Tesouro Direto tem opção de juros semestrais; veja quando vale a pena comprar

Pagamento periódico garante complemento à renda, mas diminui retorno final

Equipe InfoMoney

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Tornar-se um credor do governo brasileiro ao comprar títulos públicos na plataforma do Tesouro Direto é simples e pode ser feito a partir de valores tão baixos quanto R$ 30. Mas, o que torna o investimento ainda mais interessante é o fato de ele apresentar estruturas diferentes, de modo que pode se encaixar em diversas estratégias.

Além de optar pelo indexador e por prazos, uma das escolhas que o investidor se depara ao entrar na plataforma é com relação ao fluxo de pagamentos: receber um cupom a cada seis meses ou resgatar o dinheiro todo de uma vez na data de vencimento. A alternativa de receber um pagamento semestral está disponível apenas para os títulos prefixados e os atrelados ao movimento do IPCA. Atualmente, eles representam 17,1% do estoque de títulos públicos comprados pelos investidores, segundo números disponibilizados pelo Tesouro Direto atualizados até setembro.

A escolha quanto ao fluxo de pagamentos depende dos objetivos do investidor. Se a intenção for complementar a renda enquanto aguarda o vencimento, tendo em vista que os prazos costumam ser longos, com títulos para até 2050, os juros semestrais podem ser uma boa escolha. O investidor deve permanecer atento para o fato de que, se decidir vender antes desse prazo, receberá o valor de mercado pelo título, que é determinado, basicamente, pela expectativa quanto às taxas de juros futuras – quanto menor a taxa, maiores os preços.

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Para quem pensa em investimento de longo prazo, diante da perspectiva de redução nas taxas de juros, uma estratégia possível seria travar a rentabilidade em dois dígitos com títulos prefixados e ainda ser remunerado a cada seis meses. É importante, contudo, entender que não se trata de rendimento adicional – esse valor será descontado do montante total que aplicou.

Por isso, se o objetivo for reinvestir o dinheiro ou se não houver a preocupação com o recebimento regular de pagamentos, a opção pelos juros semestrais pode não ser a mais interessante. Isso porque a cada seis meses o investimento reduz de tamanho, fazendo com que a rentabilidade incida sobre uma base menor. Desse modo, os ganhos tendem a ser inferiores comparado ao recebimento integral na data de vencimento.

Os primeiros desembolsos também tendem a ocorrer a um custo mais elevado do que se mantido no longo prazo, uma vez que há incidência do Imposto de Renda de acordo com a tabela regressiva. Ou seja, os primeiros cupons têm uma alíquota maior do que em um investimento de prazo mais longo, começando a 22,5% para aplicações de até 180 dias e reduzindo gradativamente para 15% nos prazos acima de 720 dias.

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A data de pagamento do cupom é definida previamente. Se for feito antes de completados os 180 dias, o investidor irá arcar com um tributo de 22,5% sobre o rendimento. Esse é o caso do Tesouro Prefixado com data de vencimento em 2027, por exemplo. De acordo com simulação feita no site do Tesouro Direto, ao comprar o papel nessa quinta-feira, o primeiro recebimento seria já em janeiro do próximo ano, com alíquota de 22,5%, sendo que somente no quinto cupom a alíquota se reduziria para 15%.

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