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SÃO PAULO – Com o anúncio da Suzano (SUZB5) de que irá aumentar o preço dos seus produtos em US$ 20 a tonelada a partir de 1 de março, as ações da companhia e também da Fibria (FIBR3) vêm registrando fortes altas na bolsa de valores nesta sexta-feira (22).
Os papéis SUZB5 registravam, às 11h54 (horário de Brasília), alta de 5,54%, a R$ 6,47, liderando com folga o Ibovespa, enquanto as ações FIBR3 têm ganhos de 3,77%, a R$ 22,29. No mesmo horário, o Ibovespa operava bem próximo da estabilidade.
De acordo com a Risi, que divulga informações sobre o setor de papel e celulose, haverá um aumento do preço de celulose BEK em três regiões: na Europa, para US$ 820 a tonelada, US$ 870 a tonelada para a América do Norte e de US$ 720 para a Ásia.
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Segundo o Banco Espírito Santo, apesar da notícia ser positiva para os produtores brasileiros de celulose com forte exposição no segmento internacional, estes níveis de preços não devem se manter ao longo do tempo. Isso porque a produção de papel e celulose irá se expandir, apontam os analistas Felipe Machado, Catarina Pedrose e Gabriel Laera, incluindo a expansão do portfólio produtivo no Maranhão.
China ainda pressiona ações no mês
Entretanto, apesar da forte alta registrada nesta sexta-feira, o desempenho mensal das duas ações é de uma queda bastante expressiva. Os papéis SUZB5 registram perdas de 10,82% em fevereiro, enquanto os FIBR3 acumulam perdas de 8,52%.
Essa queda reflete a investigação de dumping realizada pela China para as duas companhias do setor de celulose, no começo de fevereiro. Deste a data do anúncio da investigação, no dia 7, até esta data, os ativos da Fibria têm queda de 11%, enquanto as ações da Suzano registram baixa de 10,29%.
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Caso seja constatado que realmente houve a prática de dumping, venda do produto a preços baixos por um determinado tempo com o objetivo de enfraquecer fabricantes nacionais e ganhar mercado no país, a China poderá aplicar alíquotas anti-dumping sobre as exportações dessas empresas ao país.
