Aprenda como escolher a melhor data de vencimento no Tesouro Direto

Prazo da aplicação depende dos objetivos e perfil do investidor

Equipe InfoMoney

Publicidade

Que os preços dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto variam diariamente em função das expectativas sobre a variação nas taxas de juros, isso já é de conhecimento de muitos investidores. Mas, na hora de comprar um papel, não é incomum surgir outra dúvida: qual prazo escolher?

Esse é um ponto muito importante no momento da escolha do investimento, e a resposta dependerá do perfil de cada um. Quanto maior o prazo de vencimento, mais ele estará sujeito às mudanças nos preços. Dito de outro modo, os vencimentos mais longos significam que a tendência é de que a aplicação tenha uma volatilidade maior.

A explicação para isso é um pouco mais técnica. O essencial é entender que o valor de um título público negociado para venda antecipada é calculado trazendo a valor presente o preço esperado na data de vencimento – o Tesouro Prefixado, por exemplo, é emitido com um valor de face de R$ 1.000. Ao fazer essa conta para dois títulos idênticos, percebe-se que quanto maior for o prazo, maior será o desconto, porque o dinheiro no futuro vale menos do que no presente.

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

No site do Tesouro Direto é possível checar as rentabilidades de todos os títulos públicos e conferir essa diferença. O Tesouro Prefixado apresentava rentabilidade de 1,16% acumulada nos últimos 30 dias para vencimento em 2017, avançando para 1,74% em 2018, 2,46% em 2019, 4,51% em 2021 e 6,48% em 2023, segundo posição de 14 de outubro. Esse mesmo comportamento se repete para outras classes de títulos públicos.

Por isso, não há uma resposta certa sobre qual o melhor prazo para comprar. Essa decisão dependerá dos objetivos do investidor. Alguém de perfil mais conservador, por exemplo, pode optar por títulos públicos com prazos menores para evitar essas oscilações de mercado, que em alguns casos podem ser intensas – para cima ou para baixo – caso decida vender antecipadamente.

O risco, nesse caso, costuma ser o de reinvestimento. Isso significa que, se o investidor comprar um papel com vencimento em um ano, por exemplo, no ano seguinte ele poderá não encontrar outro título que pague uma taxa semelhante, sobretudo em um cenário de queda dos juros.

Continua depois da publicidade

Já um investidor de perfil mais agressivo, por outro lado, pode escolher adquirir papéis com prazos de vencimento mais longos se desejar vender antecipadamente e acreditar que as expectativas de mercado indicarão uma taxa de juros menor no futuro. É esse cenário que tem feito o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035 se consolidar como o melhor investimento em título público nesse ano. A rentabilidade acumulada é de 49,25%. O investidor deve escolher com atenção os prazos porque, do mesmo modo que há a possibilidade de fortes ganhos, em um cenário de alta nas taxas de juros ele pode até mesmo perder dinheiro.

Essas oscilações somente influenciam os ganhos ou perdas nos casos de venda antecipada. Se o título público for mantido até o fim, o investidor sempre receberá de volta toda a rentabilidade contratada no momento da compra.

A maioria das operações dos investidores ocorre com prazos no intervalo de um a cinco anos. O último balanço do Tesouro Direto revela que, do estoque total, 58,5% dos títulos públicos se encontram no mercado estão dentro desse intervalo.

Continua depois da publicidade

Para começar a investir em Tesouro Direto, abra sua conta na XP Investimentos e aplique sem cobrança de taxa de custódia.