Você sabe o que é o risco de reinvestimento no Tesouro Direto?

Venda antecipada de títulos públicos pode garantir elevados ganhos, mas estratégia pode nem sempre ser a melhor opção

Equipe InfoMoney

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O Tesouro Direto, programa para negociação de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, é reconhecido como um dos investimentos mais seguros do Brasil por ter o Governo como credor, mas ainda assim há pontos de atenção que o investidor deve se atentar antes de operar.

Caso decida pela venda antes do prazo de vencimento, o investidor abre mão da rentabilidade que concordou no momento da compra e recebe um preço de mercado, que oscila para cima ou para baixo diariamente. A estratégia abre a possibilidade de operar com a intenção de comprar um título público na baixa e vender na alta, assim como se fosse outro ativo qualquer do mercado financeiro.

As variações ocorrem de modo mais intenso nos papéis prefixados ou com parcelas prefixadas, e podem gerar fortes lucros – em 2016, por exemplo, diferentes títulos públicos acumularam ganhos acima de 30% no ano. No entanto, também há riscos, e um deles é o chamado risco de reinvestimento.

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Esse termo significa que, ao embolsar o lucro, o investidor pode não conseguir encontrar outros títulos públicos com rentabilidade semelhante aos papéis que ele acabou de vender. Isso acontece porque os ganhos do investidor ocorrem quando as taxas de juros de mercado caem, então a rentabilidade no mercado também será menor quando for procurar outra aplicação.

Especialistas costumam indicar que a decisão depende dos objetivos do investidor. Essa pode ser uma boa opção se, ao vender antecipadamente, já alcançar os objetivos estabelecidos. No entanto, se a visão for de longo prazo, é preciso estar mais atento, uma vez que abrir mão de ganhos no curto prazo pode representar retornos mais elevados ao longo dos anos, porque pode não ser possível encontrar outro título público com rendimento semelhante.

Juros em baixa

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Até o ano passado, o Brasil mantinha uma das taxas básicas de juros da economia no maior patamar em uma década. O Banco Central manteve a taxa Selic em 14,25% ao ano entre julho de 2015 e outubro de 2016. Esse nível havia sido registrado pela última vez em outubro de 2006.

A autoridade monetária iniciou um ciclo de corte de juros ainda no ano passado, chegando aos 13% ao ano na última reunião, em janeiro. A previsão de economistas consultados pelo próprio Banco Central é de que, até o final desse ano, a taxa Selic caia para 9,5% ao ano, o que também deve puxar para baixo o rendimento dos investimentos em renda fixa.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central para definir a taxa básica de juros está marcada para os dias 21 e 22 de fevereiro.

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