Conheça melhor seu perfil antes de começar a investir seu dinheiro

No curto prazo conservadorismo deve prevalecer, parcela direcionada a aplicações mais agressivas varia de 10-30%

Equipe InfoMoney

SÃO PAULO – A decisão de onde investir muitas vezes não é fácil de ser tomada, já que uma escolha certa ou errada pode influenciar seu planejamento financeiro de forma significativa. Além disso, ela é uma função de muitas variáveis, dentre elas seu apetite pelo risco; além de outras considerações como, por exemplo, o quanto você já acumulou.

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Como regra geral, é recomendável que cerca de 60% a 80% das suas economias sejam direcionadas a aplicações cujo objetivo principal é a manutenção do seu patrimônio, com o restante sendo direcionado ao aumento dos ganhos no médio e longo prazo de suas economias.

Quanto mais dinheiro você já acumulou, ou mais agressivo você é como investidor, a parcela direcionada ao aumento dos ganhos de médio e longo prazo das suas economias pode ser maior. Por outro lado, se você ainda não acumulou o suficiente, ou é excessivamente conservador, a parcela destinada à preservação do patrimônio deve ser maior.

Conservadorismo no curto prazo

Boa parte dos investidores não sabe se é mais correto investir em ativos mais arriscados, visando obter ganhos mais elevados no longo prazo, ou se é preferível manter a prudência, dando preferência para aplicações mais conservadoras.

No curto prazo a recomendação é adotar uma postura moderada de investimento, de forma a garantir a manutenção ou aumento das suas economias, sem correr riscos desnecessários, ao mesmo tempo em que mantém um bom perfil de liquidez. Entretanto, a decisão final só deve ser tomada depois de analisar o seu perfil como investidor. Afinal, cada um reage de forma diferente ao risco, já que o que para alguns é um momento de pânico, para outros pode representar uma oportunidade irrecusável.

Antes de tudo, procure descobrir primeiro qual seu perfil de risco antes de tomar decisões com seus investimentos, para evitar arrependimentos futuros. Qualquer que seja a resposta nunca haja de forma precipitada, especialmente em época de crise!

Perfil conservador

Com tolerância ao risco relativamente baixa, você é daqueles que se desespera com as quedas da bolsa e, se tivesse investido em ações, retiraria todo montante investido e juraria nunca mais voltar a investir em ações. Investidores com este perfil buscam, na maior parte das vezes, preservar seu patrimônio, por isso recomendamos aplicações que mantenham seus recursos protegidos das perdas com a inflação.

Com este objetivo em mente, a parcela direcionada à preservação do patrimônio deve ser mais alta, podendo chegar até 90%, de forma a privilegiar investimentos de baixo risco, como os fundos referenciados DI ou fundos de renda fixa, optando pelas modalidades que não usem alavancagem. A poupança também pode ser uma boa opção para quem investe pequenas quantias.

Apesar da forte volatilidade a que estão sujeitos, os fundos cambiais são indicados para os conservadores que procuram preservar o seu patrimônio em dólar. Mas, se esse não é o seu caso, lembre-se: as palavras renda variável e alavancagem em geral significam incorrer em maiores riscos, logo por mais que você acredite que o dólar esteja “barato” não vale a pena investir nestes fundos se você é conservador e não pretende incorrer em despesas em dólar!

Perfil moderado

Com alguma tolerância ao risco, esse é o tipo de investidor que se preocupou com a queda da bolsa, e atualmente considera a possibilidade de redirecionar suas aplicações para outro tipo de fundo, mas nem por isso retirou todo o dinheiro aplicado em ações.

Para este investidor, nossa recomendação é que a parcela destinada à manutenção do patrimônio seja menor (cerca de 80%) e se direcione aos fundos de renda fixa, referenciados DI ou de curto prazo, dependendo do período em que pretende manter o dinheiro aplicado. O restante pode ser aplicado em fundos multimercados com/sem renda variável, ou em fundos de ações que não incluam alavancagem.

O investimento em fundos multimercados permite que você diversifique suas economias, sem ter que aplicar em vários fundos simultaneamente. Se você concorda que nos níveis atuais a bolsa é uma boa opção de investimento no longo prazo, prefira os multimercados com renda variável ou os fundos de ações sem alavancagem, caso contrário fique com os multimercados sem renda variável. O moderado deve tomar cuidado com fundos da subcategoria alavancados, pois eles costumam ser mais arriscados que os outros de sua categoria.

Perfil Agressivo

Em geral, trata-se do investidor mais experiente, que conhece melhor os mecanismos de mercado e, portanto, optou por não retirar seus investimentos em ações.

Com grande tolerância ao risco, a sugestão de parcela direcionada ao aumento dos ganhos no médio-longo prazo pode ser relativamente maior (até 30%) que aquela direcionada para os moderados e conservadores. Para esta parcela de suas economias dê preferência para os fundos de ações que adotam uma estratégia ativa de gerenciamento da carteira e/ou os fundos multimercados com renda variável. Também é possível optar pelas subcategorias destes fundos que incluem alavancagem.

Os fundos de renda fixa com alavancagem, assim como os multimercados sem renda variável e com alavancagem podem ser boas opções para quem quer reduzir a exposição ao mercado acionário, mas quer manter um perfil agressivo no investimento em renda fixa.

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