BlackRock vê cenário positivo para bonds high yield de empresas dos EUA; saiba como investir

Estrategista-chefe do BlackRock prevê movimento similar ao observado durante o último ciclo de alta de juros nos EUA

Equipe InfoMoney

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 Investir no mercado internacional ainda é uma tarefa pouco prática para o investidor pessoa física residente no Brasil, mas há alternativas que permitem captar movimentos de ativos no exterior.

O COE (Certificado de Operações Estruturadas) em HYG é um desses instrumentos. Esse é um produto que segue o desempenho do ETF HYG, negociado na New York Stock Exchange. O ativo é composto por uma cesta de títulos de renda fixa emitidos por empresas norte-americanas com um rating de crédito abaixo de grau de investimento. “Elas tipicamente têm que pagar taxas de juros mais altas para atrair investidores e compensá-los pelo maior risco de crédito”, explica Axel Christensen, estrategista-chefe da BlackRock para a América Latina.

Com prazo de vencimento em cinco anos, o COE é de valor nominal protegido e garante o pagamento de um cupom fixo de 42% ao fim do período. Se o ETF se valorizar, o investidor também embolsará os ganhos dessa variação – e, se o ETF se desvalorizar, o retorno se dará pelo dinheiro investido acrescido de 42%. 

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IM – O que é, exatamente, um High Yield Bond?

Axel Christensen – Um high yield bond é um tipo de bond que oferece uma taxa de juros mais alta por conta do seu rating de crédito menor, o que sugere um risco maior de default. Quando empresas com um maior risco estimado de crédito emitem bonds, elas tipicamente têm que pagar taxas de juros mais altas para atrair investidores e compensá-los pelo maior risco.

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 IM – Como os High Yield Bonds performam quando a economia norte-americana melhora?

AC – Em geral, quando a economia está mais forte, os spreads de crédito, como os dos high yield, tendem a contrair, porque os investidores estão menos preocupados quanto a calotes de empresas. Da mesma forma, quando a economia está mais fraca, os investidores devem receber um retorno mais elevado para compensar pelo risco maior de default. Como você poderia esperar, os calotes crescem nas recessões.

Diferentemente de ativos de elevada qualidade na renda fixa, que tendem a performar melhor quando uma desaceleração econômica produz taxas de juros menores, os ativos high yield normalmente performam bem durante períodos de crescimento. Nesses momentos, geralmente se reduz o risco de default, que é o maior risco de performance no setor de high yield. Por isso, um crescimento econômico persistentemente de 2% a 2,5% se torna parte fundamental para essa classe de ativos. O aumento contínuo no emprego e o incremento dos salários devem sustentar o crescimento econômico dos EUA em 2017 e em 2018. Adicionalmente, a possibilidade de estímulos fiscais pós-eleição, como os gastos em infraestrutura, poderia incentivar a atividade norte-americana ainda mais.

Os high yield bonds dos EUA também devem se beneficiar de taxas de juros globais mais baixas. A política monetária agressiva por parte dos bancos centrais na Europa e no Japão, para impulsionar os empréstimos e o crescimento econômico, levaram a taxas de juros negativas nos títulos de renda fixa soberanos e próximas a zero nos títulos de renda fixa emitidos por empresas. O risco geopolítico sugere que tais políticas acomodatícias serão expandidas antes de serem reduzidas.

Investidores globais parecem estar cada vez mais famintos pelas taxas mais altas na renda fixa norte-americana, incluindo os high yield bonds nos EUA. A demanda desses investidores deve sustentar os preços do high yield nos EUA enquanto existem poucas alternativas comparáveis de investimentos, sujeito que a economia americana não mostre sinais de piora.

Adicionalmente, a composição dos vencimentos no mercado de high yield permanece relativamente favorável. Os ativos com vencimentos dentro dos próximos dois anos apresentam poucos riscos em termos de oferta adicional, e sugerem que muitas companhias estão bem financiadas para os próximos muitos anos.

Como mostra o gráfico abaixo, comparar o PMI Global, que é um indicador de atividade econômica frequentemente utilizado, e os spreads dos high yields é quase como uma imagem espelhada, sugerindo que os high yield bonds performam bem (spreads de crédito caem) quando a economia melhora. Isso deveria ser intuitivo; durante a expansão econômica, a economia e as condições de crédito melhoram. Os bancos estão dispostos a emprestar para abastecer o capital de giro. Os balanços das empresas melhoram junto com a economia, o que significa que as taxas de default caem. A confiança do investidor continua a melhorar e, como resultado, os spreads dos high yield bonds diminuem.

IM – Como você avalia o impacto das altas nas taxas de juros dos EUA nos high yield bonds?

AC – À medida que o ciclo econômico avança, o Federal Reserve começa a subir os juros para conter qualquer pressão inflacionária. Nesse cenário, espera-se que os high yields bonds superem a performance dos Treasuries dos EUA e os bonds com grau de investimento nesse período.

Por serem títulos que compartilham alguns atributos das ações, os high yield são tipicamente menos sensíveis às mudanças nas taxas de juros do que outros investimentos em renda fixa. De fato, os high yield costumam aguentar bem durante ciclos de altas de juros com crescimento econômico. Há uma questão, no entanto: se o Fed surpreender o mercado ao mover as taxas muito rapidamente ou mais do que o esperado, todos os ativos de renda fixa podem enfrentar dificuldades, incluindo os high yields.

Os spreads dos high yields têm permanecido relativamente estáveis ao longo dos últimos ciclos de alta de juros, e eles não ampliam substancialmente até bem depois do fim do ciclo, quando as condições de crédito estão mais apertadas, os mercados de capitais estão menos receptivos e os investidores estão menos dispostos a investir em ativos de risco.

Quando as taxas sobem por causa do aperto do Fed, os spreads dos high yields oferecem um colchão para parcialmente absorver o impacto do movimento de juros. Esses spreads tornam os high yields um tanto insulados para a alta de juros quando comparados a outras classes de ativos de renda fixa. O colchão parcialmente explica por que o high yield tem uma menor correlação com os Treasuries que outros ativos de renda fixa.

O gráfico abaixo mostra os spreads dos high yields durante o último ciclo de alta do Fed (2004-2006). Apesar de ter havido um aumento na volatilidade, o resultado geral foi positivo, os spreads caíram. Devemos, assim, esperar um comportamento similar no atual ciclo de alta.

Para obter todas as informações sobre o COE em questão, é obrigatória a leitura do Documento de Informações Essenciais – DIE previamente à aquisição do COE.

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