados e não mais conseguir sustentar o estilo de vida que levavam anteriormente. 

Conforme a unidade básica do mercado imobiliário passou ao “milhão”, os corretores se tornaram novos ricos – e isso fez com que cada mais gente buscasse a profissão. Os compradores de imóveis compravam todas as unidades poucas horas depois dos lançamentos, permitindo que os corretores ganhassem cada vez mais dinheiro com a profissão, sem muito esforço. 

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Com esses ganhos, diversos corretores compraram seus próprios apartamentos ou carros caros, criando uma situação financeira insustentável. “Muitos gastaram tudo e, claro, se endividaram”, lembra o diretor-executivo da Libratta Finanças Pessoais, Rogério Olegário, ao jornal Correio Braziliense.

A competição entre corretores em um mercado completamente desaquecido fez com que muitos deles perdessem suas comissões elevadas – se não há vendas, não se ganha comissões, forçando-os a abandonar a profissão. Para alguns especialistas, esse desaquecimento é o prenúncio de uma “bolha imobiliária”, com os preços tendo alcançado patamares em que não ninguém disposto a pagar.