Este investimento é ideal para lucrar mais com renda fixa agora

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Equipe InfoMoney

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Autor:Glenda Ferreira, Economista e Planejadora Financeira da Levante!

A renda fixa é aquele investimento que vai ocupar boa parte (leia-se, pelo menos metade) da sua carteira, sempre. Isso mesmo. Não importa o seu perfil ou cenário, seja em ciclo de queda de juros, de alta, crise, expansão econômica… A renda fixa deve estar presente.

Os produtos de crédito privado são investimentos em renda fixa capazes de ampliar os seus retornos com um pouco mais de risco, afinal, não é apenas na renda variável que os retornos podem ser maiores.

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A atual combinação de juros baixos, inflação controlada, custos de produção mais enxutos proporcionam um momento para a retomada dos investimentos e crescimento das empresas.

E é possível lucrar com a retomada dos negócios das empresas.

As companhias captam recursos de diversas formas: por meio de empréstimos e financiamentos, emissão de ações e através da emissão de títulos de crédito privado.

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Nesta última categoria, você empresta dinheiro para uma empresa ou banco em troca de uma taxa de juros e recebe títulos ou papéis representativos de dívida.

Os principais instrumentos utilizados para essas concessões de créditos são as Debêntures, Letras Financeiras, FIDCs (Fundo de antecipação de recebíveis) e CDBs (Certificado de Depósitos Bancários). Todos são investimentos acessíveis com boas taxas de rendimento para os investidores.

Para ilustrar, quando a empresa é do setor agrícola, o título recebe o nome de CRA (Certificado de Recebíveis Agrícolas). Caso seja um título emitido por um banco lastreado por empréstimos imobiliários, é chamada de LCI (Letra de Crédito Imobiliário).

Para outros setores, há os FIDCs (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios). Nesses fundos, podem entrar títulos públicos, debêntures e outros papéis, dependendo da escolha do gestor.

Em última instância, você financia alguns setores da economia de forma indireta.

Qual é o rendimento esperado?

O seu ganho poderá ser pré ou pós-fixado.

Para as taxas prefixadas, você sabe previamente o quanto receberá na data de vencimento – independente das oscilações do mercado com a venda na data acordada.

Já para ganhos pós-fixados, o seu rendimento dependerá do indicador econômico que está atrelado, que costuma ser o CDI (referencial das aplicações conservadoras que oscila bem próximo à Selic) ou IPCA (inflação).

Ou ainda, há opções híbridas com uma variação entre os dois, uma taxa fixa mais um indicador, como por exemplo, IPCA +5% ao ano.

Em quanto tempo recebo o rendimento?

Cada título tem um prazo de vencimento estabelecido (que será quando a empresa pagará a sua dívida), o que costuma variar de 1 a 10 anos.

A tendência é que você receba um prêmio por deixar mais tempo o seu dinheiro emprestado.

Caso necessite do resgate antecipado, uma possibilidade é a de venda do papel no mercado secundário (conversaremos mais nos próximos textos).  O valor que receberá dependerá da marcação a mercado, ou seja, quanto o mercado acredita que o seu papel vale no dia de acordo com as expectativas, que poderá ser um valor maior ou menor do que a taxa contratada.

Se prazos maiores não são para você, os fundos preenchem essa lacuna. Há opções desde resgate em 90, 60, 30 dias ou até D+1 (o dinheiro está na sua conta um dia útil após a solicitação). Os prazos maiores são quando os gestores solicitam mais tempo para ajustar as suas posições e entregar os rendimentos – considere como um ponto positivo por possibilitar mais tempo para melhores negociações.

Aqui, é importante lembrar que o ideal não é colocar aquele dinheiro que você precisará logo ou para emergências. Já que para ter retornos acima da média, é preciso ter estômago para as possíveis oscilações no meio caminho.

Lembre-se que a renda fixa não é fixa! Pode variar, e muito. Cada mudança de expectativa de cenários futuros, variações na taxa de juros, alteram quanto o seu título vale a cada dia. E vendas antecipadas, implicam em preços ajustados.

Então, o horizonte de investimentos deve mirar ao menos o médio prazo e, idealmente, o longo prazo.

Quanto maior o rendimento, maior o risco?

Essa frase é praticamente um mantra entre os investidores, mas como medir o risco? Aqui estou falando do risco de mercado (flutuação das taxas) e do risco de cada empresa, o chamado risco de crédito, ou seja, se a empresa terá condições de pagar a dívida.

Desconfiar daquela taxa exuberante oferecida por uma empresa ou banco sempre faz muito sentido.

Em caso de quebra da instituição financeira, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) restitui o investidor em até R$ 250 mil por CPF para LCIs, LCAs e CDBs.

Para os demais produtos, não há essa garantia. Em caso de default (quebra da instituição), o risco é todo seu.

Por isso, a importância em conhecer o risco associado à saúde financeira e solidez do emissor. Para facilitar, as corretoras divulgam ratings de agências de classificação de risco para cada título, que são basicamente notas dadas a cada uma de acordo com a avaliação.

Porém, além da avaliação do rating, é importante analisar a empresa. Utilizar uma lupa para entender para onde os recursos serão utilizados (irá investir, resolver
problemas de caixa ou pagar despesas correntes?), quais são as garantias reais e todos os fatores que podem influenciar na capacidade da empresa em honrar seus compromissos são essenciais.

Agora, a pergunta é: você conseguiria avaliar que a Oi ou a PDG não iram pagar as suas dívidas? Provavelmente, não. Melhor deixar nas mãos de quem tem condições de avaliar esse perigo, não é?

E tem mais, até mesmo alguns gestores de fundos podem comprar papéis ruins. Por isso, importa saber quem está gerindo o seu dinheiro. Administradoras de recursos consolidadas, gestores experientes, fundos com patrimônios grandes o suficiente para diversificação, definição de limites e uma área de riscos independente da gestão são os pontos principais para uma boa escolha de fundo. A pesquisa não é nada trivial.

Nesse momento, é interessante consultar casas de análise independentes (sem relações com bancos ou corretoras) para indicarem quais são os melhores papeis e gestores.

Imposto de Renda

Não é um dos melhores assuntos, mas tem um ponto positivo: isenção de IR para LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas. Interessante, não?
Essa isenção ocorre porque é uma forma que o governo encontrou para estimular cada um dos setores. E as empresas ganham conseguindo recursos (a taxas interessantes) para crescerem.

As demais debêntures, CDBs e fundos são tributados conforme a tabela regressiva de renda fixa, que se inicia em 22,5% e chega a 15% de acordo com o prazo.
Os fundos de crédito têm a tributação de come-cotas, que ocorre duas vezes por ano, em maio e novembro. E, no momento do saque, o imposto é calculado descontando os valores já recolhidos.

Diante dos retornos menores com a renda fixa, esse ano o crédito privado volta como uma ótima alternativa de investimento. Nas próximas semanas, irei aprofundar a conversa dentro das categorias de crédito privado para apresentar soluções para você ganhar mais e de forma descomplicada.